Memórias

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Cheguei na cidade de São Paulo, corri para uma lanchonete.
- Boa tarde! O que deseja? - perguntou a moça da lanchonete.
- Esta forma humana está frágil, preciso de algo para comer.
- Forma humana? Ah... Tá né. Escolha o que quer comer. - disse me entregando um cardápio, é assim que os humanos chamam isso?
- Quero esse pão.
- Ok, um X-salada. - ela demorou um tempo, depois me deu o tal X-salada. Eu tive que pagar, ainda bem que eu havia recebido meu pagamento do General.
- Hora de ver Vulcânia! - falei para eu mesmo. Peguei o signum. - Signum, onde está Vulcânia? - e então o objeto mágico brilhou, mostrou Vulcânia. Ela estava em uma faculdade, então guardei o signum e fui para a tal faculdade.
Chegando lá fiquei esperando ela sair, já era noite, estava frio, meu uniforme de soldado me protegia um pouco, mas não o suficiente. Então as portas se abriram, vi Vulcânia saindo. Me escondi para que ela não me visse, não sabia qual seria a reação dela. Ela ficou parada em frente a faculdade, como se estivesse esperando alguém... Depois de um tempo uma moto CBR 600, azul e branco para em frente a faculdade. O rapaz desce e... Beija Vulcânia! Na boca! Na minha cintura havia uma pistola presa, era 3 segundos pra eu pegar a pistola e dar um tiro na cabeça dele. Mas na frente de Vulcânia não...
Logo depois ele subiu na moto e ela na garupa. Foram embora. Eu estava fardado... Por que não?
- Senhor, aquele rapaz que acabou de sair na moto é um assassino! Preciso da sua moto! - falei para o senhor que estava montando em sua moto, mas assim que eu falei ele me entregou a moto. - Escreva aqui o endereço do senhor, quando eu pegar esse desgraçado eu levo a moto pro senhor. - falei entregando um papel para o senhor e ele escreveu, me entregou o papel, e eu dei partida. - Signum! Mostre-me como alcançá-los! O Signum me mostrou o caminho, eles pararam em um restaurante, eu também. Corri para um beco escuro e troquei de roupa ali mesmo, coloquei a farda na mochila e coloquei a roupa e o boné que estavam na mochila. Logo depois corri para o restaurante que eles entraram, me sentei em uma mesa próxima, sem levantar suspeitas.
- O que o senhor vai querer? - perguntou o garçom.
- Ah... O mesmo que o casal pediu. - falei apontando para Vulcânia e o rapaz com ela. O garçom foi buscar meu pedido.
Agora eu peguei o signum mais uma vez para poder escutar o que eles estavam falando.
- Katherine, eu sei que você ama seus pais, mas a gente já namora à anos, acho que ja está na hora de morarmos juntos. - disse o rapaz da moto. Namoram à anos é? Mas ela só está aqui à um ano... Será que os anciões hipnotizaram a mente de todos eles para parecer que sempre estiveram juntos? Será que ela pensa que seus pais adotivos são os biológicos? E seus pais? Será que também foram hipnotizados?
- Eu sei, Buck. Mas eu não sei se estou pronta para sair de casa... Eu não sei. - então seu nome é Buck... Meu pedido chegou, ótimo, posso disfarçar melhor agora.
- Olha, Katherine. Eu te amo, mas se não aceitar morar comigo...
- O que acontece se eu não estiver pronta?
- Eu acabo tudo agora.
- Buck, eu tenho notado que você anda meio alterado ultimamente. Está acontecendo alguma coisa?
- VOCÊ VAI MORAR COMIGO OU NÃO? - gritou batendo na mesa. Todos do restaurante olharam para eles, Vulcânia ficou vermelha pela vergonha alheia. Eu já estava me preparando para intervir, mas ainda não. Se ele encostar em Vulcânia, ele morre.
- Buck, calma, todo mundo está nos olhando. - disse Vulcânia envergonhada.
- Eu não me importo! ESTÃO OLHANDO O QUE? CUIDEM DA VIDA DE VOCÊS! - gritou para o restaurante, todos voltaram seus olhos para seus pratos. Covardes. Continuei encarando-o. - Ei! Você! - gritou apontando para mim - Cuida da sua vida! - me levantei da minha mesa.
- Por que não trata bem a moça? - ele se levantou também.
- Amor, por favor, fique aqui. - Vulcânia falou tentando detê-lo, mas ele a ignorou.
- Eu a trato muito bem, isso foi apenas um mal entendido. - disse se aproximando de mim.
- Então sente-se e fica na sua.
- Você se acha muito valente não é? - se aproximou - Vamos ver se vai continuar valente! - me deu um soco e eu me abaixei.
- Buck! Para! - Vulcânia correu e segurou seu braço.
- Pra trás Katherine! Não quero ser obrigado a te machucar! - falou olhando pra ela, quando voltou seu olhar para mim foi atingido com um soco meu. A diferença é que meu soco não é de moça! Ele foi pro chão.
- E aí? Parece valente o suficiente pra você? - falei irônico. O gerente chegou junto com seus funcionários antes que ele pudesse contra-atacar.
- Ei! No meu restaurante não! Se querem brigar vão lá pra fora!
- Desculpa senhor, tem toda razão. - falei para o gerente. Peguei minhas coisas e paguei o gerente.
Buck puxou Vulcânia - não com violência - e nem se preocupou em pagar pelo jantar.
- Aqui, senhor. - falei pagando o gerente pelo jantar dos dois. - Para o senhor não perder o serviço. - e então saí dando as costas ao restaurante.
Quando saí do restaurante, Buck e Vulcânia já estavam na moto e então ele deu partida. Eu não iria segui-los, afinal, eu quero falar com Vulcânia, não com esse sujeito.
Peguei o endereço do dono da moto e então fui devolver a moto.
Bom, agora eu preciso de um lugar para ficar... Era tudo tão mais fácil quando eu era imortal. Esses anciões desgraçados vão me pagar!
Me hospedei em um hotel, eu iria ficar no máximo 1 mês.
Bom, 3 dias já se passaram. Tenho observado Vulcânia pelo Signum durante esses 3 dias, seu namoro com Buck está indo de mal a pior, ele é muito bipolar. Pelo o que eu tenho observado nesses dias, Vulcânia acredita que seus pais adotivos são seus pais biológicos, seus "pais" acreditam que ela é sua filha biológica também, e segundo Buck e Vulcânia eles namoram à 5 anos... Vai entender! Vou buscar Vulcânia no trabalho hoje! Eu já sei onde é - obrigado Signum - espero que ela me reconheça quando me ver. No dia do restaurante eu estava de boné, tentei não deixar que vissem meu rosto.
Já estou em frente o trabalho de Vulcânia, ela vai sair em breve.
Ali está ela!
Ela está esperando alguém! De novo! Se for aquele desgraçado! Quanto mela mela!
Melhor eu me apressar então.
Me aproximo dela, observando cada detalhe de seu rosto, ela mudou um pouco, está mais madura.
- Moça? - à chamo.
- Pois não? - fico parado, esperando ela se lembrar... Nada!
- Desculpa, acho que à confundi. - falo dando as costas.
- Espera! Eu me lembro de você! - não acredito! Ela lembrou? Me viro para ela novamente.
- Se lembra?
- Sim! Você é o rapaz do restaurante. - jura? - Me desculpa pelo o que meu namorado fez. Ele anda um pouco estressado ultimamente... Muitos problemas sabe?
- Não. Não sei não.
- Ah... Me desculpa.
- Você não teve culpa de nada. Bom, vou indo. Antes que ele chegue e estrague tudo né. - falo me virando e à deixo.
- Como sabe que... - à deixo falando sozinha.
Como ela não se lembrou? Anciões desgraçados! Ela não vai acreditar se eu falar. Droga!

Flashback on...

Depois de sair do castelo, eu fui para um barzinho qualquer. Desliguei o deus em mim, assim eu poderia ficar bêbado. E assim foi, um bebida atrás da outra, vários tipos, vodka, whisky, cerveja, várias e várias bebidas.
- Não deveria misturar tudo. - disse a moça sentando ao meu lado. Levei um tempo para reconhecer Vulcânia, pois já estava enxergando tudo embaçado.
- Se veio me encher, pode ir embora. - falei pegando mais uma bebida.
- Quando você vai deixar de ser tão arrogante, Meliodas?
- Eu não estou gostando desse lance de todos saberem meu nome. - ela pega a garrafa de whisky, desliga a deusa dentro dela.
- Tudo bem, vamos beber juntos, Demônio dos olhos azuis. - e então começamos a beber, quer dizer, ela começa né, eu já estava terminando.
Depois de um tempo bebendo e falando besteiras eu paguei a conta e nós dois saímos do bar, esbarrando um no outro.
- Cadê o seu carro? - Vulcânia pergunta pra mim se apoiando no meu ombro.
- Eu não vim de carro.
- Como você sai pra tão longe sem carro?
- E você veio de que?
- Peguei um táxi.
- Táxi? Jura? É a coisa mais doida que já ouvi uma deusa dizer! - e então nós dois sentamos na calçada e ficamos olhando a avenida movimentada.
- Sabe Meli... - disse Vulcânia encarando o nada - Eu vivo tentando entender porquê você é tão arrogante, mas não consigo.
- Eu sou arrogante? Não, eu só aceito quem eu sou. Sou um deus, um dos mais habilidosos. Simplesmente aceito isso. E que história é essa de "Meli"? - pergunto intrigado.
- Ah, é um apelido que eu acabei de te dar.
- Nunca mais repita ele.
- Meu Deus! Até bêbado você é ranzinza!
- É engraçado um deus falar "Meu Deus!".
- Eu não sou um deus, sou uma dádiva dos deuses. Sorte sua me ter por perto. - ela se levanta e a chuva começa a cair - E eu vou continuar te chamando de "Meli"! - ela disse me olhando por cima dos ombros com um sorriso, e então ela pula pra longe.
- Meu Deus! Quanta força nos joelhos. - falo rindo sabendo que ela está ouvindo. Consigo ver ela se afastando no céu, como uma estrela...

Flashback off...

Merda, Vulcânia! O que fizeram com você? Estou no hotel, já devo estar bêbado, nem sei o que bebi. Depois de dar vários socos na parede eu adormeço.
Acordei no outro dia com uma dor de cabeça horrível! Me levantei. Olhei para a parede que estava com algumas rachaduras - está explicado porquê minhas mãos estão doendo tanto - Aquilo me fez lembrar do dia que conheci Vulcânia...

Flashback on...

- Droga! - gritei enquanto socava a parede de aço em minha frente. Mesmo sendo de aço ela já estava se partindo.
- Então é assim que você lida com a raiva? - me viro para ver a bela moça, loira, com olhos dourados.
- Quem é você? - pergunto pegando meu facão e prendendo ela contra a parede - E o que faz aqui?
- Calma, Meliodas. - Diávolos diz entrando na sala - Ela é uma amiga. - encaro mais uma vez a moça e a largo.
- Prazer, eu sou Vulcânia. - diz estendendo a mão.
- Quem te perguntou? - ignoro sua mão.
- Oh, Meliodas. Não trate assim a moça. - diz Diávolos.
- Ela me interrompeu quando estava com raiva!
- Ah sim, você estava fazendo uma coisa muito importante! Deu pra ver! - diz a loira.
- É IMPORTANTE PRA MIM!
- Está bem, já chega. - Diávolos fala entrando na frente - O Meliodas é muito esquentadinho, Vulcânia. Tente não irritá-lo, tá bem?
- Ele é um grosso! Acho melhor ele nunca encostar um dedo se quer em mim!
- Se não o que? - falo me aproximando para tocá-la. Antes que eu consiga tocá-la ela me dá uma voadora e eu vou pro chão. Ela sorri, e vai embora.
- Para de rir, Diávolos! - falo para o babaca que tenta segurar o riso.
- Eu esqueci de dizer: Ela é durona!
- É, eu percebi... Gostei dela!

Flashback off...

Eu vou trazer você de volta Vulcânia! Pode ter certeza disso!

Coração de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora