Hayes Grier Pov
[7:45, manhã de sábado]
Mais um dia se passava sem que eu pudesse receber um simples sorriso de Aaron, faziam quase três meses desde que ele havia entrado em coma, os médicos já estavam perdendo as esperanças, de que algum dia ele acordasse. A família dele estava em constante luta com os responsáveis pelo hospital para que mantêssem os aparelhos ligados. Eu fazia questão de vir todos os dias após a aula, para garantir que estava tudo bem com ele, digamos que eu sempre conversava com ele, eu sabia que ele me ouvia, mesmo todos dizendo que era praticamente impossível. Enquanto eu ouvisse os apitos do medidor de batimentos cardíacos eu teria a certeza de que ele está vivo. Eu havia me apagado aqueles apitos com a esperança de que se eles ainda apitássem, significava que ainda tinha chances dele acordar.
— Bom dia little bear, hoje é sábado e como sabe não tem aula hoje, então vim tomar café da manhã com você, trouxe aquele muffin de banana do Starbucks que você tanto gosta e que eu odiava, mas que passei a gostar porque de certa forma o gosto dele me lembro a você – Eu dizia a ele, enquanto me sentava na cadeira de visitas ao lado da cama e comia meu café da manhã que comprei antes de vir para o hospital – Os dias tem ficado cada vez mais sem cor sem você aqui. Eu queria tanto que você acordasse... Sinto tanto a sua falta.
Respirei fundo e me concentrei em terminar meu café da manhã, o que não demorou muito porque eram só alguns muffins de banana e um capuccino. Decidi lavar minhas mãos e meus rosto no banheiro do quarto, para tentar tirar as expressões de cansado que eu com certeza estava; eu tenho dormido mal todas as noites, tenho tido sonhos terríveis desde que Aaron foi espancado, o medo de acordar e ele já não estar mais entre nós é sufocante o suficiente para tirar meu sono, mas às vezes o cansaço físico me ganha, então tento dormir o menos possível para estar aqui todas manhãs antes e depois da aula.
Voltei ao quarto, abri as janelas para entrar um pouco de ar puro e sorri levemente ao ver meu pequeno deitado sobre a cama de hospital, com expressão serenas e indecifráveis. Me aproximei cautelosamente e beijei a testa do mesmo, fazendo leves carícias em seu cabelo que havia crescido bastante, assim como ele havia perdido bastante peso desde que caiu nesse miserável sono que parece nunca ter fim. De volta a minha cadeira, agora segurando a mão do mesmo e descansava minha cabeça sobre o colchão, tentando me convencer de aquilo não seria o fim e que logo mais ele voltaria para mim.
Sabe o cansaço físico que eu havia mencionado? Bom, ele se fez presente novamente, estava acumulado da semana inteira, talvez do mês inteiro, então nem preciso dizer que num piscar de olhos eu caí no sono. O que é estranho pois normalmente eu simplesmente entro nesse quarto e não consigo mais pregar os olhos, fico alternando entre o rosto de Aaron e o monitor de frequência cardíaca. Mas dessa vez não teve como me aguentar acordado, eu estava no meu limite e só me deixei levar pela comodidade e conforto que aquela beirada de colchão me proporcionava, mas obviamente sem largar a mão de Aaron, porque aqui ninguém solta a mão de ninguém.
•••
[15:21, tarde de sábado]Algo que eu ainda não tinha entendido o que me acordou, mas levou apenas uma pequena fração de segundos para eu perceber, que eram movimentos sutis da mão de Aaron em contato com as minhas, assemelhavam-se a espasmos musculares, só que ainda mais sutis e delicados, mas só isso foi o suficiente para que meus olhos se enchessem de lágrimas, mesmo tendo a esperança de que Aaron estava acordando eu tive que me manter calmo; porque os médicos já haviam alertado que espasmos musculares eram comuns, então esperei alguns minutos por alguma confirmação mais concreta. Eu segurava a mão de Aaron torcendo para que ele apertasse a mesma, ou fizesse qualquer gesto que fosse. Minhas lágrimas já molhavam meu rosto, quando a possibilidade de ter sido apenas um espasmo começa a assolar meus pensamentos.
— Volta para mim meu amor... – Eu estava suplicando e desejando com todas as minhas forças para que ele ouvisse e me atendesse.
E como se ele ouvisse os gritos na minha mente, implorando para que ele voltasse para mim, o garoto abre lentamente os olhos e respira fundo, levando para dentro de si o oxigênio e o ar puro – nem tanto –, que emanava da janela levando vida para dentro do pequeno corpo de Aaron. Logo depois o mesmo cospe o tubo de oxigênio que estava em sua boca, para dizer suas primeiras palavras que comprovam que ele estava realmente vivo e acordado.
— H-Hayes?... – Sua voz saia falhada e quase inaudível.
— Sim amor, sou eu, calma. Não se mexa, vou chamar um médico, não preocupe eu estou aqui.
Mesmo relutante eu soltei a mão dele, não antes de beijá-lo e agradecer por ele ter voltado. Sai pelos corredores afoitamente chamando por algum médico, até que o médico de plantão Sr. Posey me atendeu, contei a ele o que havia acontecido e ele saiu apressadamente acompanhado de um enfermeiro até a sala de Aaron, obviamente que eu fui junto. Já eles começaram primeiro removendo as agulhas e sondas do corpo do mesmo, ele já estava bem mais consciente de quando eu deixei ele.
— Hayes? Você está aí? Não entendo porque está tudo tão escuro... – Aaron disse com a voz ainda em um tom baixo, provavelmente sua garganta estava seca demais, então levei um copo de água até sua boca e o mesmo bebeu tudo muito rápido, como eu já havia imaginado.
— Bear... Não está escuro aqui... – Eu respondi da maneira mais calma possível, não queria assustar ele.
— Como não? Eu não consigo enxergar nada... Hayes o que está acontecendo? Eu... Eu... Eu tô cego? – Ele pergunta com sua voz começando a embargar.
— Calma, eu me chamo Tyler Posey e sou médico responsável pelo seu quadro clínico a partir de hoje – Ele fez uma pausa antes de prosseguir – Você passou por um trauma muito grande, ficou bastante tempo em coma e é normal que algum de seus sentidos não funcione normalmente nos primeiros dias, por isso você terá que fazer alguns exames, está bem? Não se preocupe, tudo ficará bem.
— Viu bear? Não precisa se preocupar com isso agora, o importante é que você voltou para nós, preciso contar seus pais e aos nossos amigos, enquanto isso vou deixar você com o médico enquanto ele faz os exames, está bem?
Ele apenas balançou a cabeça, provavelmente estava muito confuso com o que aconteceu, então ficou em silêncio e imóvel enquanto eu me ausentava do quarto para poder enviar a mensagem para os familiares de Aaron e nossos amigos. Eu estava muito feliz, era uma felicidade que não cabia no peito, eu sentia que a qualquer momento eu poderia explodir ou até acordar desse sonho.
Message to Nash Trash
NASH O AARONB AVIRDOU,
COMGA PATA OS OUTIS.- x -
Oi pessoas que ainda lêem minha fanfic, tudo bom com vocês? Capítulo novo mais cedo que o esperado não é mesmo? Tem um motivo para isso, hoje (18/10) é meu aniversário e eu queria comemorar ele com vocês, nada mais justo do que acordar o Aaron, certo? Ah e o que acharam do novo médico? Eu amo o Tyler Posey e escolhi ele porque ele também faz aniversário hoje, coincidência huh? Mas é isso, espero que gostem e me presentêem votando, comentando e divulgando a fanfic para o maior número de pessoas que vocês conseguem, enfim é isto, yay.
Não esqueça de:
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Júlio.BYE
*capítulo não revisado*
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School of Horrors
Misterio / SuspensoEm meados de 1973 um orfanato foi criado para sediar mais de 1000 crianças, mas um louco psicopata invadiu e matou grande parte das criança. Algumas crianças e adolescente juntaram-se para acabar com ele e conseguiram mas pagaram um preço muito caro...