Flashback on...
Estou no topo de um prédio agora, pensando em qual cidade vou destruir primeiro. Depois de alguns minutos ali, vejo Falcons se aproximando do prédio, suas asas parecem feridas, mas ele está conseguindo voar então acho que não é nada grave.
- Meliodas, preciso falar com você! - ele diz pousando no prédio onde estou.
- Fale, o que você quer?
- Diávolos e os outros foram atrás do deus Supremo para buscar ajuda para você.
- Eu não preciso de ajuda.
- Meliodas, não podemos deixar você destruir o mundo inteiro!
- E o que eles pretendem fazer?
- Ainda não sei... Mas se não me engano isso envolve o corpo de Vulcânia...
- O quê? - grito me levantando - Vocês não podem deixar minha amada em paz?
- Calma Meliodas, nunca faríamos mal à ela.
- Vocês talvez não, mas eu não conheço esse deus Supremo! Não vou arriscar! - caminho até a ponta do prédio.
- Para onde você vai?
- Vou proteger o corpo dela. - então eu pulo do prédio, quando atinjo o chão uma enorme cratera se abre.
Então eu vou para a caverna onde o caixão de Vulcânia está escondido.
- É... Você não mudou nada. - falo olhando para a moça que dorme no caixão. - Nem um deus Supremo pode quebrar esse caixão não é? - toco o caixão com a mão direita - Bom, ainda bem que não sou um deus Supremo. - então empurro o caixão e o "vidro" se quebra, pego corpo de Vulcânia e o levo para um lugar seguro.Flashback off...
Acordo no chão totalmente destruído. Onde está o loirinho desgraçado? Meu corpo ainda está se curando, me levanto com dificuldade e vou para onde escondi o corpo de Vulcânia.
Chegando na casa onde Vulcânia está, eu entro no quarto e me sento na cama ao lado dela.
- Vulcânia... Eu me tornei alguém que nunca pensei que fosse me tornar... Mas o estranho é que eu me sinto tão bem! É como se eu finalmente me sentisse vivo desde a sua ida. Eu preciso destruir os humanos! Hoje 8 países cairão! Me perdoa, eu sei que não é isso que você gostaria que eu fizesse, mas eu preciso me ocupar, eu preciso! Eu sou mal, Vulcânia. Eu não sou o herói, não, isso eu nunca fui... Não importa o quanto eu tente fazer o bem, eu estou destinado á fazer o mal! E hoje os humanos vão queimar! - me levanto, tranco a casa. - Eu não vou fraquejar! - falo para eu mesmo, olho para o céu. Uma tempestade se aproxima. Agora são 20h07, antes da 00h00 eu vou destruir 8 países!
Sigo para o primeiro país. Já entrei no país destruindo tudo, meus olhos sangrando, meu poder ao máximo! Milhões morrendo! Ao fio da minha espada, eu destruo tudo! À cada vida que parte desse mundo para outro eu me lembro de Vulcânia.
- Me perdoa, amor. - mato os últimos habitantes.
Dali mesmo eu parti para outro país e depois outro e outro, até chegar no oitavo país.
A minha raiva só aumenta! Estou numa velocidade absurda! Explosões para todos os lados, adultos, crianças, homens e mulheres, todos morrem! Olho para um enorme relógio no topo de uma igreja.
O ponteiro marcou 00h00.
Matei a última pessoa daquele país.
Meus olhos estão doendo, nunca saiu tanto sangue dos meus olhos. Está chovendo, os sons de trovões estão quase que sincronizados com as batidas do meu coração. Subi nos destroços de um prédio.
- Queimem! Humanos malditos! Pereçam diante do meu poder! EU SOU A PERFEIÇÃO! EU SOU A FÚRIA DE DEUS! - começo a rir e meus olhos sangram mais - MALDIÇÃO DO ÓDIO! ESSA É A MINHA MALDIÇÃO! - à cada lágrima de sangue que cai eu sinto a presença de seres muito poderosos.
- Meliodas, isso acaba aqui! - olho para trás e vejo 12 homens, vestidos de branco, um deles é o loirinho que lutei da última vez.
- Ouvi falar de vocês... SÃO OS MERDAS DOS GUARDIÕES! Vocês querem me matar? Me matem! Eu já quero isso mesmo! - os desafio.
- Seu poder é deveras impressionante... - diz um dos 12 - Seria um desperdício matar alguém assim.
- Então sumam do meu caminho!
- Não podemos permitir que extermine uma raça inteira!
- Se tentarem me impedir, vão se arrepender!
- Kanso, ele é todo seu. - disse um deles para o meu último oponente.
Ele avançou na minha direção, ele tem uma foice enorme em mãos, me atacou com ela mas eu pulei antes que me atingisse. Olhei pra trás pois sabia que ele iria tentar me atacar de surpresa, quando ele apareceu eu enfiei minha espada no seu peito.
- Os mesmos truques não funcionam comigo! - falei para o verme!
- Nem comigo. - ele sorriu. Então o corpo dele evaporou como fumaça, olhei para trás e ele me atacou, sua foice cortou desde o meu ombro esquerdo até a minha perna direita. O que foi aquilo? Uma ilusão? Caí no chão.
- Agora fala pra mim... - ele disse se abaixando - Onde escondeu o corpo da sua namorada?
- O que você quer com ela?
- Ah, não é nada demais, só preciso fazer uma coisinha.
- Desgraçado! - ao mesmo tempo que um relâmpago atingiu o chão eu me curei, comecei a atacá-lo, retalhando seu corpo por inteiro, ele não estava se defendendo. - Quando eu chorar sangue, inimigos cairão, mesmo os gigantes! - ele caiu no chão diante de mim.
- Parabéns, Meliodas, mas isso não é o suficiente para me deter. - ele se levantou enquanto se curava.
- Como isso é possível? Você se cura tão rápido!
- Me fale onde está sua namorada!
- O QUÊ VOCÊ QUER COM ELA?
- EU NÃO VOU TE CONTAR!
- ENTÃO MORRA! - o ataquei novamente, agora com o dobro de força! Agora ele estava me atacando também, eu o feria e ele me feria de volta, eu me desviava e ele se desviava também, não adianta! Esse desgraçado está sempre um passo à minha frente!
- Me fala, Meliodas...- ele disse enquanto ainda estávamos lutando - O que a Vulcânia é pra você?
- O que ela é pra mim? Ela é o meu sol! Meu mundo gira em torno dela! Por isso depois que ela se foi tudo aqui virou escuridão! - o derrubei com um golpe no queixo, ele se levantou rapidamente e me derrubou com uma rasteira.
Me segurou no chão.
- Seu sol? Você lembra eu quando mais jovem, antes de entrar para a Ordem dos Guardiões.
- Quem te perguntou? - tento o atacar, mas estou imobilizado, ele prendeu minhas pernas com suas pernas e está segurando meus braços.
- Escuta! Eu tinha uma família, eu tinha esposa, filhos, mas eu perdi todos eles em uma luta contra um Clã muito antigo. Melhor do que eu te falar é eu te mostrar. - então ele tocou minha testa e eu apaguei.
Acordei em um lugar todo branco, não conseguia enxergar nada além da forte luz branca. Então eu vi Kanso ao meu lado.
- Vou te mostrar um pouco da minha história. - disse ele, então todo o cenário mudou e de repente estávamos em uma cidadezinha, mas pela arquitetura era à milhares de anos atrás.
Vejo o Kanso daquela época lutando contra outros deuses, sua família está dentro da casinha. Esses deuses fazem um poderoso raio cair sobre a casa dele, destruindo tudo, inclusive sua família. Kanso olha para trás.
- NÃO! - seu grito é longo e amargo. Como o dia que perdi Vulcânia...Flashback on...
- Adeus meu amor. - e então ela fecha os olhos... E sua... S-sua respiração para. Seu coração para.
- NÃO! - meu grito é longo, repleto de dor.Flashback off...
Sua esposa ainda está viva, ele tenta alcançar ela, mas um dos deuses o impede, enquanto outro se aproxima dela e pisa na cabeça dela fazendo a mesma explodir.
- NÃO! ELIZABETH! - seu grito é longo, repleto de dor...
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Coração de Gelo
Fiksi UmumÀ mil e quinhentos anos atrás existia um exército de homens imortais com habilidades extraordinárias, homens que levavam os injustos para a justiça, homens considerados maus, pois diz a lenda que eles nem tinham coração, ou se tinham já estava conge...