Feliz Aniversário!

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Uma mão foi colocada em minha boca apertando-a fortemente me impedindo de gritar. Me debati assustada na cama e no escuro eu não conseguia ver meu agressor.

-Calma, sou eu. -parei de me debater e esperei meus olhos se acostumarem com a falta de luz, ele só tirou a mão de minha boca quando percebeu que eu não gritaria.

-Qual o seu problema com a porta? -sibilei baixo e ele riu pelo nariz.

-É que acho meio sem graça. -deu de ombros e eu revirei os olhos.

-O que faz aqui a essa hora? Na verdade, que horas são? -eu ainda estava meio atordoada pelo sono.

-Pouco mais de meia noite. -eu o olhei raivosa mesmo sabendo que ele não podia ver. -Eu não podia deixar de te dar seu presente de aniversário. -ele me estendeu o que parecia ser um robe. -Pela manhã não teremos tempo, então resolvi que deveria te fazer uma surpresa.

-Itachi-san não precisava. -peguei a roupa mais calma e ele me ajudou a vesti-la.

-Me diga isso depois de ver o presente. Agora vamos. -ele me pegou no colo e saímos pela janela.

-Sabe por que eu quis que nosso casamento fosse no seu aniversário? -ele perguntou enquanto caminhava calmamente comigo nos braços.

-Pela sua pergunta só posso supor que não foi para assegurar que ninguém tivesse tempo de fazer nada comigo. -ele afirmou.

-Escolhi essa data por ser o dia no meio do desabrochar das Sakuras. -ele caminhou comigo por entre as belas árvores, e pétalas, rosas e brancas que caiam sobre nos com o vento, mas diferente do que eu supus ele não parou.

-É lindo.

-É sim...

Ficamos em silencio e eu me limitei a observar o belo caminho, e me via sorrindo todas as vezes em que o vento batia nas árvores e pétalas de flores voam criando um belo espetáculo natural. Atravessamos uma pequena ponte e o lugar não tinha uma iluminação como à ruas atrás, mas essa estava pintada em um vermelho tão vivo que a luz do luar só a tornava mais magnifica.

Eu me limitava naquele instante apenas a tirar de seus cabelos as pétalas que se fixavam ali, mas parei com isso quando Itachi abriu um portão de uma casa e eu o olhei curiosa.

-Feliz aniversário Lya-hime! -o olhei perdida sem entender.

Estávamos em frente a uma casa puramente japonesa de época, ela era grande com um segundo andar tradicional. A ponte que atravessamos parecia ser a única ligação com a casa já que na sua lateral esquerda tinha um grande lago e todo o resto era cercado por árvores. Olhei para Itachi intrigada, e durante algum tempo eu não sabia o que dizer sobre aquilo.

-Itachi... -ele me sorriu quando sussurrei seu nome. -É maravilhoso!

-Comprei todo o terreno e espero que não se importe de morarmos um pouco longe da parte principal da vila. -fiz que não sorridente e ele caminhou comigo abrindo a casa para entrarmos.

-Eu pensei que você gostaria de morar no distrito Uchiha. -ele fez que não.

-Sempre gostei de lugares mais sossegados e como você parece compartilhar desse meu gosto não pensei duas vezes quando vi esse lugar. -ele me sorriu. -Só teremos de tomar cuidado quando tivermos filhos, pois o lago é bem fundo. -fiquei vermelha e ele riu. -Você não quer filhos?

-Itachi-san, eu... eu... -mordi o lábio perdida, eu não conseguia me imaginar com filhos naquela situação, não conseguia sequer imaginar ele me tocando sem que parecesse algo forçado.

Ele me colocou sentada no travesseiro da sala e se sentou a minha frente.

-Se você não quiser ter filhos eu vou entender. -ele disse calmo, puxando meu rosto para si e me beijou, mas dessa vez ele não parou com um simples toque dos nossos lábios, dessa vez ele pediu passagem com a língua e explorou calmamente minha boca, ele foi paciente, esperou que eu me acostumasse com aquilo, e quando dei por mim eu já estava ofegante no chão com ele deitado sobre mim. -Mas lembre-se, eu a prometi que respeitaria suas limitações, e tê-la como mulher não é uma delas. Eu jamais a tratarei como uma inválida Lya, então não faça isso com você mesma. -fiz que sim quando ele beijou meu olho, e limpou minhas lágrimas carinhosamente.

Itachi, watashi wa daisuki desu!Onde histórias criam vida. Descubra agora