fuck you

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— Ele terminou comigo. — Mal conseguia falar aquilo. Com certeza uma das frases mais duras da minha vida. Zayn me abraçou e eu chorei.

Chorei.

Chorei.

Chorei.

Chorei.

Chorei.

Ele não disse uma palavra, apenas deixou que a tristeza transbordasse pelos meus olhos.

— Me desculpa por te atrapalhar de novo... Eu sei que você tem um monte de responsabilidades na sua faculdade e no seu estúdio, mas está doendo tanto, Zayn...

— Shh, tudo isso vai passar, okay?

— Eu espero que sim.

(...)

— Você estava onde até agora, Louis? — Fui recebido em casa pela minha mãe. Engoli em seco. — Você está bem? — Sua voz tornou-se preocupada. Segurou meu rosto. — Seus olhos estão vermelhos.

— Mãe, eu posso não falar sobre isso agora? A última coisa que eu quero é lhe preocupar, mas por favor... Não hoje.

Como ela não disse nada, fui como um raio para o meu quarto e não saí de lá até que peguei no sono.

Quando me acordei no outro dia, torci para que tudo aquilo tivesse sido um pesadelo, mas não poderia ser mais real. Olhei para a carta sobre a escrivaninha e meu estômago se revirou.

(...)

Hoje é o dia. Decidi que pouco me importava se não lhe entregasse a carta pessoalmente; iria colocá-la no seu armário, e se ele quisesse falar comigo, que falaria. Eu não aguentava mais aquilo.

Tentei passá-la por uma das aberturas dele, mas ela não passava. Era grande mais. Olhei ao meu redor para ver se havia alguém conhecido; como não, tentei a senha que acreditava ser dele. Por sorte, acertei.

Deparei-me com uma foto dele com a Taylor. Parei imediatamente o que estava fazendo.

Talvez tenha agido de forma insensata e infantil, mas não dei a mínima. Rasguei um pedaço de um papel qualquer que encontrei e escrevi, com a mão tremendo de raiva, um recadinho.

Fuck you.

36 REASONS (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora