Capítulo 16

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— Eu o conheço... é ele! – diz dando um passo para trás.

— Que? Vocês se conhecem? – digo olhando para ambos.
— É... eu... – inicia Nathan, balbuciando.
— Foi ele, Ester. – diz Sophi, apontando para o mesmo.
— Ele o que, Sophie? – indago arqueando as sobrancelhas.
— Ele que me ajudou. Você sabe, naquele dia. - diz com as mãos sobre a cabeça.
— Que? Mas como? Nathan, diga algo! – digo e o mesmo suspira.
— Sim, eu a libertei daquele lugar. – diz sem me olhar.
— E como... como você sabia que Sophie estava lá? – indago.
— Eu, eu apenas... sabia. – afirma.
— Você apenas sabia, Nathan? Qual é, não me diga que estava passando por acaso é teve a intuição de que uma garota estava sendo sequestrada. – digo cruzando os braços.
— Foi mais ou menos isso. – diz levantando uma sobrancelha.
— Ah, Nathan. Por favor, não me venha com essa, eu... – inicio mas logo sou interrompida.
— Ester, isso não importa. Eu estou aqui agora, não é? Se não fosse por ele, eu... – diz suspirando. — Obrigada, Nathan. - diz pousando seu olhar para o mesmo, lhe dando um sorriso singelo que logo é retribuído.
— Tudo bem, me desculpe Nath. - digo.
— Sem problemas. - diz amigável. – Cheguei na hora errada? - indaga.
— Não, eu só... havia me esquecido. -– digo.
— Acho que já vou. – Sophie se pronuncia.
— Por que não vem com nós? – indaga Nathan.
— Acho melhor não, afinal já prometi que almoçaria com minha mãe. - diz Sophi.
— Hum. Quem sabe outro dia, não é? – diz Nath e Sophi assente sorrindo. A mesma se despede e vai embora.
— Nath, você espera um minuto? – digo.
— Claro, sem pressa. – diz numa piscadela. Subo para o quarto de Mattew e lhe dou um banho, logo me arrumo e desço novamente.
— Vamos? – digo quando já estou descendo as escadas.
— Sim, claro. – diz. — Você está linda. – continua, com um sorriso no rosto.
— Obrigada, Nath. – digo sorrindo sutilmente.
— Oi, Nathan. É agora que vamos comer? – diz Mattew sem hesitar. Meu Deus!
— Sim, Matt. É agora! – diz gargalhando e o mesmo comemora. Então entramos no veículo e Nath da partida no carro.

[...]

Em menos de vinte minutos já havíamos chegado, Matt foi o primeiro a sair do carro - o que era de se esperar.

A casa de Nath é deslumbrante, havia tempos que não vinha aqui, mas posso perceber que pouca coisa mudou. Os largos portões prateados se abriram conforme o Audi de Nathan se aproximava, o jardim é enorme dando lugar a rosas e lírios bem cuidadas, sempre gostei dessa parte. De longe podia ver um homem uniformizado podando as plantas, devia ser o jardineiro, certamente não deixaria de parabenizá-lo por seu belo trabalho na hora que eu for embora.

Andamos rapidamente até a porta, tentando seguir os passos largos de Mattew que mesmo não sendo o dono da casa não se importou em ser o primeiro. Abrimos a porta e logo somos recebidas por Adam.
— Ester, quanto tempo! – diz vindo ao meu encontro, logo me dando um abraço. — E quem é esse pequeno? – diz sorrindo sutilmente.

— Eu sou o Matt. – diz o pequeno sorrindo.

— Ele é meu irmão. – digo olhando para o mesmo.

— Oh sim, parece muito com você. – diz com um olhar analítico, e é então que Marie aparece.
— Querida, que bom que você veio. – diz vindo ao meu encontro. — E você também, gracinha. – diz fazendo cafuné em Mattew. — O almoço já está pronto, vamos? – assinto e seguro a mão de Mattew indo em direção a sala de jantar. Meu irmão havia sentado do meu lado esquerdo, enquanto Nathan havia sentado do lado direito. Durante o almoço jogamos algumas conversas foras, e o foco das mesmas foi relativamente sobre mim, porém não me incomodei, gosto de falar - e mostrar - para as pessoas o quanto mudei e sou grata a Deus por isso.

[...]

— Oh, querida. Fique mais um pouco! – diz Marie insistente.
— Preciso ir, Marie. Mas prometo que virei aqui mais vezes. - digo sorrindo.
— Vai mesmo? – interfere Nathan.
— Sim, claro. Não é mesmo, Mattew? – digo fitando o mesmo.
— SIMMMM! – diz eufórico, e todos riem.
— Okay, se é assim. Então, vamos? - diz Nathan, e eu assinto.

Já estávamos na entrada central, saio pela porta e olho de soslaio para o jardim, e lá estava o tal jardineiro na qual eu prometi que iria parabenizar. Mattew e Nathan ainda estavam lá dentro, então resolvo andar até lá. O mesmo estava de costas para mim, de forma que não conseguia fitar seu rosto, me aproximo do homem e logo me pronuncio.
— Parabéns pelo trabalho, achei incrível a forma como cuida das flores. De verdade, aqui é minha parte favorita da casa. – digo e o mesmo se vira, de forma que eu arqueie a sobrancelha ao fitar seu rosto conhecido. — Andrew? – digo, o mesmo se mantinha com o semblante sério, o que para mim era algo natural.
— O que faz aqui, Ester? – diz ríspido, é a primeira vez que o mesmo me chama pelo nome.
— Só vim visitar um amigo! – afirmo.
— Okay, agora vá embora! Não posso ficar de conversa no horário de serviço. – diz sério.
— Então você trabalha aqui? – indago.
— Surpresa em me ver trabalhando como jardineiro?- diz soltando uma risada sarcástica.
— Sim, mas acho isso incrível. Você faz um belo trabalho aqui, Andrew. Parabéns. – digo.
— Ester! – de longe Nathan me chamava.
— Até mais, Andrew! – digo sem esperar uma resposta. Me aproximo de Nathan, até chegar a seu campo de visão.
— Onde estava? – indaga arqueando uma das sobrancelhas.
— Estava conversando com um amigo. Vamos? – digo e o mesmo assente.

[...]

A noite escura era encoberta apenas pela lua cheia, o céu estava limpo sem nenhuma estrela. Do lado de fora era possível ouvir o som das corujas sobre a grande árvore do bosque. Escuto mais uma vez o barulho costumeiro de estrondo vindo da janela, e novamente sigo em direção do som, através da cortina tudo que vejo é uma silhueta masculina correr pela rua, como se estivesse perdido na escuridão da noite.

Eu ein! 

O que acharam? Terminei sem mistérios dessa vez, haha

Meu SalvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora