Querida Lauren

Capítulo 20 -Lembranças

(Escritora: Amores, me desculpem pela demora, final de ano, namorado novo (que não me impede, me incentiva em escrever, isso é lindo), publicitária com mil trabalhos graças a Deus e tudo misturado... A Wendy está de volta... Projetos? Sim, encerrar essa e começar outras... As que estão inativas eu vou ver o que fazer... Mas não vou abandonar nunca as minhas leitoras... Feliz 2017!!!!)

Att,

Wendy Falls

-Pode pedir, eu quero que me peça tudo Lauren!- eu o encaro e Ally e Miguel que apertam o pai mais ainda e por um tempo a vontade de desistir se instala em meu peito.

-Então eu peço que solte os meus filhos e me deixe ir, eu preciso desse tempo para mim! Eu quero... Se me ama tanto quanto fala... Solte nossos filhos e me deixe ir, eu preciso!- Carter solta devagar as mãos de nossos filhos, Jo me encara por um tempo e eu me aproximo pegando as mãos dos meus filhos. Percebo que os dois estão quietinhos, mesmo assim eu respiro fundo e sigo em frente.

Sei que posso estar fazendo a coisa mais errada de todas, mas eu preciso desse tempo para pensar, para mim, quero respirar o ar puro e tranquilizador de Toronto.

-Lauren! - ele me chama, vejo minha amiga quieta e meus filhos cabisbaixo.

-Sim?

-Quando chegar em Toronto, lembre-se de cada coisa que vivemos, de como eu fui e sou completamente apaixonado por você. - Asquieço e respiro saindo do local que ele está.

A viagem parece não ter fim, meus filhos dormiram e eu não paro de observafr as nuvens que passam por meus olhos de maneira rápida e sem destinos, eu tento desviar os pensamentos, mas, quando percebo estou sorrindo longamente em lembrar de como ele tentava falar comigo durante a volta de Nevada, em uma época onde Ally e Miguel nem existiam. Lembranças como essas me trazem sorrisos, fazem com que eu perceba o quanto o que um dia me fez sofrer hoje já não me traz importância.

-Mamãe?- vejo minha filha sorrir para mim e eu devolvo o meu sorriso a ela- chegamos?

-Ainda não princesa. Você queria tanto ver o céu e nem está prestando atenção- ela me abraça e Miguel solta um ronco baixo. Todos dormem e eu falo baixinho, ela acompanha o meu tom.

-O Miguel é escandaloso né?

-Sei que você o ama muito.- Ela me encara e de repente passa a mão no rosto do irmão.

-É, amo o pirralho - fala como se ela fosse a mais velha- mas, eu gosto de brigar com ele, acho que é isso você e o papai, vocês se amam, mas, gostam de brigar porque é gostoso, dá mais animação não é? - fico sem ter o que falar para uma menininha como essa, Ally tem tantas características minhas que me faz a ver como uma miniatura minha.

-Pode ser isso! O papai sempre gostou de me deixar nervosa. Acredita que uma vez ele ligou para a mamãe fazer comida para ele quando nem sequer pensava em estar com ele?

-Uau! - ela sorri - e você foi mamãe?

-Sim, e nem sequer sabia cozinhar, quando fui fritar o bife quase coloquei fogo no apartamento dele - ela ri alto e eu faço sinal para ela falar baixinho, mas na verdade estou rindo em lembrar, eu com a faca ameaçando Carter a comer aquilo.

-O papai fez mais o que?- Miguel abre os olhos sonolento e me faz entender que elee estava acordado o tempo todo.

-Ei meu amor!- passo a mão na sua cabecinha e ele se aconchega em meu ombro, estou no meio dos dois, consigo ter uma visão da janela por conta da minha filha ser baixinha e estar deitada também em meu ombro.- Teve uma vez que a mamãe queria conquistar um rapaz, antes do papai, e então - agora sou eu que começo a rir alto. - a mamãe - controlo a risada- fez um pato.

-Pato? Tadinho - Ally fica abismada.

-Sim, com laranja...

----Cap 3 Puro Desastre---- (Querido Chefe)

– Retire os miúdos—Ah é fácil, bom... Moleza, vamos lá... hum, ah que nojo, ah que ânsia, aghr, vou vomitar!... Jogando no lixo, ui.. Aghr— e lave bem o pato em água corrente.—Certo, vamos tomar banho patinho, nossa que legal, enche... Eu estou rindo e falando sozinha ao ver um pato encher de água na pia.

Olho para a TV e sigo-o....- Corte o pato em pedaços—Nossa que coisa dura...Por mais que bate a faca não corta, ah agora é pessoal...- posso parecer uma assassina, mas, estou esfaqueando um pato em cima da pia como se a minha raiva por Carter estivesse se decepando nesse momento e o pato estava literalmente pagando o pato!— Começo a triturar o pato com a faca feito uma assassina, ao terminar estou descabelada e ofegante, limpo a testa—Eu disse que conseguiria!— e retire toda a pele.—Ah meu Deus que coisa gosmenta essa pele, ah Will, sua comida favorita não poderia ser ovo cozido? Porque frito eu me queimaria!

– Em uma tigela junte o sal, a pimenta, o suco de limão, a mostarda e o alho. Misture bem formando uma pasta.—Até que fim algo fácil, faço o que ele manda... Acho que mais limão... Hum mais mostarda... Se aumentar a pimenta... Ah sim agora sim... Aghr, coloquei muita pimenta—corro para a geladeira e bebo água sem parar—Acho que depois que colocar a laranja melhora!

– Tempere os pedaços de pato com esta pasta, esfregando bem. —Isso, ah que legal... A melhor parte, olha eu fazendo massagem em um pato—Deixe descansar na geladeira por cerca de uma hora ou mais.—Ah isso é demais, até um pato esquartejado pode descansar! É porque ele não tem um chefe chamado Carter!—Espero sentada no sofá olhando para o cozinheiro pausado, logo dá uma longa hora e solto o play. Cinco da tarde já... Duas horas para o cara mais lindo aparecer.

– Em uma panela coloque o óleo e aqueça.—Ah sim, isso não é difícil... Bom acho que uma xícara de chá bem cheia de óleo... Ah mais um pouquinho— Acrescente os pedaços de pato e deixe dourar bem— isso patinho, nada agora— Frite aos poucos para não juntar água e vá retirando os que já estiverem dourados.—Nossa Buddy, é normal ficarem pretos e encharcados?

– Quando todos os pedaços estiverem fritos, retorne todos para a panela e acrescente o vinho branco. Deixe o álcool evaporar.—Ok, agora vou embebedar você—coloquei o vinho e fiz o que mandou

– Acrescente a água quente. Tampe a panela e deixe cozinhar, fogo baixo, por cerca de 30 minutos ou até que a carne esteja bem macia e cozida.—Feito!

– Acrescente o suco de laranja e deixe cozinhar por mais alguns minutos.—Aqui o suco de caixinha, ah como essas pessoas facilitam nossa vida!

– Corrija o sal do molho, se necessário.—É borracha agora?

– Sirva com arroz branco e farofa ou batata assada.—Ah que bom arroz eu comprei pronto, farofa também, vou colocar as batatas para assar e pronto.

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-Mamãe, acho que chegamos- Ally comenta e eu encaro a aterrisagem saindo dos devaneios engraados do preparo daquele papo.

-Chegamos!- comento.

-Depois quero saber mais coisas!- Miguel comenta.

-A mamãe promete contar tudo.

-Assim que chegarmos podemos ligar para o papai? - Ally pergunta apreensiva e eu passo a mão em seu rostinho.

-Claro meu amor! Assim que chegarmos vamos ligar para o seu pai!