Capítulo 36

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      Totalmente nervosa, fecho meus olhos temendo o que estivesse por vir. Em meios aos soluços um tiro é disparado, no momento meu corpo se estremece me levando a cair no chão, uma dor imensurável havia se instaurado por cada célula pertencente a mim.

     Lentamente abro meus olhos, com um tanto se receio fito meu corpo em busca de qualquer resquício de bala, mas não havia nada. Desesperadamente sigo com meus olhos em busca de minha mãe e vejo que a mesma também não está ferida, porém seu olhar exalava pânico ao fitar algo a sua frente, sigo a direção do mesmo e vejo que Joe, na verdade, havia atirado nos pés de George.

— O que deu em você? Ficou maluco?! Como você pode fazer isso? Guardas peguem-os! — diz, enfurecido. Por alguns segundos o silêncio se instaurara fortemente, quando o mesmo vê que ninguém o obedecia grita novamente. — Eu disse peguem-os! Vão logo, seus inúteis. — profere, ainda mais enraivado.

— Desculpe, senhor, mas recebemos ordens para não fazer isso. — profere um dos homens.

— O que?! Receberam ordem de quem? Da inútil da Elise? Eu mando aqui, estão entendendo? —  diz, tentando se levantar do largo chão, um ato falho.

— Não, pai, receberam ordem de mim. — profere um homem alto e bonito, que presumo ser Liam.

— Liam? O que... você está fazendo?! — diz, reluzindo surpresa em seu olhar.

— Pai, já está na hora de alguém impedir você de tamanhas maldades. E creio que esse alguém sou eu. — exclama, se aproximando ainda mais do centro da sala.

— O que deu em você, Liam? Se enfeitiçou por essa mulher! — grita, tentando soar autoritário.

— Não, pai. Você é que está tomado pelo ódio, não consegue ver mais nada além de conseguir cada vez mais poder. — diz, fitando-o atentamente.

— Céus! Sabia que não deveria ter deixado a corporação em suas mãos, você é mesmo um marica! — grita. Em poucos segundos homens vestidos de branco entram na sala, logo seguindo em direção de George. — O que significa isso?! — profere o homem, quando se vê nas mãos daquelas pessoas.

— Você precisa de tratamento, Pai. Eu só quero o melhor para você. — profere Liam, com um olhar brando.

— Poupe-me, Liam. Você poderia ter me matado, sabia? — diz voltando seu olhar para trás, quando já está próximo à porta.

— Te matado? Com um tiro no pé? — diz, quando George já descia as escadas.

— Querida, você está bem? — diz mamãe, com um olhar preocupado.

— Está tudo bem, mãe. Deus estava conosco, ainda está. — digo sorrindo, e a mesma assente.

— Liam! Sempre soube que você não era como ele. — diz minha mãe, se aproximando de Liam, até que o mesmo a abraça.

— Já estava na hora de fazer algo. Agora tudo isso acabou, Elise. Podemos usar a corporação para produzir algo bom para a humanidade. — diz.

— É tudo o que sempre quis. — diz, desprendendo-se. — Mas agora, Liam, eu preciso voltar para Cork. Meu filho precisa de mim. — profere.

— O que há de errado com ele? — indaga, com um olhar preocupado.

— Não há tempo para explicar. Precisamos ir logo. — diz, voltando o seu olhar a mim.

— Tudo bem. Mas espere, eu vou com vocês. — diz, e ambas assentimos. Quando estamos cruzando a porta paro por um segundo e chamo pelo seu nome:

— Liam? — me pronuncio.

— Pois não? — profere, parando por um momento.

— Obrigada. — agradeço e o mesmo assente, mostrando um sorriso alargado que demonstrava satisfação.

Meu SalvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora