Ana corria pelo campus da universidade. Atrasada como habitual para sua aula no atelier. Amava essas aulas, apenas não conseguia acordar tão cedo. Ultimamente Ana andava sem inspiração. Foi por isso resolveu ir até os lugares em que Camila frequentava. Precisava escutar conversas diferentes só não esperava conhecer aquele rapaz com olhos fascinantes que lhe roubou o ar.
— Desculpa, Sr. Pearce! – Ana entrou sem jeito na aula de Andrew Pearce seu professor e uma espécie de tutor, Ana estava sendo sua assiste nesse segundo semestre.
Andrew é um professor jovem comparado com a maioria dos outros professores daquela universidade. Tinha acabado de entrar na casa dos 40 anos. Ana achava ele muito bonito e charmoso. Praticamente todas as alunas suspiravam por ele.
— Entre! - Andrew responde demonstrando irritação. Se havia algo que incomodava era ser interrompido. Andrew havia deixado escapar a oportunidade de ser um artista renomado, por culpa de seus vícios e ego inflamado.
Ana correu até sua tela e começou a arrumar sua bancada. O professor manteve o tempo todo olhar sobre ela. Havia algo de diferente. Um sorriso que insistia em permanecer em seu rosto e o seu olhar distante como se estivesse em outro lugar. De fato estava. Permanecia ainda na noite anterior dentro daquele bar frequentado pelo pessoal que cursava exatas. Encontrou de tudo lá. Dos descolados que não querem nada com nada até os nerds obcecados. E no meio deles encontrou um que ficava no meio termo.
Arthur se vestia como uma pessoa "normal" na visão de Ana, mas durante a conversa que tiveram percebeu que era um rapaz focado e concentrado naquilo que fazia só não era um bitolado, sabia se divertir e aproveitar o momento, talvez não tão intensamente como ela, mas não era parado ou tedioso. Arthur arrancou várias gargalhadas de Ana no decorrer daquela noite, talvez por conta da bebida que consumiram, mas não, Ana teve a impressão de que ele era daquela forma mesmo sóbrio.
— Onde você está? – Andrew chegou sorrateiro pela suas costas.
— Oi!? Eu? – Ana saiu do transe – Estou aqui! – fazendo uma cara de quem não entendeu onde ele queria chegar.
— Não desconversa. Chegou atrasada e como minha assistente sabe que não tolero isso e está ai um tempão e não desenvolveu nada! Está com cara de quem mal dormiu a noite também. – havia na forma de falar de Andrew uma ponta de ciúmes e autoridade.
— Desculpas pelo atraso não se repetirá...
— Acho bom!
— Sobre a obra estou um pouco perdida. Você devia me deixar mais livre para criar, afinal sou eu quem está pintando. – Ana demonstrava irritação.
— Eu estou tentando te guiar para o melhor resultado por isso que escolhi você para ser minha assistente. Agora se você não quiser não reclame das consequências depois. – Andrew se afastou.
Aquilo intrigaria Ana profundamente. O que ele queria dizer com aquilo? Iria reprovar por querer expressar de sua forma e não apenas copiar o seu estilo? Bufou e finalmente deixou o pensamento da noite mágica que teve e se concentrou em seu trabalho.
No outro lado do campus, Arthur também não conseguia ter concentração em sua aula favorita: Cálculo 4. Só conseguia pensar naquele sorriso que viu a noite toda e a forma como Ana era graciosa e jogava seus cabelos. Apesar de estar frio, conseguiu ver através da gola role mais frouxa que usava que ali perto de sua nuca havia uma tatuagem.
— Planeta terra chamando! – Arthur é interrompido por seu colega de sala: Brandon.
— Que foi?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]
General FictionUm pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de trem. Lá estava ele, agora só faltava descobrir se o amor que sentiam resistiu ao tempo. PLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...