O último período de estudos de Ana chegaria e com ele o entendimento sobre a pressão que seu namorado enfrentou nesse processo. O estágio tomava a maior parte de seu tempo e ainda tinha que se preparar para a apresentação da sua tese final.
Quando não estava nas aulas ficava a maior parte do tempo concentrada nele. De certa forma, Arthur sentiu alivio, por que assim podia se concentrar melhor na preparação de suas aulas. Quando começou não gostava, mas agora indo para o seu segundo ano havia sido cativado pelas crianças. Arthur era o professor favorito mesmo sendo o de matemática.
A família dos dois aumentaram. Kevin e Elisa estavam esperando o segundo filho e Lilian havia dado uma sobrinha linda para Arthur. Liam finalmente tomou coragem de sair da casa do pai e cuidar da sua própria vida, pediu Myrella em casamento e agora vivia com ela e o seu filho em uma casa bem próxima a de Colin. Saiu debaixo do mesmo teto, mas não conseguiu deixa-lo por completo. Ana ficava aflita queria estar perto dos seus sobrinhos e não podia se ausentar e isso a irritava o pobre do Arthur diversas vezes acabava sendo o seu alvo. O egoísmo de Ana chegaria ao seu extremo faltando alguns dias de sua formatura. Estava tão cega que não conseguia ver o quanto Arthur estava cansado e abandonado.
A rotina de Arthur perto do final do semestre sempre ficava mais exaustiva com o acúmulo de aulas. O único dia que tinha mais livre era nas quintas-feiras. E nesse dia veio acompanhado de um princípio de resfriado. Seu corpo doía, queria descanso. Deu graças a Deus que suas aulas acabavam mais cedo e foi direto para o banho e depois preparou um chá. Não queria ficar doente naquela semana, sabia que Ana iria querer participar de todas as festividades com seus amigos e com isso teria que ter disposição para acompanhá-la. O que nos últimos tempos estava difícil devido ao excesso de trabalho. Tinha dia que Arthur dava aulas nos três períodos e não era de hoje que Ana ficava reclamando de sua ausência e cansaço. Pegou o chá e alguns biscoitos e sentou à frente da televisão quando ligou estava passando o seu filme favorito, se aninhou ali como pode e relaxou até que um furacão que atendia pelo nome de Ana chegou.
— Oie! Nada de preguiça hoje! — Ana passou a mão sobre os seus cabelos e seguiu em direção ao quarto — Levanta daí e se arruma. Iremos sair! Acabou tudo! Finalmente estamos dando início as nossas despedidas!
Ana estava mais que feliz, estava radiante e diante disso queria comemorar. Arthur apenas se ajeitou no sofá suspirando. Não tinha intenção alguma de deixá-lo.
— Porque ainda não levantou? — Ana voltava indo em direção à cozinha.
— Estou muito cansado hoje e não estou me sentindo muito bem.
— O que você tem? — Ana voltava da cozinha com um copo de suco na mão e sentou no braço do sofá perto do seu rosto tocando para sentir sua temperatura. — Febre você não tem.
— Acho que vou ficar gripado e para não piorar prefiro ficar aqui quieto.
— Poxa Arthur! Todos os meus amigos estarão lá. — Ana falou com desânimo.
— Eu sei. Me desculpa. — Arthur voltou a prestar a atenção no filme.
Arthur não sairia dali. Contrariada Ana foi tomar banho. Assim que terminou juntou-se a ele no sofá. Arthur estava quase pegando no sono quando abriu espaço e Ana deitou colada em suas costas e ficou ali cheirando o seu pescoço acariciando por cima da camiseta seu peito largo que recebendo esse carinho quase dormiu. O que lhe impediu foi à mão de Ana invadindo suas calças a busca de um pouco de diversão. Já que não poderia fazer o que tinha planejado, que fizesse então aquilo que mais gostava.
— Ana, por favor, não. — Arthur impediu que ela avançasse. Naquele momento o que mais queria era ficar quieto.
— Mas que droga! — Ana saiu de onde estava passando por cima dele apressada — Não quer sair comigo e não quer transar! O que você quer fazer?
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Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]
General FictionUm pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de trem. Lá estava ele, agora só faltava descobrir se o amor que sentiam resistiu ao tempo. PLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...