oops

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notas iniciais: eu sei que faz um bom tempo que essa fanfic foi postada, mas hoje (05/08/17), resolvi dedicar um tempinho pra repostar as capas — que o wattpad bugou, sabe se lá pq.

eu não sei se isso vai encher vcs de notificações; não tenho muito costume aqui com o wattpad, mas se for o caso, me desculpem, kay? :) x

Oi.

É assim que eu começo essa carta. Com um Oi.

Um simples Oi que você me deu que me desconcertou por completo.

Um Oi muito mais digno do que meu desastrado Oops após pisar no seu pé no banheiro.

Lembro-me como se fosse ontem do dia em que meu queixo caiu no chão com tamanha beleza. Era o primeiro dia de aula, eu um novato e você um veterano.

— Não precisa se preocupar com isso — você me olhou gentilmente, e eu corei, dando um risinho.

— Eu sujei todo o seu tênis. Desculpa — tudo em você sempre me deixou nervoso, Harry.

— Você andou por algum lugar com... Terra? — você ousou me perguntar, olhando para seu sapato. E eu como um tolo admirei seu rosto o máximo que pude, mas aí, você levantou seu olhar para o meu.

— Ah... Não. Quer dizer, sim. Não um lugar, mas bom, a floricultura da família. Eu estava ajudando a minha mãe a plantar algumas roseiras. Não tive tempo de limpar o tênis.

— Isso é...

— Estranho? Zoado? Um pouco.

— Diferente.

Diferente? O que você quis dizer com diferente, Harry?

— Enfim, desculpa mais uma vez — caminhei rapidamente em direção à saída, abrindo a porta.

— Hey! — Até hoje não entendo por que você foi correndo atrás de mim, tampando a passagem com seu corpo.

Se isso não tivesse acontecido, se eu não tivesse pisado na droga do seu pé, eu não estaria escrevendo essa droga de carta agora.

— Hum?

— Você não me falou seu nome. És novato, certo? Nunca te vi por aqui...

— Louis.

— E então, Louis, já olhou seus horários?

— Não achei em canto nenhum. Disseram que eu deveria fazer login no site do colégio e conferir lá, mas bom, eu não uso internet.

— Você não usa internet?!

— Eu sei apreciar as coisas certas, okay? E internet não é uma delas — nessa hora eu comecei a imaginar que você deveria ser apenas mais um babaca alucinado.

— Você pode usar meu celular, Louis. Aqui — lembro-me de pegar seu enorme celular com receio. Imagine só, derrubá-lo lindamente no chão e rachar toda a tela. Dada a minha sorte com a vida nesses dias, não seria impossível.

— Ah. Você poderia fazer o login para mim? Não me confio muito com essas coisas — amei o seu sorriso compreensivo. Hoje em dia, eu o odeio. Eu o odeio por você não usá-lo mais comigo.

— Claro. — procurei meu papel no bolso da calça, e lhe entreguei. Você o analisou por um momento — Tomlinson. Bonito sobrenome.

— Obrigado.

— Posso te perguntar o porquê de você usar "um_elefante_amarelo" como senha?

— Você imaginaria que minha senha seria essa?

— Definitivamente não.

— Então... — Pisquei.

— Espertinho. Aqui está seu horário, quer copiá-lo?

— Se não for incomodar.

— Já que você vai usar caneta e papel para copiar...

— Não me zoe sobre isso.

— Longe de mim. Continuando, pode ficar com meu celular. Copie e depois me entregue.

— Você não me conhece, literalmente apenas sabe meu nome e está me dando seu celular. Você é idiota?

— Um pouco.

— E se eu hackear todas as suas contas? Divulgar suas fotos? Ler suas conversas?

— Não têm nada de foto aí. Ele é novo, ganhei-o ontem. Foi meu aniversário. Quanto às conversas... Não me importo.

— Parabéns. Você é um idiota.

— Eu leio as pessoas. Você é inofensivo.

— Sou?

— Como alguém do seu tamanho, com a sua voz, o seu rosto e que ficou tímido por pisar no meu pé, vai me fazer algum mal? — Imagino como devo ter ficado vermelho naquela hora. Estúpido.

— Pode ter certeza de que eu te acho mais idiota agora.

— Anotado. Enfim, eu realmente preciso ir resolver algumas coisas na secretaria — você seguiu pelo corredor sem ao menos dizer-me seu nome.

Que tipo de pessoa dá o seu celular para outra que acabou de conhecer? Seu celular era novo, um presente. E você o entregou de mão beijada para mim.

Eu amo isso em você. Mas, acho que nunca vou te entender. Sempre foi confuso para mim, sabe?

É só que talvez Oi e Oops não sejam compatíveis. Talvez você queira alguém melhor. Talvez eu não deveria ter pedido desculpa por pisar no seu pé. Talvez você merecesse. Talvez você que não deveria ter me desculpado.

— Acabou, Louis — Zayn desligou a máquina de tatuagem.

— Obrigado, Zaz. Até amanhã — lhe entreguei algumas libras. As primeiras libras das muitas que eu irei gastar.

Tudo o que eu quero, Harry, é que você me deixe te explicar o que aconteceu. Sabe, nem tudo é culpa minha.

Será que quando você ver o Oops no meu braço irá se lembrar daquele dia? Eu espero que sim.

Eu vou gastar todas as minhas economias. Provavelmente irei perder várias chances de futuros empregos. Mas aqui está, Harry, a primeira razão de porque você deve voltar comigo.

Por causa de um maldito Oops que esbarrou em um Oi

36 REASONS (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora