6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  Bruna chegou ao hospital com seu Elantra preto, desceu dando as chaves para o manobrista que tinha contratado horas antes. Ela não tinha paciência para estacionar, então contratava pessoas que faziam o mesmo pra ela.
Entrou no hospital impecável, com um vestido preto a cima dos joelhos e Loubotins bico fino nude. Caminhou de cabeça erguida direcionando seu melhor sorriso para um ou outro funcionário, pegou o elevador até o vigésimo segundo andar e, ao invés de ir para sua nova sala, foi direto pra sala de reuniões. Já estava cheia, somente sua cadeira na ponta da mesa vazia, ela tirou os óculos escuros guardando-os na bolsa e se sentou em seu lugar. Os olhos procurando a melhor amiga, tão perplexa que nem sabia o que dizer.
O sono de Sabrina foi embora no momento em que viu sua melhor amiga entrando na sala, sua nova chefe. Isso era bizarro. Ela não sabia o que pensar.
— Bom dia. Meu nome é Bruna Siqueira e eu sou...
— CEO da Revenge Enterprises Holding — um homem careca diz, interrompendo-a.
— Só presidente — ela responde, o cortando.
— Por que você comprou o hospital? — Gustavo pergunta.
— Para ajudar minha melhor amiga.
A sala toda pergunta quem, mas Bruna diz que isso é irrelevante e prossegue com a reunião, abordando tópicos importantes, do que vai acontecer agora, que ela quer que o hospital seja o melhor dos melhores, etc.
Quando a reunião termina, Bruna não tem tempo de conversar com Sabrina, correu as pressas para o prédio principal de sua empresa, onde a secretária já a esperava com uma agenda cheia em mãos.