Capítulo 29

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Tate fechou a porta atras de si e eu fui diretamente para o banheiro tomar um banho que pudesse tirar a sensação daquela pessoa de perto de mim. Pois mesmo ela tendo sumido conseguia sentir o gosto borrachudo de suas luvas na minha boca. Queria que o medo se desfizesse de mim.

- Vire-se - mandei a Tate, depois dele ter dado vários motivos para não si virar, quando fui trocar de roupa.

- Pois táááá- desistiu de uma vez de poder me ver trocar de roupa e virou-se derrotado

Peguei uma calça moletom preta e vesti-me com ela, essa calça não era nem um pouco atraente para ficar perto de Tate, mas o que eu queria agora era ficar confortável e ela era perfeita para isso.

Vesti meu sutiã e fui pegando uma blusa moletom preta da Adidas.

- Você tem peitos lindos - sorriu Tate quando dizia essas palavras

- Que droga Tate - peguei a sandálias havaianas que estava calçando e joguei com toda força nas suas costas.

Só tive um "aí"como resposta e dei um sorrisinho vitorioso. Vesti-me com a blusa estava em minhas mãos e arrumei os cabelos diante do espelho da penteadeira.

- É assim né? - ele tava com um ar brincalhão, parecia que queria me distrair do que tinha acontecido.

Confesso que está funcionando.

- Eu te odeio Tate. - falei sorrindo enquanto via ele pelo espelho vindo na minha direção.

Ele passou os braços pela minha cintura, e tocou diretamente minha pele, causando uma eletricidade que já era familiar com um simples toque de Tate.

Senti seus lábios em meu pescoço, dando pequeno selinhos, fazendo-me cócegas. Tate foi subindo, já começara a beijar minha bochecha. Virou-me e foi de encontro aos meus lábios, tudo que estava acontecendo foi esquecido com esse simples beijo, depois do que eu ouvi de Laurel, eu não queria ficar perto de Tate, mas agora ele era só o que eu precisava.

Passei minhas mãos pelo seu pescoço, e o trouxe mais para mim, tudo que eu queria era esquecer, esquecer do medo que senti, da voz daquela pessoa, da sua máscara medonha, agora eu só quero o Tate. 

Como ele era maior que eu, pus meus pés descalços em cima dos deles e encostei minha testa na sua e vi seu sorrisinho enquanto andava devagarinho até minha cama. Ele deu um beijo estalado em minha boca e sussurrou entre meus lábios.

- Você me ama.

Pude sentir seu sorriso perto dos meus lábios, me fazendo sorrir também.

Começamos a deitar na cama devagar, ele foi passando a mão na minha cintura e sua boca buscava a minha apressadamente. Pousei minhas mãos sobre suas costas e o apertei, cravando minhas unhas, por cima da sua camiseta, fazendo-o gemer.

Beijar-lo era como viajar aos céus, sem sair da terra, dá a volta ao mundo em um dia, era uma sensação de completo infinito que nem consigo por em palavras.

Afastei-me em busca de ar e ele fez o mesmo. Tate deitou-se do meu lado e nós olhamos para o teto, ouvíamos apenas nossas respirações ofegantes. Deitei sobre o seu peito e ele passou o braço em volta de mim abraçando-me carinhosamente. Entrelacei minhas mãos na dele e a beijei.

Durante todo nosso momentos na cama pude sentir que o mesmo estava estranho, é como se ele ficasse com medo de me tocar, como se eu fosse porcelana e seu toque pudesse me quebrar.

- Como era a sua vida, antes de vim pra cá? - Tate me perguntou sério, sussurrando perto do meu rosto.

Isso me fez parar de pensar e me concentrar nele.

- Não quero muito falar sobre isso, dói lembrar.

- Por que não?

- Eu perdi meus pais, meus amigos, tudo que eu construir ao longo dos anos. Isso é um bom motivo para não falar sobre minha vida antes de tudo o que aconteceu.

- Você gostava demais, de antes?

- Sim eu gostava! - sorri das minhas lembranças e dos meus problemas antigos, que comparado aos de hoje eram tão simples. Sinto lagrimas querendo se forma pela saudade que eu sentia e pisquei diversas vezes para se dissipar.

Tate soltou-me e se levantou, sentando na beirada na cama, como se estivesse ofendido.

- É tão ruim sua vida agora? - o ar tristonho de Tate pegou-me de surpresa. - Ficar comigo é ruim assim?

Me levantei e sentei ao seu lado, tomei seu rosto em minhas mãos.

- Tate, se você me conhecesse na minha vida antiga você iria adorar, iríamos ao cinema, ao shopping, daríamos passeios ao parque , seria tudo divertido. - um sorriso formou-se em meu rosto, tendo imagens de tudo o que eu acabara de disser.

- Você que disser, seria tudo normal? - falou ele com um certo ar de desconfiança.

- Sim, quando tudo isso acabar, quando eu descobrir tudo sobre a morte de meus pais, a gente pode sair daqui, fugir, ter uma vida normal.

Tate balançava a cabeça negativamente e disse.

- Eu nunca poderia te dá uma vida normal, eu sou um monstro, você sabe disso.

- Tate não é bem assim...

- É assim sim, eu sei que é, eu matei pessoas, as vezes pode acontecer de novo, e se for em um shopping, ou dentro do cinema, como você poderia me ajudar? Eu machucaria mais pessoas do que eu já machuquei.

- Nos daríamos um jeito, nos podemos...

- Não tem um jeito! - Tate, abaixou os ombros derrotado. - Eu já tentei.

- Por favor, não vamos falar mais sobre isso. Já estou tendo problemas demais, eu quero só um pouco de paz, por favor - pedi gentilmente encerrando essa conversa de vez.  - Tate você é a melhor coisa que me aconteceu quando cheguei aqui. Mesmo você tendo o que você tem, nada vai mudar o que eu sinto em relação a você, saiba disso.

Tate demonstrava para os outros tanta segurança que se admirava, mas agora vendo-o bem e conhecendo seu verdadeiro ser, sei como ele é sozinho, sua insegurança pesa em minha alma.

- Carly... eu...

- Não precisa falar nada Tate. - disse calmamente.

Ele está de costas para mim, sentando na beirada da cama, encostei meu queixo em seu ombro e passei meus braços em volta do seu pescoço e o abracei, ele parecia confuso, irritado ou talvez apenas frustado, percebi isso sem ao menos conseguir enxergar seu rosto, é algo que apenas sinto.

Seus olhos vieram até mim e sustentei seu olhar, nem ao menos pisquei, parecia que havia algo em nossa volta, um desejo imutável, um conforto indescritível. Uma ligação.

Inclinei minha cabeça em sua direção e nossos lábios se tocaram tão levemente, era puro e totalmente inocente, nada de segundas interpretações, éramos apenas duas pessoas, de carne e osso que se amavam, poucas pessoas terão a sorte de sentir o que estou sentido agora. Essa sensação de infinito, de que algo está finalmente está completo.

***

Olá pessoal, quero saber o que acharam do capítulo😁? Vim contar também que em breve teremos um flashback de acontecimentos passados na vida de Carly, que irá explicar algumas coisas que estão para acontecer com ela e Tate💭💕. E vim também disser que a história está perto de chegar ao fim😢(quer disser eu estou perto determinar de escrever, eu escrevo no meu celular então quando eu posto esse capítulo, é por que eu já tenho uns 5 já prontos, para assim eu não demorar muito a postar.)

Então é isso pessoal! Um beijo, um queijo e até logo!

Não esqueçam de comentar💬 e votar🌟. Eu fico muito feliz com isso e sempre me fortalece a postar. Amo vcs💞💞

Sombras da Noite (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora