Para sempre vou lembrar...

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Flashback on...

- Shh! Vai começar o filme! - falo para Vulcânia. Já estamos no cinema.
- Parece ser legal! - diz animada.
Depois que o filme acaba nós levantamos.
- Quer fazer alguma coisa agora ou quer ir para casa? - pergunto enquanto saímos do cinema.
- Quero fazer alguma coisa!
- Ok, então vamos para casa.
- Chato!

Flashback off...

Chegamos na masmorra onde os outros estão. Uma enorme porta de aço em nossa frente.
- Deixa comigo. - Diávolos diz e em seguida arromba a porta.
Entramos e vemos os 3 presos no alto em uma corrente gigante. Eles estão sendo eletrocutados, seus corpos sendo queimados e se regenerando quase ao mesmo tempo.
Olho para o lado onde vejo uma mesa com nossas armas.
Meus dois facões de caça, as duas espadas médias de Vulcânia e suas pistolas, o machado médio de Madmá e seu bastão mágico, a espada, escudo e lança de Falcons, o machado do Brutamonte e a grande espada de Diávolos. Pego um dos meus facões e pulo em direção dos 3 e corto as correntes, fazendo eles caírem no chão.
- Que pouso mais confortável. - Falcons fala enquanto se cura.
- O que aconteceu com, Vulcânia? - Madmá pergunta preocupada ao ver que ela está em meus braços. Abaixo a cabeça. O brilho vermelho em meus olhos...
- Ela não resistiu. - Diávolos diz com um aperto no coração. Madmá começa a chorar.
- Meliodas, você ao menos teve a chance de falar pra ela tudo o que sente por ela? - Madmá me pergunta e eu balanço a cabeça positivamente. Então ela me abraça. - Eu sinto muito.
- Precisamos sair daqui. - Diávolos diz.
Todos vamos embora, saímos do Brasil e vamos para o castelo.
- Os Anciões fizeram um enorme estrago aqui. - diz Atômico assim que entramos, uma parte do castelo está destruída.

Flashback on...

- Signum... - parei por um momento, eu precisava saber - Mostre-me onde está Vulcânia. - e então o signum começou a brilhar, e me mostrou o castelo de Diávolos, logo depois me mostrou dentro do castelo. Vulcânia e Diávolos estavam discutindo.
- Temos que encontrar esses deuses anciões! Se eles mataram o Meli eu não sei o que vou fazer! - disse Vulcânia chorando.
- A gente não tem como lutar com eles, Vulcânia. Temos que ter uma estratégia. - Diávolos falou se sentando em sua poltrona. Mas uma explosão na mansão bagunça tudo.
Três homens com capuz entram no castelo, estão armados com espadas e escudos.
- Vulcânia, venha cá minha criança. - disse um dos três homens.
- Vocês são os deuses anciões?
- Sim.
- Onde está o Meli? - perguntou se aproximando.

Flashback off...

- Vou mandar concertarem depois. - Diávolos diz.
Já se passaram 3 dias, Madmá está trabalhando no caixão mágico de Vulcânia... Eu? Bom, eu não sai do quarto de Vulcânia desde o dia que chegamos aqui. Estou curando o corpo dela diariamente, não estou deixando nada mudar, quem olha para ela pensa que ela está dormindo.
Madmá está muito mal também, perder a melhor amiga... Quer dizer, se já é difícil para os humanos perder alguém, imagine para nós! Os seres humanos pelo menos sabem que uma hora ou outra eles vão morrer! Mas nós... Nós somos imortais, não envelhecemos, não ficamos doentes, nós não esperamos perder um dos nossos!
- Vulcânia... - falo para a moça que ainda dorme em minha frente - Um vazio tomou conta do meu ser quando você se foi... Tudo aqui virou escuridão. - começo a chorar - Eu vou me lembrar de você para sempre. - paro de falar quando ouço Madmá batendo na porta do quarto.
- Meli, está pronto. - sim, agora ela também me chama de Meli, assim como Vulcânia chamava... Somente Madmá tem minha permissão para me chamar assim, porquê eu sei o quanto ela e Vulcânia eram próximas.
- Já vou. - minha voz está rouca, nesses 3 dias eu não falei uma palavra se quer.
Curo o corpo de Vulcânia mais uma vez e então a pego no colo.
- Vamos, minha querida. - desço as escadas. Está tocando uma música, uma música de orquestra, como Vulcânia gostava. O caixão transparente no meio da sala... Os 4 deuses do lado do caixão. À deito no caixão. Madmá me dá a rosa.
- Pode por. - falo dando espaço para ela. E então ela coloca a rosa sobre Vulcânia e coloca suas mãos sobre a rosa.
Me aproximo novamente, e beijo a testa de Vulcânia.

Flashback on...

- Meliodas! - Vulcânia diz rindo - Assim não vale! - eu estou fazendo cócegas em sua barriga, pois ela me desafiou a fazê-la rir.
- Você não disse que eu era incapaz de fazer alguém rir? Agora arque com as consequências! - eu também estou rindo... Eu sou feliz com ela...
- Tá bom, já chega vocês dois. - Diávolos diz entrando na sala - Tenho uma missão para os dois.
- Qual missão? - pergunto parando com a brincadeira.
- Vocês vão para o Egito! Os deuses de lá precisam aprender uma lição!

Flashback off...

Me levanto e Madmá fecha o caixão. Ela lacra o caixão com uma magia que somente ela pode quebrar. Ainda que vários deuses atacassem esse caixão com todo o seu poder, o caixão não sofreria nenhum arranhão. Isso é o mais estranho, já que o caixão aparenta ser feito de vidro.
- Vamos colocá-la aonde? - pergunta Madmá olhando para mim.
- No lugar preferido dela. - afirmo.
Levamos o caixão para uma espécie de caverna onde Vulcânia costumava ficar para pensar.
- Descanse em paz minha amiga. - Madmá diz, e todos deixamos o caixão lá, escondido no subsolo.
Já se passaram 2 dias desde o enterro de Vulcânia, eu não falo mais com ninguém, a não ser com Madmá que vem no meu quarto de vez em quando para ver como eu estou. Os outros preferem me deixar sozinho, sabem como eu sou.
- Meli? - ouço Madmá batendo na porta, por um momento confundi sua voz com a voz de minha amada.
- Entre. - e então ela abre a porta do quarto e entra fechando a porta novamente.
- Como você está? - pergunta se sentando na cama ao meu lado.
- Como acha que eu estou?
- Grosso como sempre...
- Você não faz ideia.
- Meliodas, eu sei que está sofrendo, eu estou sofrendo, todos estamos. Mas você não pode parar de viver por isso, eu sei o quanto é difícil, mas a vida segue, você precisa superar.
- Superar? - o brilho vermelho dos meus olhos se acende - Como eu vou superar? - estou falando em um tom mais alto agora - A mulher que eu amo morreu! A única mulher que eu amei se foi! Não finja que entende porquê você não entende!
- Você acha mesmo que eu não entendo? Ela era minha amiga, minha melhor amiga! Eu sinto uma dor insuportável! - ela começa a chorar - Mas eu sei que não vai adiantar de nada eu me enterrar junto com ela. Será que ela morreu em vão? Não, Meli! Ela não morreu à toa! Ela nos deu uma chance de provar o nosso valor! De honrar a memória dela! - eu começo a chorar.
- Eu não tenho mais um propósito de vida, Madmá. - ela me puxa para o seu ombro e me abraça - Todos meus planos, meus projetos, meus propósitos, morreram junto com ela. - ficamos abraçados ali por um longo período de tempo.

2 anos depois...

Bom, já se passaram 2 anos desde o enterro dela. Eu ainda fiquei 1 ano com os 4, mas já fazem 1 ano que eu não os vejo. Sim, eu saí. Os abandonei, como ela me abandonou. Eu estou no alto de uma torre agora, vendo toda a cidade na qual estou. Meus olhos nunca mais voltaram a ser azuis... É, realmente meus olhos são amaldiçoados.
Eu tenho observado os humanos nesse 1 ano que estive fora... Eles se matam sem ter um motivo concreto... Fome, mortes, guerras, extermínio... Os seres humanos são uma raça desprezível. Eles acham que são o centro do universo... Não importa quantos criminosos eu mate, sempre vão existir mais vagabundos piores que eles, mata um e outros 10 surgem! Como resolver esse problema de uma vez por toda? Sim... A raça humana deve ser extinta! Não haverá mais criminosos se não houver humanos! Os seres humanos devem ser exterminados! Sim! Finalmente tenho um propósito de vida!
A raça humana é um problema! E como um deus, eu, Meliodas, prometo resolver esse problema de uma vez por todas!

Coração de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora