Eu não vou te deixar morrer!

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Eu estava na maca do hospital já há alguns dias, minha garganta doía tanto que parecia que um gato tinha a arranhado por dentro

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Eu estava na maca do hospital já há alguns dias, minha garganta doía tanto que parecia que um gato tinha a arranhado por dentro. Eu havia gritado com tanta frequência desde que acordei que isso era mais do que normal. Eu não queria vê-los, não aceitaria nenhum deles, não queria ouvir suas desculpas ou melhor, suas mentiras.

Filha de Tobirama Senju, abandonada pelo próprio pai ao nascer e criada pelo tio por pena, ou será que foi só por causa de Orochimaru? Será que eles teriam me procurado se Orochimaru não tivesse tentado me pegar? Provavelmente não!

As lágrimas desciam por meu rosto em um choro silencioso, e eu alisei minha barriga, eu precisava me acalmar, a raiva que tinha sentido me causou um aumento de pressão que pós em risco a vida de meu bebê. Então procurei respirar fundo para me tranquilizar, e ele se aproximou de mim me servindo um copo de água, que eu orgulhosamente não aceitei, na verdade desde que acordei que fingia que não o via ali. Ele suspirou cansado e colocou o copo ao lado da bancada da cama, e voltou novamente a ficar em pé ao lado da janela.

Estávamos ali apenas esperando Sakura entrar para me dar alta, e ele já tinha desistido de falar comigo quando percebeu que eu não o respondia. Sim eu tinha a mania infantil de não falar quando estava com raiva, mas convenhamos, o que eu falaria, o que eu falaria para o homem que mentiu para mim, o que mais ele não tinha mentindo, será que realmente me amava, ou só estava comigo pelo maldito sangue que corria em minhas veias?

Meu sangue, agora eu sabia o motivo de Orochimaru me querer tanto, o sangue de uma Senju, uma Senju que não sabia se proteger, sim eu entendia, que diferente das outras crianças que tinham sido criadas naquela vida shinobi, eu havia sido criada como uma criança comum até meus 9 anos, o que tornava impossível para mim virar uma ninja, mas o sangue daquela poderosa linhagem ainda circulava em minhas veias, e era isso que Orochimaru queria, muito mais agora, pois nesse momento eu era um belo prêmio para ele, pois a criança que crescia em meu ventre tinha a junção dos nossos sangues. Uchiha e Senju, o quão forte aquela criança não seria?

-Boa noite. -Sakura entrou no quarto e eu dirigi-lhe apenas um aceno de cabeça. -Vim lhe dar alta Lya-chan, mas devo avisá-la que deve tomar cuidado de agora em diante, não pode ficar se exaltando assim. -novamente confirmei. -Preciso que siga essa dieta daqui para frente, precisamos deixar sua pressão em um bom estado, não queremos complicações no parto. -ele se adiantou pegando o papel que ela indicava, e eu tentei controlar minha raiva. -De agora em diante eu cuidarei de seu caso mais de perto, toda a semana eu espero vê-la aqui sem falta. -ela me disse séria. -Lembre-se que tudo que você sente você passa para o bebê. -ela me deu um sorriso compreensivo. -Eu entendo que esteja passando por um momento difícil mas pense... -minhas mãos começaram a tremer e eu novamente comecei a chorar, não, ela não sabia, não tinha como entender, mas se sabia era só mais uma das que tinha mentido para mim. -Tente se acalmar e descansar Lya-chan, eu não posso lhe receitar calmantes, porém se continuar assim terei de lhe internar para que possamos ficar de olho em você, e isso é algo que eu não gostaria de ter que fazer com você, então vamos evitar isso tudo bem? -ela suspirou e eu afirmei.

Itachi, watashi wa daisuki desu!Onde histórias criam vida. Descubra agora