A ciência tem sido, inegavelmente, uma grande "alavanca" para o progresso da humanidade, proporcionando, através de suas descobertas, uma melhor qualidade de vida para o ser humano, em todos os campos, mas, principalmente, no campo da medicina.
Quantas enfermidades, antes devastadoras, já não se encontram completamente erradicadas da face da Terra, graças às pesquisas científicas? E quantas técnicas cirúrgicas, que têm salvado milhares de vidas,e que jamais foram imaginadas na antiguidade, hoje se tornaram tão comuns?
Entretanto, o avanço científico continua sempre em sua marcha rítmica, mas sempre no campo material, e hoje, podemos observar a necessidade do homem em entender a própria criação da vida, muitas vezes até se empenhando em poder realizá-la, no intuito de demonstrar que esta vida, não passa de elaborações no campo da física; da química e da biologia, e que, caso ele possa dominar essa "técnica", poderá também criá-la a seu bel prazer.
De outra maneira, o homem ao buscar o segredo da criação da vida, busca, de certa forma, equiparar-se ao próprio Criador. Porém, esquece esse dito: homem de ciência, que a criação da vida jamais estará restrita aos campos relacionados à matéria. E por não poder compreender, ainda, o mundo espiritual, origem de todas as coisas existentes no campo da matéria, é que ele tenta, inutilmente, a buscar essas respostas, que não podem ser encontradas, já que, para encontrar o caminho que leva a esse conhecimento, o homem possui apenas, como guia, uma pequena parte do mapa. Exatamente a parte que só revela o lado material. E com o mapa incompleto ele jamais conseguirá o seu intento, até porque, é necessário que o homem compreenda, que existem coisas que estão completamente vetadas para ele, em virtude de sua condição limitada de criatura. Somente o Criador será capaz de realizar determinadas coisas, cabendo a Ele determinar até onde pode o homem penetrar no campo do conhecimento.
Na Introdução de O Livro dos Espíritos, no item VII, Allan Kardec faz a seguinte pronúncia sobre a Ciência:
"As ciências positivas repousam sobre as propriedades da matéria, as quais podem ser experimentadas e manipuladas à vontade(...)
Como vimos, Kardec define, de forma bastante clara, quais são os limites de abrangência do conhecimento científico, já que, até o dia de hoje, ela se restringe por completo ao campo da matéria, tornando-a assim, sem competência para se manifestar nas questões do mundo espiritual.
Mas, Kardec não estava sozinho com esse pensamento. O físico Albert Einstein, também se referindo ao papel da ciência, fez a seguinte colocação:
"(...) o método científico não pode nos ensinar nada mais além de como os fatos se relacionam e são condicionados entre si. (...) O conhecimento objetivo nos oferece poderosos instrumentos para o alcance de certos fins, mas a própria meta máxima e o desejo de alcançá-la devem vir de outra fonte. Aqui nos deparamos, portanto com os limites da concepção puramente racional da nossa existência (...)".
Com relação ao que Kardec expôs, não deve aqui o leitor entender que ele fosse contra a ciência, ou que estivesse menosprezando-a, quando a enquadrou, de forma exclusiva, no campo da matéria. Ele sabiamente considerou que, de acordo com o nosso estágio evolutivo, muito distante ainda de compreender a realidade do Espírito, e, limitados ainda, pelas imposições dos cinco sentidos correspondentes ao corpo denso em que nos atrelamos para as devidas reparações e aprendizagem no plano físico, só poderíamos apreender aquilo que possa "ferir" os nossos sentidos, e assim, estudá-los e interpretá-los.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IV
No FicciónTodos os dias, nas Casas Espíritas, aporta uma quantidade regular de irmãos, interessados no conhecimento do Espiritismo. Curiosos uns, desesperados outros, enfermos aqueloutros, porém, todos eles, de uma forma geral, são carentes e necessitados da...