School of Horrors

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Hayes Grier POV

Como de costume, sim já era um costume ir visitar o Aaron desde que ele entrou nesse maldito coma. Já se passaram pouco mais de 3 meses e ele não apresentava melhora alguma, isso me revoltava e ao mesmo tempo me preocupava, mas se tinha uma coisa que realmente me revoltava, eram os pais do Aaron que não colocaram ele em um hospital, porque disseram que ele mereceu essa surra e ainda completaram com “Ninguém mandou ele ser viado” isso é absurdamente revoltante. Mesmo meus pais sendo bastante preconceituosos em relação a isso, acho pouco provável que eles tratam o Nash dessa forma ou até mesmo eu, já que ultimamente acho que sou mais gay do que hétero, posso até ser bissexual mas eu não ligo muito para isso, me apaixono por pessoas não por gêneros. E nesse momento eu estou apaixonado por Aaron Carpenter, a pessoa mais fofa desse mundo.

Eu estava tão distraído fazendo carinho na mão de Aaron, que quase não percebi a presença de uma garota na sala. Ela estava usando um vestido florido e segurava alguns balões coloridos, ela era ruiva e tinha cachos bastante definidos, um pouco mais baixa que eu mas nada comparado ao Aaron que esqueceu de crescer. Ela se aproximou lentamente e foi até o outro lado do quarto, perto da janela e amarrou seus balões na gaveta do criado-mudo que estava do lado da cama.

— Quem é você? – Perguntei e ela sorriu.

— Ah, desculpe. Você estava tão concentrado que não quis atrapalhar, sou Mahogany, mas pode me chamar de Lox – Ela sorri e eu levanto uma das minhas sobrancelhas.

— E o que é que você está fazendo aqui? – Pergunto. Posso ter parecido rude, mas desde que baterem no meu bebê, eu não confio em ninguém, e ela é sorridente demais para ser uma enfermeira.

— Eu sempre faço visitas ao Aaron, sou amiga dele. Você deve ser o Hayes né? Ele falava muito de você – Ela diz.

— E como eu nunca te vi por aqui? – Pergunto e cruzo os braços.

— Bom, eu tenho andado meio ocupada, então minhas visitas tem sido nos horários dos quais eu não tenho aula e são muito rápidas – Ela diz e por algum motivo nada daquilo fazia sentido, mas se Aaron estivesse aqui, digo acordado, ele daria um voto de confiança.

— Bom, sou Hayes... O quase namorado dele – Sorrio de lado.

— Quase? – Ela ri – Pra ele vocês já eram praticamente noivos. Ele falava muuito de você – A julgar por esse "muito" prolongado, aposto que Aaron não parava de falar de mim, e isso me causa um leve sorriso.

— O que... O que ele falava? – Pergunto e ela se senta em uma cadeira do quarto.

— Ah, o quanto você era engraçado, atencioso, bonito e de como vocês se divertiam juntos – Tudo o que ela disse só aumentou meu sorriso.

— Que bom que ele pensava isso de mim, esse bolinho é mesmo um danadinho – Falo olhando para ele, com um sorriso bobo eu suponho.

— Bolinho? Também chamo ele assim – Ela fala e arqueia uma sobrancelha.

— Ué, achei que fosse o único a chamar ele assim – Digo e dou uma risada.

— Ele disse que eu era a única, Ah! Quando esse danadinho acordar ele vai ter muita coisa para me explicar – Ela diz e parece indignada, não me contive e acabei caindo na risada. Há quanto tempo eu não ria...

— Digo o mesmo, começando pelo motivo pelo qual ele nunca falou de você para mim – Me levanto e tiro as flores murchas do jarro e jogo no lixo – Preciso trazer novas...

— Margaridas, margaridas azuis e brancas, eram as favoritas dele – Ela diz e eu me viro para ela.

— Sério? Sempre achei que fossem orquídeas – Dou de ombro – Por que ele nunca conta essas coisas para mim? – Arqueio uma sobrancelha.