Segredos Mortais [COMPLETO]

Plano A

Vou me vingar hoje mesmo, sem perder tempo, vou bolar um plano para desmascarar sua identidade e farei ele sofrer.

Me arrumo rapidamente e saio discreto de casa, estou 30 minutos adiantado da aula, ótimo, posso pedir ajuda para alguém, vou para a casa da minha amiga, aquela que me ajudou desde o começo, a Laura, vou falar com ela. Bato em sua porta, e ela atende pronta para sair e eu digo:

- Bem na hora - sorrio

- Aidan, que bom te ver, faz um tempo que não nos vemos pessoalmente - ela também sorri só que de um jeito mais bonito e sincero

- Então, eu preciso de sua ajuda! - me posiciono sério

- Que tipo de ajuda? Desde que seja ao meu alcance.

- Sabe o cara de preto? - eu contava as histórias pra ela antes sobre a pessoa que matou meus pais. Ela balançou a cabeça como um sim - Eu sei quem ele é! - Ela se assusta

- Aidan, como? - ela me empurra para dentro de sua casa e eu consigo explicar quase tudo a tempo para não chegar atrasado na aula.

- O que você me diz? - sorrio maleficamente - você vai me ajudar ou não?

- você sabe que ele é perigoso - eu olho para o relógio enquanto ela fala - eu preciso pensar um pouco, vai pra escola, eu sei que você tá apressado, depois te ligo! - me despeço

Chego na escola e tento pensar em qualquer plano, preciso ser discreto e agir naturalmente. Entro na sala de aula quando o professor inicia sua chamada, me sento na minha cadeira como sempre e digo oi calmamente para Pablo.

- Olá - ele me olha estranhamente, acho que ele percebeu que eu estava ansioso - você está bem?

- Como não estaria! - agi naturalmente

- você já lembrou de algo? - seu rosto está instável e eu nego, mentindo para ele, sei que Laura sempre foi de confiança, por isso vou confiar somente nela sobre isso.

*****

Mais tarde meu celular vibra em meu bolso, vejo que é Laura, me levanto, peço licença para o professor e vou no banheiro.

- Laura, pensou em algo?

- Pensei... - ficamos minutos em silêncio

- Então fala! - exagero na altura da voz

- Isso é arriscado Aidan, não quero que você se machuque, eu me importo com você, sempre me importei!

- Eu sei, eu preciso fazer isso, minha vida seria inútil se eu não me vingar de quem matou meus pais - suspiro

- Ok, faz assim, pede pra dormir na casa dele hoje, e antes de ir para lá, compra um capota elefante! - eu a interrompo rindo

- Capota elefante? - fico rindo em meio a uma conversa séria

- Isso, o farmacêutico vai saber.

- Eu não vou falar isso pro farmacêutico! - fico rindo

- Então planeje a sua ideia, idiota! - se enfurece

- Não, não espera, eu falo!

- Então me escuta - continua - Depois disso você tenta colocar esse remédio dentro da água que ele tomar, sem ele perceber, até fazer efeito e ele dormir completamente por seis horas sem acordar e...

- E?

- Eu não pensei mais nada depois disso ok? Talvez prende-lo e faze-lo confessar.

- Eu posso levar ele para a floresta longe daqui ou prende-lo em um porta mala, mas eu preciso de um carro.

- Nem pensar, o carro dos meus pais não - nega

- É só pra levar ele, prometo que não vai demorar - ela demora responder mas confirma com um "ok" - Te ligo quando eu estiver pronto com minha mala humana - rio maléfico

- Para, isso não é legal tá, estou fazendo isso porque eu via que você sofria muito - a gente finaliza a chamada e desliga, eu saio do banheiro e volto a sala.

A hora de ir embora da escola e eu chamo Pablo para o canto e pergunto:

- Pablo, eu posso dormir na sua casa hoje? - fico assustado no que ele irá responder

- Pode, mas por que?

- Eu queria... queria que você me contasse mais sobre o que eu ainda não lembro

- ok