Eu tentava processar as instruções que o detetive falava, mas a única coisa era que eu não podia sair do estado assim, ainda tinha o enterro dos meus pais
- Não! Meus pais merecem um enterro. Eu vou ficar.
- Isso é para sua segurança. Você tem que sair daqui o mais rápido possivel.
- Podemos pedir para o iml para levar os corpos depois que acabarem com os exames, seu pai sempre adorou Londres, podemos fazer um enterro lá.
- Perai, Londres? Ninguem me falou nada de Londres. - Eu estava indignada, sem enterro e eu moraria do outro lado da minha casa. - É do outro lado do oceano.
- É la onde eu moro. - falou Frank.
- Mas eu tenho amigos aqui e...
- Temos que nos preocupar com coisas mais importantes, pode enterrar seus pais em Londres eu preparo a papelada, mas é fundamental que você saia hoje do país.- Disse blue me interrompendo.
- Mas não eram criminosos comuns, por que criminosos comuns querem comigo? eu não sou ninguém.
- Não sabemos Rachel, mas você tem que sair, é tão dificil assim?Depois de uma pequena discussão com o detetive eu concordei que o enterro poderia ser em Londres, mais por medo do que vontade propria.
Fomos para o hotel em que neu tio estava hospedado, ele ficou o dia todo ligando para companhias de avião para comprar duas passagens para o voô de amanhã.Naquela noite, pela primeira vez em semanas não sonhei com o garoto que tenta me salvar, e sim com meus pais, eles estavam presos e pedindo minha ajuda, o que me deixou mais triste e com raiva. Se eu tivesse escutado minha mãe, eu poderia ter morrido junto com meus pais naquela manhã ou poderia ter corrido dos assassinos e chamado a policia.
Eu e Frank acordamos cedo para nos arrumar para o voô, chamei Anne e Mike para irem se despedir, precisava de alguém e nesse caso era dois alguéns.
Eu estava acabada, eu era um pedaço de lixo, pelo menos eu me sentia assim. Ah, sem contar o meu sentimento de culpada. Meus pais morreram porque queriam me proteger, você protege a sua filha e morre. É uma otima historia, se você nao é a filha, e não são seus pais que morrem.
- Pronta? - perguntou Frank fazendo o check-in.
- Não. Meus amigos ainda não chegaram.
Olhava em volta do aeroporto, procurando por eles, mas não achava.
"vamos, vamos, cheguem logo" era a única coisa que eu pensava. Depois de uns 5 minutos vi dois idiotas olhando de um lado para o outro correndo. Levantei o braço acenando, Mike não me viu, mas Anne sim, ela cutucou Mike e apontou pra mim, e os dois vieram correndo e me abraçaram.
- Vou sentir muita falta de vocês. - Falei sorrindo enquanto tentava abraçar os dois.
- Nós também vamos. Não esqueça de nós. - Pediu Anne chorando. - E por favor não faça nada que se arrependa depois.
Nos abraçamos e fui abraçar Mike.
- Você é forte, vai superar essa. - Ele me abraçou mais forte. - Me prometa que não vai esquecer do senhor Mike aqui.
- Prometo. - Sorri triste.
- Desculpa Rachel, mas ja chamaram nosso voô- Disse Frank. Abracei de novo meus amigos, peguei as malas e comecei a andar ao lado de Frank, olhei uma ultima vez para os meus dois amigos e acenei.- Você ja morou no Rio? - Perguntei puxando assunto, já fazia 20 minutos que o avião havia decolado e eu ja estava entediada.- Por mim você morou em Londres a sua vida toda.
- Não a vida toda. - falou. - Mas uma parte dela, me mudei para Londres com 20, tenho 45.
- Então você ficou metade da sua vida em londres.
- Sim. Na verdade não achei que ficaria esse tempo todo, mas Londres me encantou. E foi la que encontrei o amor da minha vida.
- Então eu tenho uma tia?
- Sim. Ela é brasileira também.
Ficamos conversando mais um pouco, até que ele é legal, pensei em perguntar se ele sabia por que papai nunca havia falado dele, mas ainda não em sentia confortavel perguntando isso. Coloquei meus fones de ouvido e tentei dormir um pouco.
- Rachel acorda. - Senti alguém me balançando. - Rachel chegamos
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lost Angel
FantasyRachel é uma garota de 16 anos, que vê derrepente sua vida mudar drasticamente depois da morte de seus pais. Se muda para um lugar novo com pessoas novas e descobre que sua vida tem mais misterio do que imagina.