Querida Lauren

Capítulo 1 - Preocupação

Escritora:

Amores, ai vai o livro dois! Para que não haja problemas, em breve ele estará na AMAZON!

Obrigada amores!!!!

Abro meus olhos e minha mão vai direto para a testinha de Ally que dorme ao meu lado, essa noite eu não preguei meus olhos sequer uma vez. Também, trinta e nove graus de febre, vómito e hospital para uma mãe é algo que eu não desejo nem de longe. Meu coração fica apertado e eu sei que não posso fazer nada para ajudar a minha bonequinha de apenas seis anos, que, aliás, foram completados em péssimo estilo ontem. Já o Miguel Carter o levou para passar o dia no MC Donalds, por mais que ele quisesse ficar ao lado da irmã e Carter conosco, eu pedi que ele fizesse isso por nosso pequeno que estava ansioso para ter o tão esperado aniversário do Minecraft que ele tanto ama.

Carter tem saído um pai e tanto, e um marido que eu não posso reclamar. Claro que como qualquer casal a gente briga, já o coloquei para fora diversas vezes com os lençóis nos braços para que ele dormisse no quarto de hóspedes, e assim que ele pegava no sono eu corria até ele para pedir desculpas. Se eu disser que o jeito infantil piadista dele mudou eu estarei mentindo, mas, às vezes era esse jeito que me fazia feliz, que mudava o meu dia.

Morar perto dos meus sogros era muito bom, ainda mais quando as crianças estavam de férias como agora, com essa mudança na WS toda, havia crescido tanto e eu agora era gerente geral de Marketing, ou seja, era quase um Carter ali dentro. Algumas funcionárias de Toronto foram passadas para Nevada por conta de serem muito boas, e junto delas a Cindy, uma loira de um metro e setenta com um corpo que eu pedi aos deuses, uma boca ao estilo Angelina Jolie e um sorriso mais parecido com minis Chicletes do que com dentes.

Era isso que me preocupava, essa beleza toda havia vindo para ser secretária do meu marido. Durante esse tempo todo Carter tinha uma senhora que o ajudava, mas, a velhinha bateu as botas tem um ano e ele resolveu trazer a Cindy por conta de seu ótimo desempenho. Então tem um ano que eu não me garanto com meu marido, por mais que ele ache isso a maior besteira do mundo, eu morro de medo em ser trocada.

-Está acordada ainda pequena? -Carter fala baixinho com Miguel capotado no seu colo, eu encaro meu marido que não mudou nada esses seis anos de casado, na verdade, nesses onze anos que eu o conheço só o que mudou foi esses cabelos brancos que estão começando a aparecer no seu cabelo, mas, são tão poucos que nem fazem muita diferença. Outra coisa que não mudou foi meu enorme amor por ele.

-A Ally quis que eu deitasse com ela, mas, eu não consegui dormir. - ele ajeita Miguel na cama e vem na minha direção beijando minha testa, em seguida coloca a mão no rostinho de Ally que geme em um suspiro, sorrio para a minha branquinha, cabelinhos bem liso, uma franjinha escorrida, e por mais que não veja seus olhos posso dizer que são azuis como o do pai.

-O médico disse mais alguma coisa? - ele está preocupado e senta ao lado dela, estamos falando baixinho por medo de acordar o Miguel, porque ele sempre foi mais sensível, Ally o acordava todas as noites com seus berros desesperados.

-Disse que ela ia ficar bem depois da injeção, a febre cessou e ela não vomitou mais! - ele tira a gravata e beija a testinha dela.

-Graças a Deus! - sorrio.

-E como foi hoje?

-O Miguel adorou a farra que fizemos, comprei presentes para ele e para a Ally, assim que ela melhorar nós vamos levar ela para curtir em algum lugar, quero dar uma boneca que eu vi, ela vai amar.

-Para de mimar esses dois- sorrio maternal e ele sorri para mim olhando meus olhos.

-Eles fizeram seis anos meu amor, e daqui dois meses nós faremos seis anos de casado, pensei em voltarmos para o Brasil, àquela praia de Fortaleza pede nossos corpos nus e suados contra a areia.

-Está escrevendo livro erótico Carter Harper- ele sorri. - Não sei, estou cheia de serviço para esse mês, sabe que consegui fechar com quatro empresas tudo de uma vez para entregar perto um do outro.

-O que eu já disse que é loucura! Lauren, eu sei que gosta do que faz, mas, tem que dar um tempo para nós!

-Tive que me ausentar quatro dias para ficar com a Ally! Eu não posso parar!

-Vem, vamos conversar sobre isso no nosso quarto! Não quero acordar nossos filhos- o tom dele muda, eu sei que ele está certo, o rumo que a conversa está tomando me mostra que na verdade vamos discutir em breve.

Beijo a testa de Ally e em seguida faço isso com Miguel que está capotado sem banho, mas, se esse pestinha tomar banho agora ele não vai dormir tão cedo. Meu branquinho dos meus olhos castanhos e o cabelo preto igual os do pai, meu nariz e a boquinha mais desenhada que eu já vi.

-Lauren, eu amo você e te acho a melhor mãe do mundo! Sem contar que é a profissional mais exemplar, mas, eu quero você como a minha mulher.

-Carter, acha que é fácil ser esposa, ótima profissional e ainda por cima mãe? Como eu vou para o Brasil? Deixar meus filhos e ainda por cima todas as coisas que eu tenho para fazer?

-Simples! Eu te dou férias e tiro férias, nossos filhos sua sogra cuida com maior prazer e a Joana fica no seu lugar! Ela se responsabiliza por tudo, enquanto a Cindy com certeza vai exercer a função dela e a minha parcialmente com todo o profissionalismo possível.

-Ah e essa Cindy entra na nossa conversa- arremesso minha roupa longe e ele se joga na cama passando as mãos no rosto agitado.

-Não começa com essa porcaria de desconfiança! Ela é minha secretária!

-Eu também era, e fui isso por cinco anos! - retiro meu sutiã e jogo no cesto- e além do mais, ela é uma atrevida!

-Mas ela é a única que organiza tudo para mim Lauren! Para com isso, é você que eu amo, mas é você que eu quero na cama também!

-Não vou fazer sexo com você enquanto minha filha não está bem- coloco minha camisola e deito na minha cama, apago meu abajur e ele fica quieto.

Eu sei que estou sendo dura, mas eu não consigo ver meus filhos passando mal e não poder ajudar, eu não sei deixar meu serviço de lado e eu não consigo mais ser a Lauren que tinha tempo para o marido de uns três anos atrás. Meu peito enche e não demora em esvaziar em forma de choro, angustiado e uma dor latente, as lágrimas caem e Carter me envolve de conchinha cheirando meu cabelo.

-Ei, ei... Eu não estou bravo com você minha pequena!

-Eu estou comigo, não posso fazer nada pela minha filha, ela me olhou hoje à tarde, pálida e gélida, achei que eu ia perder nossa Ally! A dor foi igual aquela que eu senti com o sangramento no casamento do seu irmão.

-Nem me lembra desse dia minha princesa! - ele me abraça mais forte e eu me encosto nele. - nossa pequena vai melhorar, pode ter certeza!

-Mãe?! - a voz fininha da minha princesa vem de longe e Carter se levanta.

-Princesa! - eu levanto depressa e vou até ela- o que foi? Está com dor? - a pego no colo e ela nega.

-Oi minha baixinha, o papai estava com saudades- ele beija sua testinha para ver se ela está com febre e nega para mim, respiro aliviada.

-Posso dormir com você mamãe, estou com medo de passar mal à noite- eu sorrio e Carter beija a cabecinha dela.

-Claro que pode pequena terrorista- Carter a chama assim desde que ela chorava muito e acordava o Miguel.

-Então vamos nanar?! A mamãe está muito cansada, e o papai vai nos abraçar e cuidar de nós duas! - ele me beija.

-Sempre vou cuidar das mulheres da minha vida, e do meninão que eu mais amo que só não trago para cá porque se acordar ele agora ele não dorme mais. - sorrio e nos deitamos os três juntos e agarrados até pegarmos no sono.