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  Ao chegar em seu apartamento Matheus sente vontade de comemorar, então imediatamente seu celular vibra com uma mensagem.
Não saía pra beber, se aparecer de ressaca estará no olho da rua. 7:30 AM, não se atrase! — Pieterse, Ana. Secretária, telefonista e quebra galho, 7654-1231 REH.
Ele ficou perplexo, como haviam conseguido seu número tão rápido? E lido seus pensamentos? A antiga chefe deve ter comunicado de seu costume de chegar bêbado nas segundas e sexta-feiras. Ficou puto por quererem controlar sua vida, queria sair e beber todas, chegar lá trocando os pés só de raiva, mas desistiu, deixaram claro que se fizesse estaria demitido. Outra mensagem chegou, lhe dando o endereço da empresa. Então ele jantou e foi dormir cedo.
Bruna acordou se sentindo bem, depois de relaxar no banho vestiu uma camisa social azul marinho de seda, jeans brancos bem colados e saltos Jimmy Choo Tia Pumps. Fez um coque bem apertado, sem deixar um fio de cabelo fora do lugar, e passou uma maquiagem básica. Sua empregada serviu o café no mesmo horário que todos os dias, seis e quarenta da manhã, ela comeu, escovou os dentes e saiu. Juliana ficaria ali até as nove, quando ela terminaria de arrumar a casa, lavar e passar as roupas da patroa. Depois não havia necessidade, Bruna nunca almoçava em casa e raramente jantava também. Sempre tinha que se encontrar com algum milionário afim de fazer negócios ou dar em cima dela.
Chegou à empresa as sete e quinze em ponto, quando saiu do elevador sua secretária veio correndo e recitou todos seus compromissos até o meio dia.
— Mande um carro para o aeroporto daqui trinta minutos, e me traga um suco de amora — a morena ordena.
— Sim senhora.
— Se o senhor Barbosa quiser falar comigo, deixo-o entrar.
— Como?
— Ficou surda? Deixo que ele entre — ela dá as costas para Ana e entra em sua sala. Atrás de sua mesa tudo é vidro, a visão das árvores na área verde da cidade pela manhã é bem agradável.
Ana entra com seu suco e logo depois saí, indo para sua mesa na frente da sala de sua patroa. Bruna era uma boa pessoa, mas as vezes não tinha paciência para lidar com seus subordinados, então a arrogância subia a cabeça. Ana já havia se acostumado, trabalhava para ela a mais de um ano e sabia que era melhor que estar dentro da Revenge que fora.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde histórias criam vida. Descubra agora