16. EVANGELIZAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS

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O Espiritismo, como sendo o Consolador prometido por Jesus, veio com a finalidade de esclarecer o homem acerca de Deus; de suas leis; de nossa relação para com Ele; e, por fim, de nossa participação na criação e manutenção do universo infinito que compõe a obra do Senhor.

Alicerçado em três aspectos de suma importância para a compreensão da vida como um todo: Religião, Filosofia e Ciência, ele abrange todas as áreas do conhecimento humano.

No aspecto religioso, dando ênfase ao progresso moral do ser humano, ensinando-nos a viver de acordo com o "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", tem ele contribuído para um mundo cada vez melhor, pois que é o grande opositor do materialismo, graças aos argumentos irrefutáveis que nos apresenta, tais como: a fé em Deus, criador de tudo e de todos; a imortalidade; a comunicabilidade; a reencarnação; a lei de causa e efeito; a evolução constante; a pluralidade dos mundos etc.

Grande é o número de adeptos do Espiritismo que tiveram suas vidas completamente modificadas, para melhor, quando já haviam perdido até as esperanças e a confiança em Deus, em virtude dos conceitos até então vigentes, que, antes de acentuar a fé, só contribuem para a total descrença.

Pois bem, para nós que somos espíritas, e estamos nos esforçando para extirpar de nós o "homem velho", na luta incessante contra nossas imperfeições, que são inúmeras, é sempre prazeroso analisar o que éramos antes da doutrina e o que estamos nos tornando agora. Apesar de possuirmos muitos, mas muitos defeitos a serem trabalhados ainda, podemos perceber que já obtivemos relativo progresso, em comparação ao passado. Aí, uma questão surge de forma natural, e que todos nós, após alguns instantes de reflexão, podemos facilmente encontrar a resposta. Seria ela: "Se o Espiritismo está servindo para o nosso progresso, e se estamos nos sentindo satisfeitos com ele, porque não estimularmos os nossos filhos a seguirem o mesmo caminho também?"

Nossos filhos, no período da infância, necessitam que nós sejamos os responsáveis pelos caminhos que eles precisam seguir. Isso ocorrerá até que eles já tenham condição de decidirem sozinhos o que querem fazer de suas vidas. Então, não estaremos desrespeitando o livre arbítrio deles, em momento algum, quando impusermos a nossa autoridade de pais, para que eles passem a frequentar às aulas de moral cristã(Evangelização Infantil).

No site da Federação Espírita do Estado do Ceará, colhemos um artigo sobre a importância da Evangelização infantil, onde nele é transcrito um texto aonde o médium Divaldo Franco é interrogado sobre o assunto em questão, em artigo publicado na RIE (Revista Internacional de Espiritismo - Out/01, que comenta trecho do Livro: Diálogo. Ei-lo na íntegra:

"Temos ouvido alguns confrades afirmarem: Eu não forço os meus filhos para a evangelização espírita porque sou muito liberal. Ao que poderia acrescentar: " Porque não tenho força moral". Se o filho está doente, ele o força a tomar remédios, se o filho não quer ir à escola, ele o força. Isto porque acredita no remédio e na educação. Mas não crê na religião que abraçou, quando afirma: "Vou deixá-lo crescer e depois ele escolherá".

"Para mim" – acrescentou Divaldo – " representa o mesmo que o deixar contaminar-se pelo tétano ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio", e elucidou: "Você viu que não deve pisar em prego enferrujado. Agora irei medicá-lo". E, também, deu outro exemplo, isto é, quando frente a um tuberculoso, falar-lhe: "você deve cuidar da higiene, de sua alimentação e de sua saúde."

"Isto é, no nosso entender, quis Divaldo mostrar: Fechar a porta depois dela ser arrombada. Prosseguindo, o grande tribuno espírita quis mostrar, resumindo, que os pais dão a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio dentro de suas possibilidades, mas na hora de dar a melhor religião, eles se acomodam, amedrontam-se. Aos pais é incumbido o dever de oferecer aos filhos o que há de melhor, cabendo aos filhos, ao se tornarem adultos, fazerem, aí sim, as suas opções de ordem religiosa.

Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IVOnde histórias criam vida. Descubra agora