Londres

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Cheguei em Londres e já deixei o Camaro na estrada, abandonado. Caminhei até a concessionária mais próxima e comprei uma Railux preta.
Meu uniforme de assassino é um pouco horripilante para algumas pessoas. Eu uso uma calça e camisa preta com algumas manchas cinza escuro, muito parecido com um uniforme do exército de um país chamado Brasil. Por cima uso um grande sobre tudo que mais parece uma capa de demônio, preto.
Sou loiro, meu cabelo alcança meus olhos, meus olhos são azuis, mas quando estou perto de um alvo meus olhos brilham azul, uma tonalidade de azul muito intensa.
Enfim, depois de tudo pronto eu já podia ir atrás do meu alvo. Mas primeiro eu tenho que achar um alvo.
Esperei anoitecer, a escuridão tem sido minha aliada por muitos anos. Fui para uma delegacia de polícia e estacionei o carro em frente à delegacia.
Entrei, um facão de caça preso na minha cintura, mas estava escondido.
- Boa noite. Eu não quero confusão, basta fazer o que eu mando e ninguém vai se machucar. Eu quero os relatórios e as fichas de todos os criminosos que estão sendo procurados. - falei para o soldado que estava na recepção.
- Você está brincando né? - o policial soltou uma gargalhada alta - Rapaz, não sei se percebeu, mas está em uma delegacia de polícia. Saia já daqui antes que eu decida prendê-lo.
- Bom, eu avisei. - respondi e em seguida desembanhei meu facão de caça cortando a cabeça do policial na minha frente, em seguida vários disparos foram feitos dos demais policiais, mas em poucos segundos eu já havia matados todos polícias da delegacia.
- Oh, me perdoem, mas nada pode ficar entre meu objetivo e eu. - falei para as dezenas de cadáveres de policiais ao meu redor.
Roubei todas as fichas e os relatórios feitos pelos policiais à respeito dos criminosos que estão sendo procurados.
Passei a madrugada inteira escolhendo o meu alvo, três deles me intrigaram muito.
Um criminoso condenado a prisão perpétua por assassinar mais de 150 crianças, todas suas vitimas são crianças de 3 à 7 anos. "Mato crianças porque isso me excita muito." Disse o criminoso para o policial quando foi preso. Seu nome é Derek. Ele com certeza é um alvo em potencial.
O segundo homem é um assassino de aluguel, ele mata por dinheiro, não importa qual é a vítima. Seja criança, homem ou mulher, ele mata se tiver um bom preço. Já matou mais de 200 pessoas. O nome dele é Saimon.
E por último, um homem misterioso. Nome desconhecido, aparência física desconhecida, número de homicídios desconhecido, só se sabe que foram muitos. Não se sabe quase nada sobre esse nome, apenas um codinome: Demônio caçador de almas. É conhecido por esse nome porque existe uma lenda sobre ele, um mito com certeza, mas diz a lenda que ele suga a alma de cada vítima, matando-a bem lentamente.
Irei atrás do assassino de crianças primeiro, ele vai provar um pouco da minha fúria.
Alguns dias se passaram e eu já tenho informações mais que suficientes sobre meu primeiro alvo. Os capangas dele disseram que ele vai atrás de uma criança de 7 anos, hoje à noite. Eu já estou na casa da criança que ele irá buscar, o nome dela é Alanah, uma linda menininha, loira, tem os olhos azuis, como os meus. Arde em mim uma ira só de saber que esse desgraçado quer matar uma menininha inocente sem motivo algum. Estou em cima do telhado da casa, ouvindo tudo o que acontece na casa. A mãe da garotinha está preparando o jantar da pequena, o pai está trabalhando e ainda não chegou.
- Alanah, venha jantar, meu amor. - ouvi a mãe gritar da cozinha.
- Já vou mamãe, só estou terminando de ver o desenho. - Alanah respondeu e então alguns minutos se passaram.
- Está quieto demais. - falei para mim mesmo me colocando de pé em cima dos telhados da casa e caminhando para a ponta do telhado. Me inclinei na ponta do telhado e olhei pela janela da sala, Alanah estava com um olhar assustado, olhando para a porta da frente da casa. O desgraçado conseguiu abrir a fechadura da porta e entrou.
- Mamãe! - Alanah gritou e a mãe foi correndo para a sala assustada.
- Fiquem quietas ou vai ser pior. - o criminoso covarde falou para as duas, um tom duro em sua voz.
Ele foi se aproximando de Alanah, a mãe entrou na frente para proteger a filha, mas ele a empurrou para longe. Então eu desci do telhado e entrei pela porta que estava aberta.
- Derek Flint, o seu pecado foi matar mais de 150 crianças. Hora de pagar por ele. - falei para o criminoso em minha frente, ele deu um pulo de susto pela minha voz tenebrosa e cortante.
- Olha aqui chará, eu não sei se você é tira mas seja você quem for é melhor dar o fora daqui ou a menininha morre. - disse o covarde com a lâmina no pescoço de Alanah.
- Tira? Você acha mesmo que sou um policial? - não pude evitar uma gargalhada. - Você já cometeu muitos pecados, e por isso estou aqui, para fazê-lo pagar. Quer mesmo cometer mais um pecado? - seus olhos se arregalaram.
- E que diferença faz?
- Mate a criança e irá descobrir. - infelizmente, pra ele, seus olhos diziam que ele iria matar a criança. Antes que ele pudesse puxar a lâmina eu já estava atrás dele. Segurei o braço dele e arranquei sua lâmina.
A mãe de Alanah correu para abraçar a garotinha que agora chorava.
Distribui uma sequência de vários socos no criminoso até ele desmaiar. E então levei ele para fora da casa, longe da visão da criança e então o estrangulei até morte.
- 150 mortes. Esse foi o seu pecado. - falei para o cadáver na minha frente.
Voltei para a casa para ver se a criança e a mãe da criança estavam bem.
Para não assustá-las eu desativei o Demônio do coração de gelo e então minha voz ficou como a de um humano.
- Vocês estão bem? - perguntei para a mãe e a menina que estavam aterrorizadas.
- Sim, obrigada. Mas como você é tão forte e rápido? Você é apenas uma criança. - a mãe me perguntou surpresa pela minha aparência jovem, meu corpo e rosto de uma criança, claro, eu estou preso nessa forma. Esse é o lado ruim de ser imortal.
- Eu não sou uma criança, moça. - falei dando um sorriso leve, em seguida eu me virei e pulei para longe. Um salto tão alto que se pode confundir com um vôo.
É hora de ir atrás do próximo alvo. O assassino de aluguel, Saimon. Mais de 200 mortes. Mais de 200 pecados.

Coração de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora