Segredos Mortais [COMPLETO]

O que eu fiz😱

Eu planejo tudo em minha mente, eu poderia cortar sua garganta, mas não teria a vingança merecida, terá que ser algo melhor, espera aí, o que eu estou pensando? Só de saber que eu fui amigo de um homicida ou querer matar a pessoa que foi meu melhor amigo por anos, as duas opções.

Eu havia comprado o remédio de saquinho com um nome estranho mais cedo, era um sonífero de composição mais forte que os demais soníferos. Chego de frente a porta da casa de Pablo, e ele me atende, sorrio e entro com minhas coisas.

- Cadê seus pais? - pergunto

- Moro sozinho - ele nunca me contou sobre isso, deve ser por isso que ele nunca me chamou para sua casa, falso.

Conversamos um pouco sobre o que eu finjo que não sabia mas para enrola-lo pelo tempo, o clima realmente está ficando tenso entre nós, tento não entrar na parte da minha história quando ele mata meus pais. Me levanto e vou até a cozinha, pego dois copos e coloco água do filtro de barro velho, tiro o remédio de meu bolso e jogo o pó do saquinho somente no copo esquerdo, vou para a sala onde estávamos.

- Trouxe água cara - eu ofereço o copo com o sonífero enquanto tomo água do outro

- Não, valeu, nem tô com sede - oh droga, achei que iria ser fácil, o que eu faço agora?

Volto com os dois copos para a cozinha e jogo na pia com uma pequena raiva. Olho para o filtro de barro e vejo que tenho bastante remédio no bolso, tiro a tampa de cima do filtro e jogo tudo. Fico de olho toda fez que ele vai para a cozinha, ele logo pega um copo novo e toma aquela deliciosa água do filtro, ISSO! Agora é só esperar ele dormir, estamos vendo tv e não demora muito pra ele dormir, logo vou para a área de trás ligar para a Laura, ela pede para conferir se ele estava realmente dormindo completamente, eu vou conferir e...

- Sim Laura ele está dormindo mesmo

- Ok, chego aí em alguns minutos

- Trás uma pá! - ela diz "ok" sem entender e eu desligo o telefone

Quando Laura chega depois de horas, levamos aquele corpo pesado para o porta mala. Laura está tremendo igual uma louca, ela sempre fica olhando para os lados pra ver se não vinha ninguém na rua.

- Calma Laura, tudo vai ser como planejado!

Laura dirige e fomos bem longe da cidade, e abrimos o porta mala e ele ainda está lá juntamente com a pá que pedi antes.

- Esse remédio faz efeito até que horas mesmo? - pergunto confuso

- Seis horas

- Pois é, já se passaram quase 3 horas - ela se assusta

- Então vamos logo com isso, eu já disse que não é uma ideia boa né?...

Pego a pá, fechamos o porta mala e Laura liga a lanterna de seu celular, caminhamos para bem longe da estrada.

- É aqui - sinto uma terra boa e começo a cavar.

Minutos se passam e eu já estou suando com a roupa cheia de terra, fiz um buraco gigante.

- Vamos logo, já tá bom - diz inquieta

- Ok

Fomos até o carro, pegamos o corpo de Pablo e tiramos de dentro do carro, está escuro, dá pra enxergar pouco, mesmo com a lanterna do celular.

- Aidan, acho que eu vou ficar no carro mesmo

- Mas e o corpo?

- Desculpe, eu estou com muito medo

- vai desistir agora? logo quando eu tenho que levar esse corpo, tudo bem, só te pedi para me trazer aqui - eu entendo seu medo - então me espera!

Abro a porta do carro e coloco minha jaqueta dentro e vou para o corpo no chão, o pego pelas costas que me pareceu um pouco mais pesado, deve ser porque estou levando sozinho, caminho até encontrar o buraco, demoro um pouco até achar o caminho, pois é longe mesmo, o coloco no chão e o empurro para o buraco, começo a tampar com o monte de terra que fiz, terminando, vou direto para o carro.

Quando abro a porta, lá está Pablo ligando o carro e partindo, me assusto e caio pra trás, não consigo alcançar mas eu vi o rosto dele, aquele maldito, se vai com o carro. mas espera, então quem eu enterrei? não pode ser, começo a chorar e correr muito rápido pelo caminho do buraco com a pá na mão, é difícil encontrar pois eu já tampei tudo, socorro, começo a me desesperar, ela deve estar sem respirar, porque eu a coloquei nesse buraco, que droga. Encontro o lugar baseando em uma árvore grande que havia visto antes, começo a desenterrar com toda força e sendo o mais rápido possível, eu estou cansado mas mesmo assim continuo, até perceber que estou tocando em algo, tento pegar e puxar, consigo pegar o braço, e puxa-la totalmente. Não sinto sua respiração, olho para cima e grito com força.

- Meu Deus me ajuda!