11. CLONAGEM E CÉLULAS TRONCO

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A ciência tem sido, inegavelmente, uma grande "alavanca" para o progresso da humanidade, proporcionando, através de suas descobertas, uma melhor qualidade de vida para o ser humano, em todos os campos, mas, principalmente, no campo da medicina.

Quantas enfermidades, antes devastadoras, já não se encontram completamente erradicadas da face da Terra, graças às pesquisas científicas? E quantas técnicas cirúrgicas, que têm salvado milhares de vidas,e que jamais foram imaginadas na antiguidade, hoje se tornaram tão comuns?

Entretanto, o avanço científico continua sempre em sua marcha rítmica, mas sempre no campo material, e hoje, podemos observar a necessidade do homem em entender a própria criação da vida, muitas vezes até se empenhando em poder realizá-la, no intuito de demonstrar que esta vida, não passa de elaborações no campo da física; da química e da biologia, e que, caso ele possa dominar essa "técnica", poderá também criá-la a seu bel prazer.

De outra maneira, o homem ao buscar o segredo da criação da vida, busca, de certa forma, equiparar-se ao próprio Criador. Porém, esquece esse dito: homem de ciência, que a criação da vida jamais estará restrita aos campos relacionados à matéria. E por não poder compreender, ainda, o mundo espiritual, origem de todas as coisas existentes no campo da matéria, é que ele tenta, inutilmente, a buscar essas respostas, que não podem ser encontradas, já que, para encontrar o caminho que leva a esse conhecimento, o homem possui apenas, como guia, uma pequena parte do mapa. Exatamente a parte que só revela o lado material. E com o mapa incompleto ele jamais conseguirá o seu intento, até porque, é necessário que o homem compreenda, que existem coisas que estão completamente vetadas para ele, em virtude de sua condição limitada de criatura. Somente o Criador será capaz de realizar determinadas coisas, cabendo a Ele determinar até onde pode o homem penetrar no campo do conhecimento.

Na Introdução de O Livro dos Espíritos, no item VII, Allan Kardec faz a seguinte pronúncia sobre a Ciência:

"As ciências positivas repousam sobre as propriedades da matéria, as quais podem ser experimentadas e manipuladas à vontade(...)

Como vimos, Kardec define, de forma bastante clara, quais são os limites de abrangência do conhecimento científico, já que, até o dia de hoje, ela se restringe por completo ao campo da matéria, tornando-a assim, sem competência para se manifestar nas questões do mundo espiritual.

Mas, Kardec não estava sozinho com esse pensamento. O físico Albert Einstein, também se referindo ao papel da ciência, fez a seguinte colocação:

"(...) o método científico não pode nos ensinar nada mais além de como os fatos se relacionam e são condicionados entre si. (...) O conhecimento objetivo nos oferece poderosos instrumentos para o alcance de certos fins, mas a própria meta máxima e o desejo de alcançá-la devem vir de outra fonte. Aqui nos deparamos, portanto com os limites da concepção puramente racional da nossa existência (...)".

Com relação ao que Kardec expôs, não deve aqui o leitor entender que ele fosse contra a ciência, ou que estivesse menosprezando-a, quando a enquadrou, de forma exclusiva, no campo da matéria. Ele sabiamente considerou que, de acordo com o nosso estágio evolutivo, muito distante ainda de compreender a realidade do Espírito, e, limitados ainda, pelas imposições dos cinco sentidos correspondentes ao corpo denso em que nos atrelamos para as devidas reparações e aprendizagem no plano físico, só poderíamos apreender aquilo que possa "ferir" os nossos sentidos, e assim, estudá-los e interpretá-los.

Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IVOnde histórias criam vida. Descubra agora