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  Bruna chegou ao churrasco totalmente confortável, vestia jeans rasgado e uma blusa rosa bebê combinando com os tênis, os cabelos presos em um rabo de cavalo pendiam nas costas. Nem parecia a mesma pessoa de horas mais cedo, que usava blazer e vestido, salto de doze centímetros e uma expressão indecifrável durante toda a reunião. Ao seu lado, estava Kevin, de bermuda jeans, camisa pólo e alpargatas, gay demais da conta. Bruna cumprimentou todos com um sorriso contente, menos Matheus, ela sequer olhou para ele. Que ao contrário dela, não conseguia parar de olhar. O visual despreocupado lhe caíra bem, ela parecia a pessoa mais feliz do mundo, e aquilo lhe deixava extasiado.
Ela deixou Kevin trocando mensagens com o ficante atual e caminhou até Sabrina, que vestia short jeans e camiseta branca, os cabelos estavam presos em um coque bagunçado e os pés eram calçados por uma sapatilha branca.
— Oi — disse ao se aproximar.
— Oi — a loira respondeu, Bruna não sabia se estava tudo bem entre as duas e a expressão da amiga não ajudava muito.
— Estamos bem? — Perguntou.
— Eu vou, ali — Gustavo disse e meteu o pé. Sentia-se desconfortável ouvindo aquela conversa.
— Eu não pedi sua ajuda — Sabrina suspira — você é minha melhor amiga. Tem mais dinheiro do que consegue gastar mas, eu queria resolver isso sozinha.
— Você não ia conseguir, não fazia nem parte da diretoria do hospital.
— Eu sei.
Bruna sorri.
— Mas agora faz.
— O que? — Sabrina pergunta achando a melhor amiga louca.
— Não se preocupe, Kevin vai te ajudar no que precisar.
As duas se abraçam.
— Amo você — a loira diz.
— Eu também — Bruna responde.
Após toda a melação as duas vão aproveitar o churrasco, fazia tempo que Bruna não tomava cerveja, estava acostumada com vinhos caros, champanhes, mas estava gostando de reviver o passado. Dançaram funk, coisa que não faziam a muito tempo, jogaram truco e passaram batom no tio enquanto ele dormia. Quando deu sua hora despediu-se de quase todos e ouviu a mãe dizer-lhe o quanto estava orgulhosa, que tinha uma filha maravilhosa e que nunca imaginava que as coisas terminariam assim. Bruna sentiu saudade das broncas que levava constantemente.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde histórias criam vida. Descubra agora