Capítulo 19

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A busca pelo assassino de Nathan havia se instaurado com muito mais intensidade, já havia efetuado meu depoimento a respeito de tudo, incluindo o trabalho do mesmo na Société. A notícia a respeito do assassinato se espalhou por toda Cork, nos últimos dias os cidadãos eram tomados pelo medo, de forma que o prefeito acabou por implantar um toque de recolher - após as dez da noite ninguém poderia sair de casa.

A verdade é que minha cabeça está prestes a explodir por conta de tudo que vem ocorrendo, não sei nem por onde começar em relação a busca das verdades, Nathan não deixou nada com o que possa ao menos começar.

- Ele... ele morreu? - Sophi diz estática, arregalando os olhos e com a mão sobre a boca.

- Sim, Sophie. - digo suspirando.

- Meu Deus, Ester. Isso é horrível, eu tinha acabado de conhecê-lo! - diz abanando o rosto com as mãos. - E já descobriram quem fez isso? - diz sussurrando, estávamos na sala de aula e não poderíamos nos alarmar tanto.

- Não, não fazem a mínima ideia. - digo.

- Meu Deus, isso não é bom, nem um pouco! - diz elevando o tom de voz, de forma que o professor se vire para nos chamar a atenção.

- Sras. Allen e White, algum problema? - diz sério, e apenas balançamos a cabeça em negação, voltando a prestar atenção na aula.

[...]

A aula já havia se encerrado, assim como meu expediente. Sophie ainda se encontrava na universidade, há uma semana começou com seu monitoramento, o que me deixa extremamente feliz.

- Sophie, acho que vou visitar Marie. A mesma ainda está muito abalada e precisa de total apoio nesse momento. - digo pegando os livros da mesa.

- Tudo bem, vou indo então. - diz pousando um beijo em minha bochecha, e logo cruzando a porta. Termino de recolher meus materiais e começo a andar rápido, com o intuito de pegar logo um ônibus, e quando passo pelo refeitório vejo Andrew de costas encostado numa grade.

- Oi, Drew. - digo me aproximando, e é então que Andrew se vira para me fitar. O mesmo estava ofegante, respirava e inspirava desesperadamente, suas mãos estavam trêmulas e seus olhos arregalados.

- Drew, está tudo bem? - indago preocupada, pousando minha mão sob seu rosto.

- Drew, está tudo bem? - indago preocupada, pousando minha mão sob seu rosto

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- O... oi, Ester. - diz balbuciando, por fim.

- Aconteceu alguma coisa? - indago.
- Não, não. Está tudo bem! - diz suspirando, agora recuperado.

- Okay. Você está indo trabalhar? - digo.

- Sim, estou. Por quê? - indaga.

- Eu estava indo para lá. Depois do que aconteceu - suspiro -, a família Moore precisa de todo apoio.

Meu SalvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora