As paisagens passavam rápidas no seu campo de visão. As cores do dia iam se despedindo para da noite tomar o seu lugar e ali com seu corpo pequeno apoiado no do seu namorado que cochilava Ana desenhava. Em meio ao que ficou retido em sua memória das paisagens vistas um rosto familiar surgia. Não era a primeira vez que fazia um esboço dele. Aquele caderno estava repleto de suas memórias com aquele rapaz que a fascinava e a intrigava ao mesmo tempo. Arthur era tão aberto e tão fechado ao mesmo tempo. Ele a conhecia tão bem e ela pouco sabia, ficou entusiasmada com essa viagem quem sabe ali entre seus familiares ele se soltasse mais e enfim poderia saber mais daquele que estava a fazendo acreditar no amor.
— Esse sou eu? — Arthur acordara.
— É como eu vejo você, só que não está acabado... — olhou com cara de brava para ele — Não era para você ter visto.
— Acho que vou jogar todos os espelhos fora e pedir para você me desenhar sempre... — passou a mão por aqueles cabelos castanhos macios de forma carinhosa — Já que é assim que você me vê.
— Você é muito bobo sabia? — Ana fechou o caderno e lhe deu um beijo — E gosta de confete, você sabe que é bonito.
— Não! Não sei.
— Pois é bom saber que você é.
— Tá bom! — Arthur a apertou em seus braços — Um cara baixo, acima do peso, com essa barba e cabelos desleixados é bonito? Acho devíamos ir até algum especialista, talvez esteja precisando usar óculos.
— Quem precisa é você! — pegou a mão dele lhe mordendo de leve — Altura não é problema. Você não está acima do peso, não sei de onde tirou essa ideia! Você só não é atlético e gosto disso. Talvez o cabelo... — Ana passou os dedos pela sua franja — Podemos dar uma cortada, agora a barba é zona proibida!
— Gosta tanto dela assim?
Arthur sempre ficava impressionado com essa parte. Geralmente as garotas detestavam. Reclamavam que pinicavam. Pelo menos Elisabeth sempre detestou. Talvez por isso ainda mantivesse.
— Amo, amo, amo! — Ana tornou a lhe beijar — Sem dizer que ela faz maravilhas! — piscando maliciosamente para ele — Só de pensar meu corpo já reage. — sussurrava em seu ouvido.
— Ana! Aqui não!
— Não estou fazendo nada. — riu alto o deixando sem graça.
Ana não conseguiu controlar e gargalhou deixando o seu jovem namorado mais constrangido. O resto da viagem seguiu com um provocando o outro. Ana provocando Arthur e esse todo preocupado sobre o que as pessoas poderiam pensar.
xXx
Um coração batia descompassado nesse momento, a sensação que tinha era que ele explodiria em seu peito. Ansiedade. Algo totalmente fora do padrão para nossa destemida Ana Jones, porém nesse momento essa maldita sensação estava a controlando tanto que seus passos vinham arrastados logo atrás de Arthur.
— Arthur espera! — Ana segurou Arthur pelo braço faltando algumas casas até chegar até a dele.
— Aconteceu alguma coisa? — Arthur tinha um imenso ponto de interrogação no rosto. Desde que deixaram a estação o comportamento de Ana havia mudado.
— Será que foi uma boa ideia vir junto? Sabe a sua mãe não foi muito com a minha cara. Ela sabe que estamos namorando?
— Sabe. Não se preocupe com isso... — a puxou para perto — Ela é extremamente protetora, mas assim que ela conhecer você como eu conheço irá gostar de ti.
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Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]
General FictionUm pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de trem. Lá estava ele, agora só faltava descobrir se o amor que sentiam resistiu ao tempo. PLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...