Passou uns 3 minutos e todos os soldados escondidos ao redor da bola de cristal, quando escutamos passos. Eu estou com 26 soldados comigo.
Um grupo de uns 8 soldados colombianos se aproximam para pegar a bola de cristal.
- Henri, pode ser uma armadilha. - um dos colombianos fala para seu companheiro.
- Quem ousaria nos enfrentar? - disse o outro rindo.
Olhei para meu lado esquerdo e um dos soldados que estavam comigo se preparava para avançar, mas eu dei sinal para ele aguardar. O soldado colombiano pegou o objeto reluzente.
- Já estava na hora! O Fragmento Místico! - disse levantando a bola de cristal para o céu. - Agora vamos ver onde estão nossos inimigos. - ele olhou para a o fragmento - Mostre-nos nossos inimigos! - e então algo fascinante aconteceu. A bola de cristal começou a brilhar em sua mão, e então ela começou a mostrar imagens para ele, na verdade eram vídeos ao que parece, era como se tivesse uma câmera passando pela selva e transmitindo as imagens ao vivo para ela. De repente os soldados que estavam comigo apareceram nas imagens, e eu também. Como se tivesse várias câmeras nos filmando. O colombiano olhou atentamente tentando reconhecer o lugar onde estávamos. Até que a esfera mostrou ele perto de nós. - ARMADILHA! - gritou para os demais soldados, e então avançamos.
- Parados! Vocês são a menoria aqui! - gritei para eles enquanto os soldados brasileiros cercavam eles. - Larguem suas armas! - olharam para mim indignados - AGORA! - gritei os obrigando a jogarem seus rifles no chão. - Passa pra cá! - falei para o soldado que estava com a bola de cristal e ele à jogou para mim com um grande pesar. - Me fale... O que é isto? - perguntei me aproximando do soldado.
- Pode me matar! Não vou dizer nada!
- Um soldado fiel... Isso é lindo! Sério, isso é muito lindo. Mas você sabe que nem todos soldados do seu exército são assim, não é Jimmy?
- Jimmy?
- Eu chamo todo mundo de Jimmy, às vezes eu acerto. - revirei os olhos - A questão é que... Você pode não falar, mas tem mais amigos aqui, eu vou torturar todos eles, será que eles vão me dar o que eu quero?
- Eles podem falar sobre o objeto que está em suas mãos, mas eu não.
- Oh, não Jimmy. Eu não vou perguntar para eles sobre a esfera de cristal... Eu vou fazer eles falarem onde moram sua família! E eu vou atrás dela aonde for! E vou matá-la bem lentamente. Eu te prometo isso!
- Seu desgraçado! - gritou avançando em mim, mas um dos soldados que estavam comigo o derrubou com uma coronhada.
- Claro que se você me disser tudo o que eu preciso saber eu não vou fazer nada disso.
- Tudo bem. Mas terá que me deixar viver para garantir que vai cumprir tua palavra.
- Coisa difícil me pedistes. Mas tá bom Jimmy, gostei de você. Deixarei você viver.
- O objeto que está em suas mãos se chama signum, vem do latim, significa milagre.
- Por que milagre?
- Bem, alguns acreditam que seja alguma espécie de fragmento do Jardim do Éden. Algum fragmento Celestial. Como pôde ver, o signum permite ver qualquer pessoa em imagem ao vivo em qualquer lugar do mundo em que ela esteja! É ótimo para guerra, para saber onde estão seus inimigos, para um romance, para seguir a pessoa amada, claro que isso é algo bem psicopata, mas serve para tudo isso. Ela também é indestrutível.
- Entao, quer dizer que eu posso ver onde está qualquer pessoa?
- Foi o que eu acabei de dizer.
- Existem outros fragmentos como este?
- Até onde sabemos não.
- Certo, obrigado Jimmy. Me serviu bem. Matem todos.
- Ei você disse que não faria isso.
- Ah é verdade, não matem o Jimmy. Afinal eu não falei nada sobre matar os outros soldados. - os soldados colombianos foram fuzilados, exceto o que me forneceu as informações, deixei ele fugir. Afinal eu sou um homem de palavra.
Voltamos para a base.
- Sr General! - um dos soldados diz se apresentando e todos prestam continência.
- Descansar, soldados! Descobriu o que é esse objeto? - o general pergunta para mim.
- Sim, descobri. Podemos conversar particularmente?
- Sim, venha. - o sigo até uma sala pequena e nos sentamos.
- Isso se chama signum, vem do latim e significa "milagre". Com ela podemos localizar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo como se fosse imagens via satélite, só que mais melhorado.
- Está bem, fique com ela.
- O que?
- Fique com o signum.
- Não vai querer?
- Isso não vai ser eficaz para mim. Eu sei onde os inimigos estão. Isso só me atrasaria. Quero que você proteja esse fragmento, ele pode ser fatal se parar nas mãos erradas.
- Tudo bem, ficarei com ele.
- Bem, como o prometido, você é um homem livre agora. É bem vindo neste país, temos uma enorme dívida com você.
- Obrigado, General. Acho que isso é um adeus.
- É sim, mas conte comigo para o que precisar. Me dê seu braço. - falou segurando meu braço esquerdo e escreveu um número de telefone com caneta no meu braço. - Memorize esse número, depois lave o braço. Se algum dia precisar de algo, esse número de telefone salvará sua vida.
- É seu número?
- Não. É o número de um velho amigo. Quando precisar, ligue e diga que é amigo do general Wally. Procure por Miguel.
- Sim sr, obrigado por tudo.
- Disponha. Agora vá meu amigo, é livre para andar por todo o território brasileiro. - nos despedimos, e eu fui embora.
Quando escureceu eu parei em um canto da selva e peguei o objeto místico chamado signum.
- Signum... - parei por um momento, eu precisava saber - Mostre-me onde está Vulcânia. - e então o signum começou a brilhar, e me mostrou o castelo de Diávolos, logo depois me mostrou dentro do castelo. Vulcânia e Diávolos estavam discutindo.
- Temos que encontrar esses deuses anciões! Se eles mataram o Meli eu não sei o que vou fazer! - disse Vulcânia chorando.
- A gente não tem como lutar com eles, Vulcânia. Temos que ter uma estratégia. - Diávolos falou se sentando em sua poltrona. Mas uma explosão na mansão bagunça tudo.
Três homens com capuz entram no castelo, estão armados com espadas e escudos.
- Vulcânia, venha cá minha criança. - disse um dos três homens.
- Vocês são os deuses anciões?
- Sim.
- Onde está o Meli? - perguntou se aproximando.
- Quando eu terminar você nem vai se lembrar que ele existe. - disse o homem mais alto, e então segurou Vulcânia e tocou sua testa, ela apagou na mesma hora, Diávolos avançou mas foi parado por um dos deuses, ele porém não desistiu, enfiou sua espada na barriga do ancião e ele ficou muito ferido, em seguida avançou para os outros dois, mas levou uma surra.
- Ajude nosso irmão. - disse um ancião para o outro. - Diávolos, você vai se lembrar de tudo, porém vai perder seus poderes. Já Vulcânia não terá a mesma sorte, ela vai perder seus poderes e se esquecer de tudo. Ela não vai se lembrar de você, nem do Meliodas, nem de ninguém. Seus soldados: Atômico, Madmá e Falcons, estão presos em meus aposentos. Não se preocupe, não vou matá-los.
E então eu guardei o signum. Eu preciso reunir os deuses de novo! Só assim teremos alguma chance de derrotar os anciões!
Eu dormi na mata, quando o dia amanheceu eu já estava caminhando. Um avião me levaria para onde eu quisesse ir, mas isso seria hoje à noite.
Mas o que eu faria da minha vida? Eu não tenho vida fora da guerra. Voltei para a base militar.
- General!
- Sim, Demônio dos olhos azuis?
- Desejo me alistar no exército!
- Tem certeza disso?
- Sim! - ele me orientou sobre o que eu deveria fazer para me alistar, ele concordou em fazer de mim um soldado secreto, já que eu não tinha documentos nenhum.1 ano depois...
- Eu estou aqui para dizer que vocês são fortes! Vocês não são fracos! Eu não sou fraco! - disse o general durante nossa formatura - O Brasil pode ter orgulho de ter soldados como vocês lutando por ele! As famílias brasileiras podem se sentir seguras por ter homens como vocês nas ruas! Eu tenho orgulho desse batalhão! Foi 1 ano de luta, de porrada, durante 1 ano só palavras negativas, só porrada, só jogando vocês para baixo! Mas tudo isso foi para testá-los. Hoje quem é aplaudido não somos nós, generais, coronéis, capitães, tenentes, nenhum de nós! Mas hoje somos nós quem aplaudimos vocês! O Batalhão de Infantaria Blindada! Comando! - bradou e em seguida fomos aplaudidos por todos nossos superiores e por todos familiares e amigos que ali estavam presentes.
- Comando! - os soldados gritaram, inclusive eu. Agora eu sou um soldado do exército brasileiro!
Durante esse ano algumas coisas mudaram... Eu me dediquei de corpo, alma e espírito ao exército, Vulcânia está sem seus poderes e não se lembra de nada, ela tem uma boa vida, mora em uma casa muito bonita com seus pais adotivos, nós estamos envelhecendo como os humanos, ela aparenta ter 19 anos e eu aparento ter 17 ou 18, Diávolos agora faz parte do exército de Israel, deve ter se lembrado do General de guerra que nós um dia ajudamos. Madmá, Falcons e Atômico estão presos em uma masmorra, não sei, não dá pra enxergar direito lá dentro, é um lugar muito escuro, e são torturados diariamente. Só não morreram porque continuam com seus poderes e imortais. Agora eu sou um soldado do exército, eu pretendo ir para a cidade de São Paulo, onde Vulcânia mora, preciso saber se ela vai se lembrar de mim quando me ver.
Se passaram 3 dias e eu peguei um avião para São Paulo.
Vulcânia, seus cabelos ainda brilham como o sol?
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Coração de Gelo
Ficción GeneralÀ mil e quinhentos anos atrás existia um exército de homens imortais com habilidades extraordinárias, homens que levavam os injustos para a justiça, homens considerados maus, pois diz a lenda que eles nem tinham coração, ou se tinham já estava conge...