Capítulo 23

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Não irei ficar nesse apartamento sozinha, olho pela janela e vejo que o sol está aparecendo pelas nuvens. Visto um jeans preto, minhas botas marrons e um casaso bem quentinho, vou conhecer Londres e não importo de fazer isso sozinha.

Quando chego na rua fico deslumbrada, tudo aqui é lindo, me informo sobre como pegar aqueles ônibus grandes de dois andares e um senhor barbudo me avisa que o próximo sairá daqui a meia hora, ainda da tempo de tormar um café ou chá.

Nossa eu vou tomar chá na terra da rainha, sento na varanda de um café e observo as pessoas na rua, até o ar parece ser diferente.

- Com licença senhora aqui está seu Croassaint e seu chá.

- Mas eu não pedi isso.

O garçom deve ter se confundido, eu apenas pedi um chá.

- O senhor da mesa atrás pediu para lhe entregar isso.

O garçom fala com o sotaque carregado, quando olho discretamente para ver quem foi, meus olhos se arregalam tanto que mais um pouco saíriam do meu rosto. Christopher está aqui, em Londres  e está lindo, Meu Deus como está lindo.

Ele sorri ao me ver se levanta e vem a minha mesa.

-Christopher o que... O que houve?  Está fazendo o que aqui?

Ele percebe a expressão de confusão em meu rosto e abre um sorrio, Deus, como senti falta desse sorriso.

- Estou em lua de Mel.

Suas palavras me cortam, ele casou? Mas não tem 5 dias que tudo aconteceu, como assim lua de mel?

-Minha mãe piorou e precisei de um dinheiro que não tinha, então me casei com uma velha rica para poder pagar as despesas.

Vejo uma tristeza em seu olhar quando ele fala isso.

-Nossa, sobre o que aconteceu, queria lhe pedir desculpas, falei um monte de coisas e não ouvi suas explicações.

- Está tudo bem Catarina, nunca ficaria chateado com você.

Suas palavras são sinceras, seu olhar triste continua e não sei o que fazer, quero fazer tudo e nada ao mesmo tempo, agora ele é casado e não sei como me sinto em relação a isso.

- E cadê ela? Sua esposa?

- Está no Hotel, ela tem uma rotina matinal de umas 2 horas, até passar todos os cremes na pele, é surreal.

-Olha foi bom ver você, mas preciso ir meu ônibus vai sair daqui a pouco.

Me levanto e ele segura minha mão, seu toque faz meu corpo acender.

-Vamos conversar mais, me conta de você, está gostando daqui?

-Cheguei ontem, ainda não vi muita coisa.

-Podemos fazer um tour juntos o que acha?

- Acho que você precisa voltar para sua esposa.

- Ela pode esperar.

- Christopher isso não está certo.

Ontem a noite eu estava desesperada para olhar ele através da câmera de um computador, agora que ele está aqui frente a frente, não sei o que fazer.

- Não vai acontecer nada Cat, apenas vamos conhecer a cidade.

Ele acaricia minha mão e perco o ar, preciso dele, quero ele, mas estamos presos nessa confusão que é nossas vidas.

- Tudo bem.

É a única coisa que sei dizer, tenho o pressentimento de que isso não vai acabar bem, mas não ligo, apenas quero estar com ele.



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