Arthur olhava angustiado por todos os lados. Chegou a fazer menção em perguntar para o bibliotecário, desistindo logo em seguida com medo do rapaz debochar dele. E assim saiu em disparada até a parte de fora do prédio, foi quando contemplou Ana, com suas calça rasgada com algumas manchas secas de tinta espalhada sentada em um dos bancos, olhando o horizonte enrolando algumas mechas de seus cabelos castanhos claros por seus dedos. Arthur jamais esqueceria essa cena. Levaria para sempre guardada em sua memória.
— Vamos, Arthur! Estou faminta! — Ana deu um salto do banco assim que seus olhos caíram sobre ele. Arthur aperta o passo tentando alcançá-la.
— Porque ficou sem almoçar?
— Estou mega, ultra, blaster atrasada com o meu projeto de arte e preciso terminar até depois de amanhã. Estava completamente sem inspiração, sabe? Hoje ela veio a toda então tive que aproveitar. – Ana falava rápido, estava feliz.
— Entendo. - Arthur a seguia da melhor forma que conseguia. Maldita vida sedentária, era o que pensava enquanto tentava caminhar ao seu lado.
— Não! Você não entende! Ninguém entende! Talvez Andrew... quando isso acontece eu não sinto fome, sede... Só preciso ficar diante da tela e pintar exaustivamente! Foi o que fiz hoje.
— É obrigada a fazer aqui? Não pode levar para o seu alojamento?
— Não, infelizmente.
— Gostaria de ver um trabalho seu. — Arthur estava sendo simpático, afinal não entendia nada sobre artes, até esboçava alguns desenhos e não eram ruins, mas não entendia e nem se interessava.
— Sério? Gosta? — Ana ficou surpresa quando ele mostrou interesse.
— Não entendo nada, mas acho interessante.
— Vou te mostrar... – Ana empurrou a porta da lanchonete — Primeiro vou comer!
Dirigiram-se até o balcão para fazer os pedidos. Escolheram uma mesa mais ao fundo da lanchonete. Ana queria ficar ali isolada com Arthur para poderem conversar. Algo nele a intrigava e não conseguia entender o que. Ele não tinha nada em comum com os seus relacionamentos anteriores, talvez isso estava contando, a curiosidade sobre o desconhecido.
— Acho que falei demais e te tirei o ar. — Ana percebe que ele ficou quieto a maior parte do tempo.
— Não! Estou adorando. Eu tenho que te agradecer por ter me salvo.
— O que leva uma pessoa a querer entrar na área de exatas? — Ana faz uma careta para ele. Arthur ri.
— Meu raciocínio é lógico, sempre gostei de jogos de tabuleiro, xadrez. Os números sempre me fascinaram, agora se for para escrever uma carta que seja, levo dias tentando... Meu pai é engenheiro, talvez venha daí o meu interesse.
— Finalmente! Algo sobre você. — Ana sai de onde estava e sentou ao seu lado — Conta mais!
— O que você quer saber? — Arthur faz uma pausa e ela faz uma careta — Não sou muito bom em falar sobre mim.
— Ana? —
Tinha time pior que esse? Essa pergunta gritava na cabeça de Ana quando um dos colegas de sua turma interrompeu a conversa dos dois. Arthur olhou para o rapaz desconfiado e o mesmo retribui de volta o mesmo olhar.
— James. — Ana responde sem entusiasmo e ficam um tempo em silêncio se entre olhando — Ah, desculpa, James é meu colega de curso... — Ana se volta para Arthur que mantinha a expressão séria — esse é Arthur, meu amigo.
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Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]
Ficción GeneralUm pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de trem. Lá estava ele, agora só faltava descobrir se o amor que sentiam resistiu ao tempo. PLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...