Capítulo 6

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Sou acordada pelo som das chaves na porta da frente, não me levanto. Não tenho o que dizer para ele. John entra no quarto e em sua mão está um buquê de Rosas vermelhas.

Ele olha para mim e fica mudo, como se estivesse analisando o terreno antes de dizer algo.

- Me perdoa?

Ele senta na beira da cama, não está conseguindo nem olhar nos meus olhos, como podemos ter deixado chegar nesse ponto?

- Sinceramente não sei John.

- Você não pode fazer isso, eu te amo.

Quando ele fala isso o bafo de bebida é perceptível, odeio o que nos tornamos.

- E você não pode me bater e achar que tudo voltará ao normal só porque trouxe um buquê de flores.

Tento falar de uma maneira neutra, não quero que ele perceba o caos que estou por dentro.

- Eu sei flor... Eu sei, é que você sabe, tenho passado por muita pressão no banco e não aguentei ouvir que iria perder você também. Me perdoa por favor.

Não sei o que dizer, ao mesmo tempo que penso em desistir desse casamento, também penso que são sete anos e que passamos por muitas coisas, não sei se o amo, mas o sentimento de apego é grande.

Talvez ele esteja mesmo passando por problemas na empresa e não aguentou mais um.

- Nada justifica você ter me agredido.

- Eu sei, não irei fazer mais isso, eu juro.

- Tudo bem.

Ele levanta a cabeça e abre um sorriso, sei que posso ter sido idiota demais em o ter perdoado, mas todos merecemos uma segunda chance.

- Vamos, hoje vou te levar para almoçar.

***

John me deixa em casa depois do almoço e volta para o trabalho, ultimamente ele tem trabalhado muito, principalmente a noite.

Abro a porta e vou direto ao banheiro tomar um banho, quando estou me olhando no espelho as imagens da noite passada aparecem em minha mente. Estremeço só de pensar na voz dele.

Olho para o notebook em cima da mesa, será que ele está lá? Provavelmente eu não deveria fazer isso, estou tentando me acertar com John e isso não seria legal, mas pensando por outro lado, eu nem fiz nada demais, só conversei e conversar não tem nada haver.

Entro na sala com o mesmo apelido e vejo que ele está online, sinto um frio na barriga só de ver seu nome.

Cat para ChristopherAC :

-Oi tudo bem?

Ele não responde.

Dez minutos depois e nada. Será que ele ficou chateado por eu não ter falado nada? Fechei o computador sem nem ao menos me despedir da última vez.

30 minutos depois e nada

É, provavelmente ele não quer saber de uma mulher problemática como eu, mas por que estou tão preocupada com isso? Nem conheço o cara.

A chamada para o chat reservado aparece e meu coração dispara, parece que me importo mais do que pensei.

Ele aparece na câmera, camisa gola v branca, os cabelos levemente molhados e um sorriso largo, será que esse homem sabe o quanto é bonito?

- Tudo bem com você? Estava preocupado, você saiu do nada, achei que tinha acontecido algo.

O tom de sua voz mostra que ele estava realmente preocupado.

- Está tudo bem sim, ontem precisei resolver algumas coisas, nem deu para me despedir (minto), pensei que não iria querer falar comigo hoje.

-Eu estava com uma cliente e depois fui tormar um banho.

Uma sensação estranha como se eu estivesse com ciúmes surge. O que está acontecendo com você Catarina? Nem conhece o cara, se controle. Minha mente tenta dizer ao meu corpo que continua me pregando peças.

- E você e seu marido? Você vai sair daí né?

- Não, resolvi dar mais uma chance para ele.

Sinto vergonha do que acabei de falar.

- Você sabe que provavelmente ele vai fazer de novo né?

Sei? Será que ele faria de novo? Depois de ter me pedido desculpas?

- Todos merecemos uma segunda chance. Eu fico tomando o seu tempo e nem ao menos lhe pago alguma coisa.

- Tudo bem princesa, por hoje eu não vou fazer mais nada e sempre é um prazer falar com você.

Sinto minhas bochechas corarem quando ouço ele me chamar de princesa.

- E ai quantos anos você tem?

Pergunto ao perceber que não sei quase nada desse homem.

- Tenho 27 e você?

- Eu tenho 25.

- Nossa, nem parece, te daria uns 23.

- Ah, só por que sou magrela?

- Você? Magrela? Pelo que vejo aqui você é muito gostosa isso sim.

Um calor familiar sobe pelo meu corpo.

- Como pode saber disso apenas me vendo da câmera?

- Vejo isso pelo formato dos seus seios desenhados na sua blusa, chuparia os dois de uma vez só.

O calor já se transformou em um incêndio inteiro, não deveria estar gostando disso, mas as palavras dele acedem a mulher dentro de mim e me envolvo cada vez mais no seu jogo.

- Por que fica falando essas coisas para mim?

- Porque é verdade.

- Não acredito em você. Nem bonita eu sou.

- Você não tem espelho em casa? Seus olhos, sua boca carnuda, você é gostosa pra cacete, me deixa provar isso?

- Como você provaria isso?

- Me deixe passar uma noite com você?

REVISADO EM: 04/02/2017

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