De volta dos mortos

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Já se passaram 10 dias e eu não vi mais Vulcânia. - não pessoalmente - Mas já está na hora de tentar um encontro mais uma vez.
Está de noite e eu estou  em frente a casa de Vulcânia, desta vez aquele namoradinho dela não vai me atrapalhar!
Depois de alguns minutos vejo ela chegando de moto... Com o Buck! Ela desce da moto e se despede dele, fechei os olhos nessa hora. Ele vai embora e eu entro em cena. Ela estava abrindo a porta para entrar em casa.
- Ah... Katherine, espere. - Vulcânia se vira para me ver, eu estou ofegante, meu desespero é notório.
- Ah, oi. Você de novo, acho que já pedi desculpas pelo acontecido... - diz trancando a porta novamente.
- Sim, eu sei. Mas é que... Eu preciso falar com você sobre outra coisa.
- Você está bem? - diz notando meu desespero.
- Ah... Sim, estou... - menti.
- Está bem, e então? O que tem para falar comigo? - eu estou muito nervoso, estar tão perto dela assim...
- Você corre perigo!
- O que?
- Eu sei, parece louco tudo isso! Mas é verdade! Querem te matar!
- Quem quer me matar?
- Mercenários.
- Então eu deveria chamar a polícia... - ela não está acreditando na minha mentira.
- Então... Eu sou um soldado do exército. Olha. - mostrei meu distintivo - Eu fui mandado para proteger você.
- Olha, eu não vou dizer que acredito em você, mas eu sinto que está tentando me dizer algo mas não sabe como. Então eu vou deixar você ficar me "protegendo" - fez sinal de aspas com as mãos - até conseguir me falar o que quer ou até eu me zangar e chamar a polícia, o que acontecer primeiro. Tá bom pra você? - ela estava um pouco brava.
- Ah... Tá ótimo. - disse sem graça.
- Ótimo! É bom você não tentar nada, meu pai é um general aposentado do exército! - abriu a porta de casa novamente - Boa noite, soldado! - entrou.
Uau! Que mulher!
Me virei para a rua, quando estava prestes a ir embora eu percebi que estava sendo observado. Um homem com um sobretudo preto... Um uniforme preto com manchas cinzas... Ei! Esse é o meu antigo uniforme!
- Parabéns, soldado! - disse batendo palmas lentamente enquanto saía das sombras.
- Seu rosto... - disse apontando para ele - Eu me lembro de você!

Flashback on...

- Bem, vamos direto ao contrato. - o senhor disse - Você terá que matar o líder de um seita muito antiga, ele tem destruído nossos negócios. Eu vou te pagar 10 mil.
- 10 mil? Para matar um líder de uma seita poderosa? - Saimon retrucou. - 10 milhões! - bateu na mesa.
- Você está louco?
- Mande outro fazer o seu serviço sujo então. - Saimon disse se levantando.
Então eu desci dos telhados.
- Saimon! Espere. - falei com uma voz firme.
- Quem disse isso?
- Eu. - falei saindo das sombras - O seu maior pesadelo.
- Ah, então você é o Demônio? - Saimon disse puxando uma pistola.
Ele começou a disparar e eu não me preocupei em desviar das balas.
- Entendi, você não morre né? - Saimon disse jogando a pistola no chão e puxando um facão da sua cintura.
- Saimon, você matou mais de 200 pessoas por dinheiro. Esse foi o seu pecado. - falei partindo para cima dele, mas ele puxou o facão e me esfaqueou várias vezes. A dor me consumia, mas eu gostava da dor, me lembrava de que eu estava vivo.
Arranquei o facão da mão dele, mas para minha surpresa do lado esquerdo da cintura dele havia mais um facão que ele puxou em seguida. E então ele cortou meu braço, separando meu braço em dois. 
Quando ele foi me esfaquear novamente eu segurei o braço dele com minha outra mão.
- Admito, você tem talento. Mas eu sou um deus. - enquanto eu falava eu apertava o braço dele, esmagando seu pulso.
- Você é um deus? - Saimon perguntou irônico. - Então nesse caso, acho que eu prefiro ser ateu! - disse desferindo uma sequência de socos em mim com sua outra mão, eu soltei o braço dele, não por falta de forças, mas porque eu queria ver ele lutar um pouco mais.
Ele tentou me esfaquear várias vezes, mas agora eu estava me desviando.
- Sendo ateu ou não, isso não vai mudar o fato de que um homem não é pário para um deus! - eu disse segurando o braço dele e arrancando o facão de sua mão.
- Viu só? Consigo te derrotar mesmo tendo apenas um braço! - falei para Saimon que estava caído no chão.
Pisei em cima da garganta dele.
- Últimas palavras?

Coração de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora