Qual será o meu destino?

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- Claro que pode - falou sorrindo - eu ainda te avisei que seria melhor você dormir lá em casa, Laura disse

- Eu sei - ela se afastou para eu entrar no táxi também

Ficamos aquele tempo conversando um pouco mais, até que chegou na casa dela, na realidade era uma mansão, não essas mansões normais, uma bem assustadora e com cores neutras e meio que sem vida.

- Sua mansão é bem legal - elogiei olhando para ela

- Não é mansão, até que é grande - afirmou pegando suas coisas - mas não é mansão

- É o que então? - questionei

- Tá mais para uma casa moderna - respondeu pensativa - já vou falando que meu pai tem uma cara feia pra tudo

- Hum tá bom! - concordei com um pouco de medo

Admito que eu estava preocupado com minha moradia temporária.
Entramos na "casa moderna", passando pela sala e vendo os pais dela na cozinha conversando. Nos aproximamos.

- Pai, mãe - Laura chamou a atenção deles - este é o Aidan, e eu posso explicar.

- Você já trouxe namorado pra dentro de casa? - o pai de Laura perguntou irritado - O que eu te falei sobre namorar só depois da faculdade? Você tem merda na cabeça!

- Calma amor, ele parece ser legal - a mãe dela tentando acalmar ele

- Pai, você é sempre assim! - Laura tirou satisfação - eu nem comecei a falar, não é nada disso que você pensa, eu conheci ele no ônibus e os pais deles faleceram a pouco tempo e ele está procurando a casa dos avós que moram nessa cidade também, ele estava sozinho o que eu poderia fazer?

Nesse instante, ficaram todos quietos por vários segundos porque de certa forma ela citou sobre a morte de meus pais e eles deviam estar processando ainda essa informação, isso é normal, até porque eu fiquei assim por 1 dia.

- Tá, mas porque você trouxe ele aqui? - o pai dela perguntou com a cara bem arrogante

- Já está de noite e ele não pode sair no meio da rua agora procurando a casa dos seus avós!

- Mas ele não sabe onde os avós dele moram? - a mãe dela perguntou preocupada

- Não mãe, esse é o problema, ele não se lembra de muita coisa

Isso foi quase uma discussão entre família e eu não queria entrar na conversa, ainda sim fiquei no meu canto sem falar nada. Logo depois, o pai dela saiu de lá sem falar nenhuma palavra e foi direto para a sala, já vi que ele era ignorante e arrogante.

- Vou arrumar a cama dele - a mãe da Laura falou - e amanhã de manhã daremos um jeito de ajudarmos você a encontrar a casa dos seus avós, ok?

- Está bem - falei com a voz baixa

O estranho era que eles não tinham tocado no assunto dos meus falecidos pais. Depois de eu ter jantado com eles, ainda sim o pai da Laura estava de cara feia, realmente ele era bem estressado. Fui dormir no quarto de hóspede, do lado do quarto da Laura, e era muito grande, cabia umas 3 camas de casal.

De manhã, acordei com a Laura entrando no meu quarto, trazendo um café da manhã com a aparência incrível.

- Acorda dorminhoco, toma seu café da manhã - Laura já tinha visto que eu abri os olhos mas continuou insistindo em me acordar - minha mãe mandou avisar que você pode tomar banho no banheiro de hóspede se quiser!

- valeu, eu estou bem assim, mas estou morrendo de fome

Ela me deu o café da manhã nas minhas mãos e me fez comer em cima da cama sem nenhum problema. Estávamos todos prontos para sair daquela casa, eu, a Laura e a mãe dela, o pai dela tinha que trabalhar, e então procuramos por horas, eu reconhecia alguns lugares mas não ajudava muito apesar da cidade ser pequena. Depois de dar meio dia, eu avistei a casa dos meus avós de longe e era mesmo a casa deles, como não reconheceria? Quando chegamos, subimos os pequenos degraus da varanda da casa e eu bati na porta, e tinha alguém lá dentro, a pessoa abriu e surpreendentemente não era ninguém que eu conhecesse.

- A dona Giovanna mora aí? - perguntei um pouco triste em ver outra pessoa atendendo a porta

- Eu sei de quem você está falando - o moço que abriu a porta falou lembrando de algo - essa pessoa que você fala se mudou a pouco tempo, agora ela não mora mais aqui

- Você sabe onde ela mora? - tentei buscar informações

- Não, ela não falou nada - olhou pra mim com a cara de que eu não tinha mais esperança - Desculpe garoto não sei!

Eu fiquei pasmo desde então, não sabia o que fazer a partir de ali.

- Já estamos indo, obrigado - a mãe da Laura falou

Alguém teria que falar alguma coisa naquela hora, nos despedindo, fomos de volta para o carro e no caminho eu conversei bastante com elas, e chegamos a conclusão de que eu ficaria alguns dias na casa delas até eu achar um lugar pra mim com outra pessoa da minha família.

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