Memories

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Lauren Jauregui:

Entrei em meu Carro e resolvi atender ás ligações insistentes do Sr. Franklin...

-Em que posso ajudá-lo, senhor Franklin? - tentei soar o menos irritada possível, eu queria ter ficado mais tempo com aquela garotinha, queria saber mais sobre ela.

-Bom dia, senhorita Jauregui. Estou a esperando no Starbucks de sempre, temos muitos assunto á tratar.

-Já estou indo. - desliguei o celular e dirigi até o Starbucks onde sempre nos encontrávamos, ele era muito amigo da família em si, era jovem, recém formado em ciências contábeis, seu pai que também exercia a mesma profissão que ele se aposentou deixando o filho a par de tudo e assim meu pai substitui o pai pelo filho para cuidar das finanças da família.

(...)

-Eu pedi um café pra gente. - disse assim que me acomodei em uma cadeira, ficando frente á frente com ele.

-Tanto faz, Vamos logo isso. - vocês devem estar se perguntando o porquê de eu estar sendo arrogante com o Sr. Franklin, eu sei.

O motivo disso é que ele insiste em tentar me conquistar, desde que nos vimos pela primeira vez ele tem investido em mim e de todas as formas possíveis. No ultimo ano novo, meus pais convidaram a família dele para comemorarmos em uma festa que papai deu, na mesma ele acabou bebendo mais do que devia, me chamou para uma parte mais afastada da movimentação e tentou a todo custo me beijar, sabem o que isso resultou? Em um olho roxo e a consequência de não poder ter filhos futuramente, isso mesmo, eu o acertei em cheio seu olho e ainda dei de brinde um chute no meio das pernas, até hoje ele tem me pedido desculpas pelo ocorrido, eu já o perdoei, não contei nada para meus pais do acontecido e ele é muito agradecido por isso.

-Pois bem. - ele puxou a maleta que à poucos instantes estava no chão, colocando-a em cima da mesa. A garçonete trouxe nossos cafés, e eu apenas olhei para o mesmo e voltei o olhar para a maleta. - Todos os bens serão passados para o seu nome, para isso você tem que assinar estes papéis. - colocou-os em cima da mesa.

-Posso levar para casa? Tô com dor de cabeça agora, não quero ler no momento. - fechei os olhos por um instante.

-Pode levar pra casa, amanhã eu irei lá pela parte da tarde pegar. - me entregou os papéis e fechou a maleta, deixando novamente sobre o chão.

-Não temos assuntos à tratar, corretor. - balançou a cabeça positivamente. -Então já vou, tenha um bom dia. - peguei minha bolsa e levantei-me, mas ele foi rápido o bastante para segurar meu pulso e se posicionar a minha frente.

-Sinto muito pelo aconteceu. - olhou eu meus olhos.

-Já pode me soltar. - ele continuo olhando em meus olhos e nada disse.

-Lauren, por quê não me dá uma chance? Eu posso te mostrar um mundo diferente, posso te fazer feliz.

-Não vamos conversar sobre isso novamente, Franklin. Quantas vezes vou te dizer que você não me interessa nem como amigo e nem como algo a mais que isso? - fui arrogante o bastante, deixei bem claro, mais uma vez, me soltei de sua mão e fui rapidamente até meu carro.

(...)

Cheguei em casa e fui direto para meu quarto, mais tarde eu teria faculdade e eu queria dar um cochilo antes de ir.

Tomei um banho relaxante e optei por um conjunto moleton branco, deitei na cama, mas nada me fazia dormir, ouvi latidos e o som de arranhões na porta do meu quarto, abri-la instintivamente dando de cara com Luke, meu cachorro, eu não o via desde o dia que minha felicidade foi embora, os empregados estavam cuidando do dele, talvez não quisessem me incomodar e deixaram tudo por conta deles, até mesmo levá-lo para passear. Ele pulou em cima de mim me fazendo cair no chão, começou a lamber meu rosto, fechei um olhos e fiz uma careta, depois comecei a rir.

-Calma garoto, calma. - tirei-o de cima de mim. -Senti saudades. - sentei no chão e fiz um carinho em sua cabeça. -Quer dar uma volta? - ele latiu em animação. -Vou entender isso como um sim. - me Levanto e pego a corrente e encaixo em sua coleira. Ele se levanta e algo inesperado acontece, ele corre e eu sou carregada por ele, o mesmo para em frente ao quarto dos gêmeos. Eu olhei para a porta onde havia escrito pelos dois o nome dos mesmos. Sorri com aquilo, Luke começou a arrastar as patas na porta, para que eu a abrisse. Assim eu fiz, abri a porta e soltei a corrente de Luke e me permiti entrar no quarto, ele apenas me seguia. Dei um giro de 360 graus, tudo estava como eles haviam deixado no último dia, lembranças vieram a tona naquele momento, lágrimas escorriam pelo meu rosto, me virei e dei de cara com um desenho, um tanto amassado no chão, eles haviam me desenhado, haviam escrito acima "Lern, amamos você" abracei o desenho sobre meu peito e me permiti chorar. Que saudade, eu só queria voltar na tempo, evitar tudo aquilo, nunca vou me cansar de desejar com todas as forças isso...

(...)

Camila Cabello :

-Por quê vocês estão amarrados à essa corda? - perguntei entrei soluços, eu já chorava descontroladamente.

-Não se preocupe conosco, querida. Só fuja daqui antes que eles voltem. - disse minha mãe em um Sussurro.

-Mas mamãe... - papai me interrompeu.

-Vai logo, querida. Nós logo estaremos a sua procura, só fuja, fuja pro lugar mais longe que você conseguir alcançar. Por favor, faça isso por nós. - pediu.

-Pra onde eu devo ir? Vocês vão me buscar?

-Nós sempre estaremos com você, nós vamos te achar querida, mas agora vá, vá logo. - sua voz se manteve calma até que ouvimos passos e sons de vozes desconhecidas por mim.

-fuja pelos fundos, não esqueça, filha nós te amamos, amamos com todas as forças. - eles já choravam, eu estava com algo entalado na garganta, uma dor no peito.

-ele estão vindo, filha, vá. - disse meu pai ao sentir os passos se aproximarem mais.

-amo vocês. - corri em direção a porta dos fundos, subi na árvore e pulei o muro, foi a única solução que eu encontrei para sair dali.

Eu estava assustava, eu chorava intensamente, olhei para trás ao escutar uma voz gritar "Volta aqui, criança" e outra "Vamos te pegar, então não adianta você tentar fugir", meu desespero aumentou, meu coração parecia que iria saltar do peito, minhas pernas pesaram, eu não sabia para onde estava indo, mas eles estavam logo atrás de mim, fiquei olhando para trás por uns instantes e isso foi o bastante para eu vacilar, cai dentro de um buraco, o mesmo me parecia infinito, pois o chão parecia não me alcançar nunca, os dois homens me olhavam lá de cima, até que meu corpo colidiu com chão, levando uma pancada considerável na cabeça, meus olhos pesaram, minha mente ficou turva e tudo que eu via era duplicado, meus olhos se fecharam contra minha vontade e a última coisa que eu consegui ouvir foi: "Essa aí já morreu, menos uma para a nossa lista."

-Acordo, camila, por favor, acorda. - hivi balançada meu corpo em movimente de vai e vem.

-Que foi? Já acordei, já acordei. - Sentei-me no papelão, que me servia de cama, coloquei as mãos sobre o meu rosto e me permiti chorar ao lembrar do sonho, ele me atormentava sempre que possível, eu havia até pegado um certo medo de fechar os olhos e dormir. O que mais me perturba é o fato de eu não conseguir identificar o rosto de ninguém no sonho, quando eu penso no rosto de algum deles um branco vem em minha mente, isso me intrigava muito.

-O mesmo pesadelo, não é? - suspirou e sentou ao meu lado.

-Sim. - tirei as mãos de meu rosto.

-Vem, deita aqui comigo, vou cuidar de você. - bateu no papelão me incentivando a deitar, e assim fiz, ela beijou minha testa e colocou seus braços em volta à minha cintura.

Lauren Jauregui :

(...)

13 de maio de 2009...

-Vamos, garoto. - peguei Luke e o levei para meu carro, iríamos até o parque passear um pouco e depois iríamos a procura da menina, camila...

My MotherOnde histórias criam vida. Descubra agora