Capítulo 23

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Final de ano e com ele suas festividades. Oito meses passaram desde que uma moça de espirito livre encontrou um rapaz tímido e assustado em um canto escuro de um bar e com ele havia descoberto uma das coisas mais preciosas da vida: o amor.

Muitas pessoas passam por essa vida e nunca sabem como é sentir o amor lhe preenchendo. Ana poderia ter sido uma dessas. Arthur mudou seu destino. Arthur um indivíduo que apesar de suas inseguranças, medos e perdas, distribuí amor. E era o que ele fazia todos os dias, concedia todo esse amor que sentia por ela.

Para não gerar brigas, definiram que o Natal passariam na casa de Arthur já que eram mais ligados a religiosidade que a família de Ana e o Ano Novo acabaria sendo na casa dos seus avós maternos.

Lá estava Ana, novamente estava hospedada na casa dos Shaller. Desta vez fora permitido que ficassem no mesmo quarto, com ressalvas. A palavra usada por Ellen era "decentes" para um bom entendedor significava: se fizessem sexo era para não fazerem barulho.

A última vez que Ana entrou em uma igreja seus pais ainda eram casados e agora ela estava lá com toda família do Arthur reunida. Estar perto da família de Arthur sempre deixava insegura. Apertou com força o braço dele que ia explicando o que estava acontecendo. Durante a ceia Ana conheceria os Shaller que faltavam, até aquela prima com Arthur perdera a virgindade.

Diversão aconteceria no grande casarão de campo dos Headley. Agora era a vez de Arthur conhecer mais um pouco da grande família de Ana. Henry e Christine os avós de Ana receberam com os braços abertos. Henry e Arthur criaram uma empatia quase de imediato. O avô de Ana um homem divertido, dado a contar piadas. Eles foram os primeiros a chegar, Kelly chegou apenas na hora do jantar e o restante só viram no dia seguinte. Ainda era incerta a presença de Liam o que deixava Kelly um pouco chateada.

— Sabe como o Liam é: bicho do mato. E tem Myrella com o filhinho acaba sendo complicado. — Ana sabia que no fundo o motivo do irmão não comparecer era por causa do seu pai.

— Ele não vem por causa do Colin não precisamos disfarçar sobre isso. — Kelly andava de um lado para outro — Só que eu sou a mãe! Podia aparecer de vez enquanto. Eu também sinto a sua falta.

— Fica assim não mãe. — Ana foi até Kelly e a abraçou — Você terá: eu, Kevin e Owen todos aqui ao seu redor te mimando e eu vou ficar mais uns dias aqui com você.

— Que boa notícia filha! — sentaram no sofá — Vamos aproveitar que seu lindo namorado nos deixou a sós e fale-me sobre ele.

— O que dizer sobre Arthur? — Ana aconchegou ainda mais nos braços de sua mãe — Ele é tão amoroso, carinhoso, gentil, inteligente. Ele é tudo mãe! Às vezes nem acredito que exista. Acho que vivo em um sonho e tenho medo de acordar.

— Está apaixonada!

— Estou sim e assustada com tudo isso.

— E ele está por você?

— Se o que ele demonstra não for amor então não sei o que é. Porque ele é mais explícito do que eu, as coisas que ele faz e me diz. Faz com que eu me sinta em débito. Não sou nem terço do que ele é comigo.

— Melhor assim filha. Melhor eles amarem mais, porque senão nos fazem sofrer. Nos destroem de tal forma que fica difícil colar os cacos.

Ficariam em silêncio abraçadas observando a neve cair pela janela por um bom tempo.

— Posso te perguntar uma coisa? — Ana olhou atenta para mãe.

— Claro! — Kelly continuou fazendo carinho em seus cabelos.

Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora