"Quando os homens melhor compreenderem o Espírito e as soberanas leis que regem a vida, preocupar-se-ão mais com o próximo(...)lutarão para que não haja, no organismo da sociedade(...) o fermento da miséria de toda a natureza, (que) responde pela onda criminosa que hoje se espalha dominadora." Joanna de Ângelis.
A pena de morte é um tema bastante polêmico em nossa sociedade e também no mundo. Também ela merece aqui, em nossos apontamentos, algumas considerações importantes.
Como conceito a respeito da mesma podemos citar:
Pena – do gr. poine, pelo lat. Poena, significa castigo, punição. Pena de morte significa, assim, a punição máxima imposta pelo Estado aos crimes considerados hediondos. Foi instituída com a finalidade de eliminar o delinquente da sociedade.
Ela é um costume antigo, oriunda de várias épocas e praticada por vários povos.
Podemos encontrá-la no Código de Hamurabi(1750 A.C) e também no Código Draconiano da Grécia antiga, que puniam com a morte, diversos crimes cometidos.
No antigo testamento, podemos encontrar a morte como punição para diversos tipos de crime. O próprio Jesus foi vítima da pena de morte, quando o levaram para a crucificação.
A idade média está repleta de histórias de execuções, dentre as quais podemos citar: enforcamentos; morte pelo fogo; decapitações; esquartejamentos etc. São muitas as formas como se executavam as pessoas naquela época.
Diante da atual conjuntura em que vivemos, onde a violência cada vez mais se intensifica em nosso meio - dando-nos a impressão de que nosso mundo talvez não tenha mais esperança de dias melhores, já que, todos os dias, presenciamos fatos como: roubos, assaltos, sequestros, estupros, latrocínios, enfim, várias modalidades de atos de maldade, desenvolvidos por Espíritos ainda infelizes e que transitam na inferioridade - muitos são os que, revoltados pelas ocorrências e pela incapacidade dos governantes em sanar os problemas, defendem, de forma impiedosa, a pena de morte para determinados criminosos.
Bismael B. Moraes é,advogado, Mestre em Direito Processual pela USP, professor universitário, Delegado de Classe Especial, aposentado, 15 livros publicados, ex- Presidente da Associação dos Delegados do Estado, integra a UDESP – União dos Delegados de Polícia Espíritas do Estado, é Secretário-Geral do CEI, Jaçanã / Capital-SP, e Membro da Academia Guarulhense de Letras.
E sobre esse tema, em artigo publicado no Portal do Espírito, em São Paulo, 23/04/2011, ele assim considerou:
Ah, se todos os penalistas, filósofos, criminólogos, estudiosos e pesquisadores sérios da área criminal conhecessem as bases filosófico-científicas e morais da Doutrina Espírita, e as entendessem, a fim de que, despidos de preconceitos, sobre elas refletissem, em busca da verdade. Meu Deus, quanto erro ainda se comete, por falta de conhecimento e de ponderação nesse campo, mesmo entre pessoas formadas e, às vezes, inclusive pós-graduadas!
Existem muitas teorias humanas sobre a pena, cada qual à altura do desenvolvimento espiritual e moral da sociedade a que se destina. Mas, pena é sempre um castigo por algo que se tenha praticado e que contrariou a lei. Portanto, depois do tempo da vingança privada, depois do "dente por dente e olho por olho", com o lento progresso do ser humano, chegou-se ao processo penal e à ampla defesa, com o Estado, por seu órgãos, apurando o crime, responsabilizando o criminoso e aplicando-lhe a pena correspondente. Tudo isso com base na Constituição, código máximo da sociedade civilizada, e nas leis. Mas, como os Estados modernos, em seus Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) são gerenciados por pessoas, estas, – Espíritos ainda em aprendizado , com qualidades e defeitos, boas e más, amorosas ou vingativas, há sociedades que, por ignorância (porque a moral e o intelecto nem sempre caminham juntos), praticam e defendem a aplicação da pena capital, da pena de morte.
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Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IV
Literatura FaktuTodos os dias, nas Casas Espíritas, aporta uma quantidade regular de irmãos, interessados no conhecimento do Espiritismo. Curiosos uns, desesperados outros, enfermos aqueloutros, porém, todos eles, de uma forma geral, são carentes e necessitados da...