Capítulo 7 - Parte 4

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Sophia penteava os cabelos vagarosamente enquanto cantarolava uma canção de ninar, algo que sobre alguém representar seu raio de sol. Não lembrava a letra inteira, mas sua mãe sempre cantava quando era pequena e sentia algum medo: "Você é meu raio de sol, meu único raio de sol."

Batidas soaram na porta, e Sophia estremeceu. Já estava muito tarde da noite, então sabia quem era o único que poderia aparecer, especialmente por saber que seu pai tinha saído para beber naquela noite. Pensou em ignorar e permanecer no mesmo lugar, mas ele sempre ficava irritado quando ela não atendia e até descontava em sua mãe.

Caminhou até a porta e a abriu, Christian estava do outro lado. Ele entrou no quarto, fechou a porta e beijou seus lábios. Sophia ficou tão surpresa que não conseguiu reagir de imediato. Ela se afastou.

— O que... Como entrou aqui? Como sabia o que era o meu quarto? E... — O quarto dela. Christian estava no quarto dela. Sophia arregalou os olhos. — Christian, você precisa ir... — Ele beijou seus lábios. — ... embora — completou, mas acabou beijando lábios de seu namorado de novo, afastando-se em seguida. — Meu pai vai nos matar.

— Ele não vai saber — Christian a levantou até a cama e ambos se sentaram, voltando para os beijos em seguida, mas Sophia ainda estava muito nervosa:

— Como foi que você encontrou na minha casa e veio até o meu quarto?

— Sua mãe — ele respondeu, e Sophia ficou chocada por descobrir que sua mãe fazia parte disso. — Tem uma coisa que gostaria de pedir para você.

— Não podia esperar até amanhã? — ela perguntou e olhou no relógio. — Por Deus, já passou da meia noite!

— Tentei esperar, mas não consegui. Eu precisava vir aqui — ele respondeu e a beijou de novo.

— Tudo bem, o que é? — Sophia segurou o rosto de Christian para que ele se controlasse e começasse a falar.

— Estamos juntos há o quê? 4 meses?

Ela revirou os olhos e segurou o sorriso:

— Dia 22 faz um ano.

— Tudo isso? — ele perguntou, tentando parecer surpreso, e Sophia riu. — Pois então, acho que está na hora de darmos o próximo passo.

— O quê? — perguntou, surpresa, já entendendo o que ele queria dizer. Logo percebeu que cada parte de seu corpo queria isso, mas era muito racional e precisava avaliar todas as possibilidades: — Não é muito cedo?

— Não, estamos juntos há quase um ano!

— Não eram... quatro meses? — ela provocou.

— Engraçadinha! — Christian disse, sério. — Se duvidar é mais pelo tempo em que você ficou me enrolando.

— Ei! — Sophia protestou, e Christian riu.

— Eu quero que você seja minha esposa. Quero mesmo. — Christian saiu da cama de Sophia, ficou de joelhos no chão e tirou o anel do bolso. — Case comigo, por favor, seja minha mulher. Eu devia ter feito algo mais bonito, mais planejado, mas eu só senti hoje que era hora. Eu só percebi que estou pronto pra me prender a você por toda a vida.

Sophia pensou por cerca de dois segundos, mas nem isso seria necessário porque sabia bem o que queria e desejava:

— Sim, eu me caso com você — ela respondeu, inclinou-se e o beijou.

Christian não correspondeu ao beijo por muito tempo, afastou-se e segurou a mão dela para poder colocar o anel em seu dedo.

— Espera, agora não. Precisamos falar com meus pais antes e com os seus. — Ele pareceu um pouco triste, mas não questionou. — Agora você precisa ir, faremos isso amanhã, tudo bem?

2 - Sobre Meninas e DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora