6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  Sabrina e Thiago iam as mil maravilhas, tomaram sorvete e jogaram videogame a tarde inteira enquanto curtiam a folga, Sabrina estava em seu dia livre enquanto Thiago estava de atestado por causa do dentista.
Conversavam alegremente sobre o baile que teria no morro sábado, iam juntos para relembrar o velhos tempos e voltar as origens.
Por volta das oito Sabrina foi pro seu apartamento, amanhã pegava serviço as seis da manhã. Tomou um banho quente, comeu um sanduíche natural de frango e quando estava escovando os dentes ouviu a campainha tocar, era o entregador, assinou, agradeceu e empurrou a enorme caixa com os pés.
Quando abriu, encontrou mais de mil reais em champanhe e vários saquinhos de êxtase. Puta que pariu — pensou. Podia ser presa. Pegou o bilhete que tinha ao lado dos saquinhos.
Sentiu saudades? — Nicole.
Não podia ser verdade, a antiga amiga de boates estava voltando. Quando entrou pra faculdade conheceu muitas pessoas malucas, a pior delas era Nicole, davam golpes em ricos, viajavam pra fora do país com cantores famosos e usavam muitas drogas.
A questão era que, Sabrina não era mais a mesma pessoa, amava sua profissão, seu namorado, sua vidinha pacata. Nicole era um furacão, impossível de controlar.
Jogou as drogas no vaso sanitário e guardou o champanhe, apesar de não poder confiar que ele não fora batizado. Tomou um calmante e dormiu.
No dia seguinte já havia esquecido do ocorrido, tomou um banho se arrumou e foi trabalhar. Comprou um café bem forte no caminho e quando chegou já havia um turbilhão de compromissos. Entrou em sua sala seguida por Gustavo, que começou a falar de uma cirurgia, mas a loura só conseguiu se concentrar na caixa em cima da sua mesa.
— O que é isso? — Perguntou.
— Entregaram pra você mais cedo.
Ela abriu a caixa e a cabeça latejou imediatamente, tinham identidades falsas, algemas e mais drogas.
— Resolveu apimentar o relacionamento ou cometer um crime? — Gustavo pergunta.
Merda, fudeu — pensou.