6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  No dia seguinte Ana está doente, então Matheus tem que dar conta de todo o serviço dela e das exigências de Bruna.
— Você vai me acompanhar na reunião daqui trinta minutos. Vá fazer esta barba, você está parecendo um macaco peludo.
— O que?
— Você tem vinte e nove minutos.
— Eu não vou cortar minha barba porque você quer.
— No momento em que você assinou o contrato para trabalhar pra mim concordou com os termos, incluindo manter uma boa imagem física.
— Eu acho isso bom.
— A única opinião que importa aqui é a minha. 27 minutos.
— Onde eu vou conseguir horário aqui perto?
— Se vira, caso seja necessário compre um gillette e passe em si mesmo.
Ele bufa e saí pisando duro. Vinte e seis minutos depois, quando ela está saindo de sua sala vê um Matheus com o rosto pelado e cortado, cheio de curativos e pedacinhos falhados, onde ainda há poucos pelos, ela se segura para não rir e caminha até a sala de reuniões, ele vai logo atrás.
— Traga um café pra mim, pouco açúcar.
Ela entra na sala e todos presentes se levantam de suas cadeiras, ela caminha até a ponta da mesa e senta, todos sentam-se depois. Logo em seguida Matheus entra trazendo seu café, ele vai até ela e a entrega, que pega, dá um gole e devolve para ele.
Thiago encara o ex amigo e dá uma risada silenciosa, ele está horrível, parece um cachorro com peladeira. A reunião se inicia, Bruna fala o tempo todo e ouve opiniões divergentes, Matheus fica quieto viajando até que a patroa solicite algo.