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O espírito faz uma vítima

Sammy Wilkison Pov

Confesso que não consegui me concentrar na aula do professor Jacob, Nate ficou me olhando durante toda a aula com um olhar estranho e um sorriso cínico, aquilo estava me assustando, ele não parecia o mesmo.

Ele me olhava de uma maneira estranha.

Ele sorria de uma maneira estranha.

Ele estava estranho!

Bom eu fiz o que o professor pediu, e tentei ao máximo evitar olhar para o Nate. Quando o sinal tocou fui um dos primeiros a sair da sala de aula e correr para o refeitório. Há uma série de motivos que me fez fazer isso, mas...
1° Porque eu realmente estava com pressa;
2° Porque eu realmente estava com fome;
3° Porque eu realmente estava com medo do Skate.

Eu sei, eu deveria estar dando pulinhos de alegria, o senpai finalmente me notou mas acontece que ele está me perseguindo, sem contar o olhar dele sobre mim. Bom eu peguei meu lanche como de costume e sentei na mesa do Johnson que por milagre estava sozinho.

- Ei bro, aconteceu alguma coisa? Você tá péssimo - Falei encarando seu rosto.

- Faz dias que eu não durmo direito - Ele disse - Desde da morte da Madison, que o Gilinsky fica chorando a noite toda e eu que tenho que consolar.

- Pesado... - Fiz uma pausa para olhar pros lados, tentando achar o Nate e graças a Deus não achei. - Ele ainda não se recuperou?

- Não, e parece que vai levar um bom tempo - Ele parou e me olhou - Tá procurando alguém?

- Sim, o Nate ele... Ele ta estranho - Falei e mordi minha maçã.

- Deve ter fumado ou qualquer do tipo, ele é estranho de nascença! - Ele falou e eu rolei os olhos rindo.

- Não! Ele tá mais estranho que o normal, eu não sei parece que ele quer me matar.

- Não exagera, para de ser uma bicha cu doce!

- Não é questão de cu doc... Pera O QUÊ? - Falei surpreso.

- Eu sei que você é gay, e que tem uma queda sem paraquedas de um avião com um estandarte falando "Eu sou amo Nate Maloley" - Ele falou e eu fiquei boquiaberto.

- Cara... Eu... É, nem sei o que dizer - Falei nervoso.

- Relaxa, também sou gay e também gosto do Gilinsky, mas aquele veado não nota isso.

- Sei bem como é, mas como eu ia dizendo não é questão de cu doce, é medo mesmo ele tem agido muito estranho ultimamente não é o mesmo, ele costuma ter um olhar de safado ou de sono, e não de psicopata prestes a matar 100.000 crianças.

- Nossa, bom se ele tentar alguma coisa grita, eu e o Gilinsky estaremos no quarto ao lado, agora tenho que ir para a aula, você vem? - Ele falou já se levantando.

- Não, tenho treino para o futebol hoje - Me levantei peguei minha mochila, fiz um toque de mão com o Johnson e fui em direção ao campo de futebol.

Okay, agora eu tenho um amigo gay na mesma situação que eu, será que isso acontece com todos os gays? Se apaixonar pelo amigo hétero, pelo menos uma vez na vida? Olha ser gay é muito difícil, melhor focar no jogo e tentar esquecer o Nate.

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