Após a formatura, Ana tentou entrar na turma de mestrado, porém não conseguiu a vaga e seus planos acabaram tomando outro rumo. Ana receberia uma proposta de trabalho irrecusável: ser assistente em um atelier em Londres.
Novamente a vida do casal mudaria. Arthur sabia que quando Ana se formasse possivelmente não ficariam mais morando ali e teriam de partir. Quando soube da possibilidade de Ana ter de ficar por conta do mestrado acabou relaxando e não procurou por trabalho e agora estava desempregado e um pouco assustado com o que faria o que consolava era ver como Ana estava radiante com a sua nova vida e trabalhando com algo que adorava.
— Não se preocupe... — Ana passava a mão pelos cabelos de Arthur descansando no sofá entre um caixote e outro — É muito inteligente e logo conseguirá trabalhar com aquilo que realmente gosta e queria, poderá enfim para de dar as aulas.
— Eu gosto de dar as aulas, não é isso que me preocupa. Como vamos nos manter por lá? O custo de vida é bem mais alto que aqui e não vamos encontrar um aluguel como pagamos, mesmo porque a mãe de Chris nos cobra um valor simbólico. — a forma como Arthur havia sido criado não deixava aceitar que Ana cobrisse os gastos. Em sua cabeça o homem é quem deveria ser o provedor e não ela.
— É uma solução temporária. Minha mãe conseguiu um apartamento bem legal para nós e o aluguel é quase similar com o que pagamos aqui, só que é minúsculo teremos que aprender a dividir o espaço... — suspirou e sorriu — na verdade eu terei que aprender a não ocupar tanto espaço!
— O meu medo é ficar muito tempo sem emprego.
— Não vai ficar. Tenho certeza que não e se ficar que mal tem? Você arcou com basicamente todas nossas despesas nesses dois anos, agora é a minha vez.
— Nunca irei deixar você responsável por todo nosso gasto. — Arthur fez uma careta para Ana.
— Eu sei que não. É apenas uma solução provisória e vamos mudar de assunto porque esse irá causar uma discussão sem fim. Não temos como saber por quanto tempo ficará sem emprego, talvez não fique nem por um dia. — Ana levantou do sofá e voltou a encaixotar seus pertences
xXx
Ana foi na frente. Arthur tinha que cumprir aviso nas escolas até que arrumassem outro professor. As crianças fizeram uma despedida linda o que emocionou. Arthur sairia com o coração apertado, afinal foram dois anos e aprendeu a amar o que fazia, apesar de ser exaustivo.
Quando regressou Ana já estava com o apartamento montado ao seu estilo, novamente deixou seu egoísmo prevalecer. Era um apartamento minúsculo de apenas um dormitório a vantagem era a sala ampla, que Ana pintou toda de branco fazendo com que parecesse maior.
Próximo à janela montou o seu cantinho de pintura, arrumou um sofá pequeno de dois lugares. Arthur não poderia mais adormecer assistindo seus filmes. Na verdade ele não teria nem como trazer a sua escrivaninha teria que usar a mesa de jantar de quatro lugares caso precisasse fazer seus trabalhos.
Os livros eram um grande problema para ambos. Aonde guardá-los? Como os de Ana eram mais bonitos deixou-os no raque em que ficaria a televisão de Arthur. A cozinha era praticamente intransitável de tão pequena. O quarto também não ficava atrás, cabia basicamente à cama e o guarda roupas. Ana improvisou para Arthur uma estante pendurada na parede sobre a cômoda lá ele colocaria os seus livros.
Enfim chegamos à decoração. Esta seria o ponto alto do apartamento. Ana distribuiu pelo apartamento inteiro algumas de suas criações. Elas dariam mais vida a aquele espaço pequeno e aconchegante que passariam a dividir.
— E aí, o que achou? — Ana estava apreensiva.
— É muito pequeno. — Arthur olhava tudo ao seu redor, analisando minuciosamente aquele apartamento minúsculo.
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Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]
General FictionUm pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de trem. Lá estava ele, agora só faltava descobrir se o amor que sentiam resistiu ao tempo. PLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...