Acordo e logo abro os olhos. Eu estava no sofá. Sans e Papyrus me abanavam.
Frisk (eu): O que aconteceu?
Me ajusto e sento.
Sans: Você saiu escondida no meio da noite. Quando voltou se assustou.
Frisk (eu): Claro, ta escurão e de repente você sente alguém tocar nas suas costas... Quem não tem medo, né.
Sans: Ué, eu não toquei nas suas costas.
Eu arregalo os olhos pulo no colo de Sans.
Sans: Calma, heheheheh, foi eu sim, bobona.
Frisk (eu): Idiota. - volto no sofá. - meu coração até disparou.
Sans: Deixa eu sentir?
Mostro a língua.
Papyrus: HUMANA! O que você foi fazer lá fora essas horas da noite?
Frisk (eu): É...... Ahn...... E-eu...... Fui verificar se estava frio!
Papyrus: Mas aqui neva sempre!!!!!
Frisk (eu): Às vezes a neve cai mais quentinha, Papyrus!
Sans: Pivete, vamos dormir?
Sans pega em minha mão e me puxa até o quarto. Falamos "boa noite" para Papyrus em coral.
Papyrus: TA NÉ!!! BOA NOITE!!!
Sans fecha a porta do quarto. Eu me sentei na cama de cabeça baixa. Ele com certeza sabia que eu não havia feito lá fora o que havia dito.
Sans se senta do meu lado.
Sans: Frisk, me diz a verdade: com quem você foi se encontrar?
Frisk (eu): Com Error. - digo ainda de cabeça baixa.
Sans: O que ele queria? Eu não disse que era pra ficar longe dele?
Frisk (eu): Sans, aquela hora eu certamente vi uma humana. Não qualquer uma, mas Chara. Ela quer destruir toda a humanidade, Sans. Ela vai usar meu corpo pra fazer isso!
Eu estava segurando o choro.
Sans me inclina até seu corpo e me abraça. Eu estava encostada em seu peito.
Sans: Kiddo, eu vou cuidar de você. Nada de ruim vai acontecer, eu não vou deixar.
Frisk (eu): Eu to com medo, Sansy.
Sans: Confia. Em. Mim.
Eu olho para os olhos de Sans, claramente havia lágrimas em seu olhos, assim como no meu.
Ele se aproxima de meu rosto e me beija. Sans foi aprofundando o beijo com sua língua. Foi um beijo diferente dos demais, foi ainda mais especial. Seus lábios, o carinho que ele fazia em mim com suas mãos...
Depois do beijo nós nos olhamos nos olhos. Ambos estavam brilhando e sorridentes.
Sans: F-Frisk, eu t-t-te
Frisk (eu): Eu também te amo, Sans.
Nós rimos da situação.
Sans: Vamos dormir.
Logo que deito, vou parar em um corredor grande, roxo. Quando que eu acordei? Pff, não importa.
Caminho até a porta, estava trancada. Estranho! Volto para o início do corredor, as luzes se apagam. Só consegui ver dois olhos vermelhos e grandes, logo na minha frente. Paraliso.
????: Saudações, Frisk. Finalmente nos encontramos.
Frisk (eu):...
????: Você já deve me conhecer. Aquele projeto de esqueleto maldito falou de mim pra você.
Frisk (eu): N-n-não fala assim do Error!
????: Uau, você sabe falar. Eu quero ser direta com você: preciso do seu corpo.
Frisk (eu): P-pra que?
????: Eu vou matar todo mundo desse subsolo, um por um. E depois, os humanos.
Frisk (eu): Por que, Chara? O que fizeram pra você?
Chara: Não interessa. Vai deixar eu usar seu corpo ou não?
Frisk (eu): Não interessa. - cruzo os braços.
Chara: Você não está no controle das coisas aqui, Frisk. Mas já vi que vou ter que explicar o porquê de meu ódio por tudo e por todos, mas não agora.
Acordo de repente. Já estava de madrugada.
Me levanto rapidamente da cama, minha respiração estava ofegante.
Frisk (eu): (suspiro) Ufa, foi só um sonho.
*T a l v e z n ã o.
Grito. Acabo tropeçando.
O que estava acontecendo comigo? Por que justamente comigo?
Dobro minhas pernas e as abraço enquanto chorava.
Sans acorda.
Sans: K-kiddo? O que aconteceu? - ele diz vindo até mim no chão. - você tá bem?
Frisk (eu): Saaaaaans!!! - começo a chorar intensamente. - ela vai pegar meu corpo de mim!
Sans: NÃO FRISK! ELA NÃO VAI!
Ficamos sentados no chão, enquando eu chorava no colo de Sans. Ele repetia sucessivamente "eu to contigo nessa, pequena", "você vai ficar bem", "nada de mau vai acontecer com você".
