Segundo o dicionário informal, "Criogenia é um ramo da Física – Química, que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas(abaixo de -160º C), e o comportamento dos materiais nestas temperaturas. Está ligada à Criobiologia, que é o estudo de baixas temperaturas em organismos vivos. Além das escalas de temperaturas comuns, como Celsius, Fahrenheit e Kelvin, os criogenistas usam outras escalas de temperaturas, como a Rankine. O Nitrogênio é o elemento mais usado na criogenia."
Existem pelos menos duas empresas nos Estados Unidos, a comercializarem os seus serviços de congelamento depois da morte. Algumas pessoas acreditam que daqui a algumas centenas de anos as pessoas congeladas poderão ser reanimadas.
Segundo algumas informações, o valor do congelamento do corpo inteiro custa em torno de 100 mil euros, e se for somente da cabeça em torno de 28 mil euros.
O grande problema da criogenia humana, na atualidade, é que não se sabe como descongelar esses corpos e muito menos como trazer novamente à vida essas pessoas.
A ideia de se ter o corpo congelado, após a morte, com a finalidade de se esperar pelas curas das doenças, não é novidade e muitos são aqueles que desejam aderir a essa tecnologia em busca de "vida eterna". Se analisarmos com "frieza", já que estamos tratando de criogenia, tudo isso não passa de mais uma tentativa de algumas pessoas em quererem perpetuar a sua existência no corpo físico.
Desde longas datas que o homem busca uma maneira de burlar a morte ou, no mínimo, aumentar a sua longevidade. Isso ocorre em virtude de um total desconhecimento de sua vida futura, ou seja, da vida após a morte do corpo, no mundo espiritual, o que faz com que ele empreenda todos os meios para preservar a "única" que ele conhece. A vida presente.
De acordo com a Doutrina Espírita, a criogenia é inadmissível, por ocasionar alterações no ciclo: vida-morte, o que fere diretamente às leis de Deus.
Tudo na vida sofre mudanças, em se tratando daquilo que é feito de matéria, e com os corpos físicos não poderia ser diferente. O Espiritismo nos ensina que o homem não está resumido apenas a essa estrutura física, pois ele, como espírito imortal, é muito mais do que isso.
As encarnações servem para que o espírito, o ser que sempre sobrevive à morte do corpo; o ser imortal e cuja destinação é ser perfeito, através dos inúmeros estágios evolutivos na carne, possa evoluir. Entretanto, por não se interessar em aprender as coisas desse mundo, o mundo dos espíritos, o homem passa a sofrer pelo medo de perder a vida. Todos sabemos o quanto a ignorância escraviza.
Entretanto, se fossemos refletir acerca desse assunto, e se, por uma hipótese de trabalho, repetimos, por uma mera hipótese de trabalho, o homem conseguisse uma tecnologia que pudesse descongelar esses corpos e devolver-lhes a vida física, como ficaria o espírito durante o processo do congelamento? Essa é uma questão que surge de forma automática ao se tratar desse tema.
Pelo que sabemos acerca do assunto, o espírito não ficaria livre, lúcido, no plano espiritual, como se estivesse gozando de umas "férias" de sua encarnação, até que pudesse retornar ao seu corpo. Depois, como já sabemos, aqueles espíritos que já despertaram para as verdades da vida, sabem que nascimento e morte são complementos de etapas de aprendizagem necessárias ao progresso de todo ser. Para esses espíritos, morrer é tão natural quanto nascer, e todos eles se submeteriam a esse desígnio do Pai Celestial sem nenhum tipo de temor. O que nos leva a concluir que somente aqueles que ainda se encontram presos às paixões matérias é que buscariam esse recurso do congelamento. Sendo assim, pelo grau de inferioridade que ainda se veem aprisionados, esses espíritos passariam então, no caso do congelamento, a ficarem como que, "adormecidos", num processo similar ao da 'hibernação", jungidos aos seus corpos, até que pudesse ser despertados. Seria uma espécie de aprisionamento do espírito no seu próprio corpo adormecido e congelado.
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Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IV
Non-FictionTodos os dias, nas Casas Espíritas, aporta uma quantidade regular de irmãos, interessados no conhecimento do Espiritismo. Curiosos uns, desesperados outros, enfermos aqueloutros, porém, todos eles, de uma forma geral, são carentes e necessitados da...