caveira

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Eu estava tão irritado que eu literalmente conseguia sentir o stress saindo por cada poro do meu corpo.

Sempre evitei ficar no comando das coisas, especialmente no colégio, por esse motivo. Odeio ter que ser responsável mais do que de costume.

—Você deveria ir para casa, Louis. 'Cê tá aqui desde cedo. A gente finaliza. — Fiquei mais que satisfeito em ouvir aquilo.

— Muito obrigado, gente.

Na saída, quando eu já estava com um pé do lado de fora do colégio, ouvi alguém chamando meu nome. Era você.

— Você já está indo para casa? — É incrível o quanto você consegue correr. Sinto-me um velho de 80 anos perto de você.

— Yep.

— Mas você não é o chefão por trás de toda a decoração para o Torneio?

— Meio que isso.

— Não me diga que você está saindo de fininho...

— Não estou. Já tá quase tudo pronto. Os meninos irão terminar e depois deixarão tudo lá na sala de Artes. Se você quiser pode dar uma passada lá para ver como as coisas estão. O estandarte com o nosso mascote ficou impecável.

— Na verdade, eu estou me importando mais com outra coisa... Hoje é noite de Halloween. Você irá vir para a festa, né?

— Aham.

— Não durma demais e perca a hora.

— Me diga, quando isso já aconteceu? Sou super pontual! — Você sorriu e me deu um selinho.

— Estarei ansioso para ver sua fantasia.

— Ah, não crie tanta expectativa, Curly boy.

(...)

Levei um susto ao chegar em casa e me deparar com tamanha decoração de Halloween. Sério que eu fiquei no colégio tempo suficiente para elas arrumarem umas 20 abóboras em frente de casa? E não irei comentar nada sobre os morcegos...

— Lou! — eram Daisy e Phoebe. Abri meus braços para poder abraçá-las, mas depois percebi pelas caras delas que elas não estavam tão felizes assim.

— O que aconteceu?

— É verdade que você não vai pedir doces com a gente esse ano? — Elas ficavam umas gracinhas quando estavam emburradas.

—Sim... Eu vou ter uma festa no colégio que preciso ir.

— Você todo ano tem, mas mesmo assim você fica com a gente — Phoebe choramingou.

— Eu sei, babe. Mas esse ano é diferente. Sabe o Harry?

— Aham! — Elas já pareciam estar mais animadas só de ouvir o seu nome.

— Então, ele vai ficar triste se eu não for. E isso porque nós gostamos muito um do outro e ele me fez tão feliz! Eu quero muito ficar com ele hoje, okay? — Elas balançaram a cabeça, concordando. — Tudo bem entre a gente?

— Sim! — Elas responderam em coro, e nós trocamos high fives.

(...)

Eu simplesmente amava andar pelas ruas nessa época do ano. Era tão divertido ver todo mundo curtindo essa vibe do Halloween. Crianças correndo pela rua, pedindo doces, tentando assustar os outros...

E bom, posso dizer veemente que nunca fui uma pessoa de me assustar facilmente com coisas de terror ou pelo menos consideradas assustadoras por outras pessoas.

36 REASONS (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora