Elas Já Se Conhecem?

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Selena Cabello :

A noite de segunda havia, ao menos me distraído, me fez rir. Dinah e Ariana eram as mais engraçadas dali, nos demos tão bem que isso foi até estranho, já podia dizer que era amiga de todas elas. Elas fazem com que eu me sinta parte de alguma coisa, parte de um grupo, fazia tempo em que eu não sabia o que era sentar em uma rodas de amigos e simplesmente rir de coisas aleatórias, meus amigos estão concentrados aqui em Miami. Em Cuba eu só vivo para o trabalho e a família. Eu sou como o braço direito do papai em sua empresa, pois é, ele conseguiu reerguer sua empresa de móveis lá.

–Você está me olhando faz uns dez minutos, o que quer conversar? - Questionou Ally.

Estávamos sentadas em uma mesa consideravelmente grande, seus pais quase nunca estão, eles resolveram dar férias à Ally e cuidarem da empresa, enquanto ela só iria lá para tratar de alguns assuntos. Só agora havia me dado que estava a olhando, eu estão tão perdida em pensamentos. Essa era a hora de pedir a ajuda dela, eu precisava dela.

–Eu vim aqui com um propósito. - Falei, após tomar um gole do meu suco de laranja.

–Eu sei que sim. - Ela disse Calma. –Apenas prossiga.

–Eu tenho uma irmã mais nova. – Eu não sabia muito por onde começar.

–Disso eu sei, mas eu nunca vi sua irmã e se vi não lembro.

Eu e Ally nos conhecemos desde o jardim de infância, mas não éramos como aquele tipo de amigas inseparáveis que iríamos na casa da outra, combinavamos roupas e essas coisas clichês de uma amizade grudenta. Nós gostávamos da companhia que a outra nos fazia, ela era agradável comigo e sempre compartilhavamos nossos lanches no intervalo. Nossos pais não eram próximo, o máximo que aconteceu foi uma conversa entre nossas mães quando estava em uma reunião geral do colégio. Ally nunca soube o real motivo de eu me mudar, eu nunca quis contar e ela nunca me forçou à isso, ela era o tipo de pessoa amável em todos os sentidos. Ela realmente já havia visto minha irmã, mas era muito pequena para lembrar. Depois que a empresa começou a falir, ele teve de se meter com agiotas perigosos, e desde então nos privou do mundo, com medo de que pudesse algo de ruim com uma de nós. Ele me mandou de férias para a casa de meus avós em Cuba, Camila também iria, mas se negou, ela queria a todo custo ficar e conseguiu, depois de implorar muito. Na época eu era cinco anos mais velha do que Camila, porém não entendia nada do que estava acontecendo, assim como ela. Meses depois meus pais chegaram em Cuba, mas eu não entendia porque Camila não estava com eles, eu pedi explicações sobre isso e eles não tiveram outra saída, a não ser me contar toda essa verdade, na época eu me revoltei contra meu pai, eu não entendia o porquê de ele ter se metido com essa gente. Nós não éramos aquelas irmãs que brigavam a todo instante, eu a protegia e ela me fazia feliz só por pequenas coisas, eu sempre a amei.

Flashback On :

2008

Eu e Camila estávamos voltando da escola, estudávamos à tarde e sempre na volta, passamos pelo parque e tomávamos um sorvete, enquanto ela me contava tudo que tinha aprendido. Eu havia completado quinze anos ontem, mas me mantinha triste, desilusões amorosas são uma droga.

O caminho todo eu me mantinha em silêncio, pensativa e ela respeitava isso, saltitante, enquanto segurava minha mão firmemente, como se quisesse dizer que estava ali, mesmo quando não houver esperanças de felicidade. Chegamos ao parque e logo avistei o carrinho de sorvete se sempre. Ele sempre estava no mesmo lugar. O mesmo senhor sorridente com o mesmo uniforme. A mesma movimentação de criança, cachorros e casais apaixonados... Apaixonados. Droga!

–Sel, eu vou querer de banana e chocolate. - Pediu manhosa quando nos aproximamos do carrinho.

Camila adorava qualquer coisa que envolvesse banana, já eu odiava, preferia morango.

My MotherOnde histórias criam vida. Descubra agora