2 - Sobre Meninas e Desejos

Capítulo 8 - Parte 3

Olá, pessoal. Antes de tudo: Isso aqui não é um capítulo extra. É um adiantamento. O motivo é que vou acampar quarta de manhã e só volto segunda, por isso não vai ter capítulo sexta. Provavelmente, eu vou postar outro segundo por dois motivos: O aniversário de uma leitora e porque segunda é o dia da votação do Wattys e eu vou entrar aqui pra lembrar vocês. 

Enfim, boa leitura.

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                Catarina continua caminhando pelo salão da festa, passando por entre as pessoas e procurando por Heitor. Procurou em todos os lugares, ele não estava ali. Resolveu vencer seu orgulho e ir perguntar para a sua tia. Ela conversava com os noivos, donos da festa.

– Tia? – Catarina chama, e Hortência se afasta dos noivos.

– O que foi? – Pergunta, rudemente.

– Eu não pedi pra senhora convidar o Heitor? – Ela pergunta, também de forma rude.

– Catarina, eu sempre convido o representante para todas as festas. Na verdade, todo mundo sempre convida ele. Imagine ter na sua festa o re...

– E onde ele está? – Pergunta a interrompe, não estava afim de ouvir aquela chatice.

– Até agora não chegou. – Diz Hortência.

– Por quê?

– E como é que eu vou saber?

– Mas ele disse que vinha?

– Ele falou que não sabia se iria aparecer.

– E a senhora... – Catarina aperta os lábios. – falou que eu vinha?

– Eu não sei, foi Carlinhos quem levou o convite. – Diz Hortência. – Eu preciso conversar com algumas pessoas. – Ela começa a se afastar.

– Tia? – Catarina chama.

– Sim? – Ela pergunta, começando a ficar irritada.

– Se ele aparecer, podia pedir pra ele me procurar? Eu vou dar uma volta no jardim. – Catarina diz.

– Algum problema?

– Eu só não estou gostando muito dessa festa.

– Posso pedir pro Isaque te levar.

– Eu também não quero ficar em casa. – Catarina mente.

Na verdade, só queria esperar um pouco mais para ver se Heitor aparecia. Ela só tinha ido para aquela festa de noivado porque pediu para sua tia convida-lo, queria e precisava vê-lo. Odiava admitir, mas sentia muito a falta dele.

Caminhou pelo jardim e só conseguiu lembrar do último que eles foram juntos, na festa de aniversário de Hortência. O de agora era diferente, não era tão iluminado, não tinha o gazebo e não tinha músicos, mas Catarina viu dois balanços no final dele. Heitor iria gostar dali. Do jeito que ele era bobo, iria ver o balanço e, provavelmente, pediria para ela deixar ele balançá-la. Catarina negaria no começo, mas depois ele acharia uma forma de convencê-la. Não seria difícil. Ele só teria que fazer uma carinha de triste ou desapontado que ela cederia.

Heitor, provavelmente, ainda não tinha percebido isso porque ela disfarçava bem, mas ela odiava ver quando ele ficava triste. Dizia a si mesma que o principal motivo era por ele ser seu amigo, mas era mais que isso. Toda vez que o via triste, tudo que ela pensava era que o sorriso dele era bonito demais pra ficar escondido, que aquele jeito brincalhão não merecia ser ofuscado por aquela carcaça de tristeza.