No passado os humanos cultuavam pessoas como eu como deuses. Nem todos de nós éramos imortais, mas até os que não eram imortais eram quase impossível de matar. Os que não eram imortais viviam para sempre assim como nós imortais, porém se alguém conseguisse matá-los eles não iriam se regenerar e voltar à vida como nós que éramos imortais.
Hoje os humanos nem se lembram de nós. Claro, acho que apenas eu sobrevivi.
Enfim, estou atrás do próximo alvo. Ele é meio descuidado para um assassino profissional.
Ele vai participar de uma reunião hoje à noite, será a última reunião dele.
Boatos estão rolando sobre o Demônio de olhos azuis. Desde que exterminei uma delegacia de polícia inteira sem acionar um alarme e depois de ter levado justiça ao criminoso chamado Derek Flint, os criminosos temem, até a população teme.
Quando a noite chegou eu já estava no lugar da reunião, esperando calmamente em cima dos telhados.
Alguns senhores começaram a chegar, provavelmente são eles quem querem contratar o assassino Saimon. Logo em seguida vejo Saimon chegando em uma moto.
A reunião começa:
- Dizem que você é um assassino muito bom... - um dos senhores disse para Saimon esperando uma confirmação.
- Quem disse? Se ninguém sobrevive para contar a história. - Saimon disse com a voz rouca.
- Bem, vamos direto ao contrato. - o senhor disse - Você terá que matar o líder de um seita muito antiga, ele tem destruído nossos negócios. Eu vou te pagar 10 mil.
- 10 mil? Para matar um líder de uma seita poderosa? - Saimon retrucou. - 10 milhões! - bateu na mesa.
- Você está louco?
- Mande outro fazer o seu serviço sujo então. - Saimon disse se levantando.
Então eu desci dos telhados.
- Saimon! Espere. - falei com uma voz firme.
- Quem disse isso?
- Eu. - falei saindo das sombras - O seu maior pesadelo.
- Ah, então você é o Demônio? - Saimon disse puxando uma pistola.
Ele começou a disparar e eu não me preocupei em desviar das balas.
- Entendi, você não morre né? - Saimon disse jogando a pistola no chão e puxando um facão da sua cintura.
- Saimon, você matou mais de 200 pessoas por dinheiro. Esse foi o seu pecado. - falei partindo para cima dele, mas ele puxou o facão e me esfaqueou várias vezes. A dor me consumia, mas eu gostava da dor, me lembrava de que eu estava vivo.
Arranquei o facão da mão dele, mas para minha surpresa do lado esquerdo da cintura dele havia mais um facão que ele puxou em seguida. E então ele cortou meu braço, separando meu braço em dois.
Quando ele foi me esfaquear novamente eu segurei o braço dele com minha outra mão.
- Admito, você tem talento. Mas eu sou um deus. - enquanto eu falava eu apertava o braço dele, esmagando seu pulso.
- Você é um deus? - Saimon perguntou irônico. - Então nesse caso, acho que eu prefiro ser ateu! - disse desferindo uma sequência de socos em mim com sua outra mão, eu soltei o braço dele, não por falta de forças, mas porque eu queria ver ele lutar um pouco mais.
Ele tentou me esfaquear várias vezes, mas agora eu estava me desviando.
- Sendo ateu ou não, isso não vai mudar o fato de que um homem não é pário para um deus! - eu disse segurando o braço dele e arrancando o facão de sua mão.
- Viu só? Consigo te derrotar mesmo tendo apenas um braço! - falei para Saimon que estava caído no chão.
Pisei em cima da garganta dele.
- Últimas palavras?
- Vai... Para... O inferno! - disse entre os dentes.
- Você primeiro. - disse esmagando as glândulas da sua garganta com o pé. Mas fui interrompido por vários disparos de metralhadora feito atrás de mim.
Eram os senhores que queriam contratar Saimon. Me virei para eles deixando Saimon no chão, impossibilitado.
- Jura? Provocar a ira de um deus? -falei caminhando na direção deles.
- Você não é um deus! É só um palhaço! - um deles falou para demonstrar que não tinha medo, mas eu sentia seu medo crescer na medida em que eu me aproximava.
Eram seis homens, em menos de três segundos eu já havia arrancado a cabeça dos seis.
- Viu só, Saimon? É disso que eu sou capaz. - falei olhando para Saimon enquanto jogava a cabeça do sexto homem no chão.
Saimon não disse uma palavra se quer. Quando o alcancei ele estava com uma pequena faça na mão, e então ele se matou, enfiando a faca no próprio peito, na minha frente.
- Não vou morrer por você. - Saimon disse enquanto sua vida ecoava diante dos meus olhos.
- Que seja. - falei para o homem morto na minha frente e em seguida desapareci nas trevas.
Essa vida de justiceiro é muito cansativa. Por que eu faço isso? Bom, porque alguém tem que fazer o papel da justiça e da lei. Nesse caso, eu. Eu sou a lei!
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Coração de Gelo
Fiksi UmumÀ mil e quinhentos anos atrás existia um exército de homens imortais com habilidades extraordinárias, homens que levavam os injustos para a justiça, homens considerados maus, pois diz a lenda que eles nem tinham coração, ou se tinham já estava conge...