Capítulo 15

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A claridade dava contornos sobre aqueles corpos entrelaçados na cama da garota que pela primeira vez soube o que era fazer amor. Seus olhos verdes abriam tímidos, relutantes, ainda preguiçosos. A visão tomava foco e a imagem que se formava era do rapaz com os lábios entre abertos entregue a sua exaustão. Observou cada detalhe daquele rosto quase que totalmente coberto pela sua barba loira. Os cílios às vezes se moviam involuntariamente e Ana sorria feliz ali do seu lado.

Recostou seu corpo mais próximo ao dele. O calor lhe aqueceu e as sensações sentidas horas antes voltaram rapidamente até sua memória. Seu nariz buscou caminho naquele pescoço alvo. Precisava do seu cheiro. Arthur se mexeu com o toque e dessa forma seu braço caiu sem pretensão por entre as penas da garota. Ana sentiu o toque sutil ali sobre seus pelos pubianos e quis mais. Buscaria por mais.

Ana moveu-se de encontro à mão que sem entender a invadia. Arthur ainda estava totalmente imerso no reino dos sonhos, porém Ana estava bem acordada, em todos os sentidos. Roçava seu sexo ali devagar. O cheiro da sua excitação entraram pelas narinas de Arthur. O rapaz ainda não sabia se o que estava sentindo era real ou imaginário o sono ainda o puxava enquanto que Ana intensificava. Praticamente inebriante no seu desejo deitou-se em cima dele grudada ao seu corpo, movendo sua pélvis para frente e para trás.

O sono podia dominar ainda os olhos de Arthur, mas as ondas de tesão já fazia com que outra parte de seu corpo correspondesse aos apelos de Ana. A respiração da menina vinha acelerada de encontro aos ouvidos de Arthur, seu membro já disputava espaço com as carícias que Ana infligia. E foi assim que a imensidão azul daqueles olhos se abriram para ver a garota implorando por mais.

— Quero você de novo dentro de mim, Arthur! — murmurou em seu ouvido.

Não teria tempo de responder, Ana esticou-se sobre ele e pegou novamente o pacote com as camisinhas. Rasgou com voracidade a embalagem e ela mesma colocou no ainda sonolento, porém excitado Arthur. E assim aconteceu. Estava com ele todo dentro dela.

— Ah! Como isso é bom! — se mexeu lentamente para frente e para trás.

O sono acabou naquele instante. Dessa forma ajudou aquela garota esperta se movimentar sobre o seu corpo. E novamente os gemidos foram surgindo, os movimentos aumentando e o corpo caindo extasiado sobre o outro.

— Bom dia! Dorminhoco!

— Bom dia é pouco! Ótimo dia!

— Bora levantar! Quero te mostrar tantos lugares!

A felicidade sentida por Ana vinha estampada em seu rosto. Correu até a estante em que ficavam seus discos de vinil e colocou um para tocar no último volume. Arthur apenas a observa completamente anestesiado.

— Queria ter essa disposição ao acordar. — seus olhos azuis seguiam aquele corpo nu dançando pelo quarto.

— Nem que você queira! — Ana vai até ele e lhe beija no nariz — Não é da sua natureza. Vou tomar um banho, me espera lá cozinha... — colocou um roupão e já ia deixando o quarto — Se achar qualquer coisa naquela bagunça me faça um café!

Sem poder argumentar já que Ana havia lhe abandonado naquele quarto, sem ter alternativa Arthur colocou as roupas de volta e desceu para o andar debaixo. Caminhou sorrateiro. Sentia-se intruso ali naquela casa imensa e tomada pela desordem. Tentou lembrar em sua mente do caminho que fez na noite anterior e assim chegar até a cozinha, não encontraria muita dificuldade, porém Ana estava certa. Achar o que fosse ali seria digno de um prêmio. Torcendo o nariz procurou pela chaleira. Ao encontrar colocou água, ligou o fogo quando estava indo até a geladeira algo lhe assustou.

Ele sabia amar, ela tinha de aprender [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora