Everything is gonna be alright.

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Meus pensamentos foram quebrados quando Justin me chamou, estava do lado de fora do carro, estacionado em frente a uma casinha em uma rua parada.

Sai do carro, olhando em volta.

— Vem. — Ele foi até a porta, abriu a mesma e entrou na casa. Apenas o segui.

— Eu sei que não é grande coisa, mas é aqui que ficaremos por enquanto.

— É uma graça, Bieber.. — Dei um sorriso leve e caminhei com o olhar pela casa, me deparando com um porta retrato, era Justin e seu pai, pelo menos eu acho que era seu pai.
Mas Justin eu tinha certeza, um garotinho loiro, com olhos cor de mel.. Eu diria que era impossível não reconhecer.

Fui até o porta retrato e o peguei, observando cada detalhe da foto.
Eu sentia o olhar do Justin sobre mim, virei olhando para ele.

Claramente estava incomodado, mas não disse nada sobre.

— É uma casa pequena como pode ver. Só tem um quarto, deixarei ele com você e me ajeitarei aqui mesmo.

— Mas..

Eu não podia deixá-lo fazer isso, me sentia desconfortável em "tomar" seu quarto.

— Tá tudo bem, Marie. — Ele sorriu, me olhando. — Você está com fome? Eu to com fome. — Saiu em direção à cozinha.

Aquela casa me lembrava a minha vó, era tudo tão aconchegante.

Justin voltou novamente a sala, com uns sanduíches.
Eu não estava com fome, mas fiquei constrangida com o jeito que ele me olhava enquanto esticava o braço me dando o sanduíche. O peguei então e me sentei no sofá, começando a comer.

Ele se sentou ao meu lado, comendo também.

— Na casa da minha avó. — Passei mão na boca tirando alguns farelos de pão.

— O que? — Me olhou confuso.

— Os documentos, Bieber. — Falei já terminando meu sanduíche.

— Temos que pega-los.

Assim que ele disse isso, pensei em algumas questões, como:

Por que confiar nele?

Se ele também só quiser a caixa?

Se ele estiver mentindo e me matar?

Mas essas perguntas só permaneceram por um instante.

Eu simplesmente não acreditava que ele poderia ser um membro daquela droga de organização, assim como não imaginava que a Lucy fosse, mas era diferente...

— Tenho medo. — Disse em um tom quase inaudível.

— Não se preocupe, ela vai ficar bem. Amanhã, eu vou sair e trocar de carro, a tarde, iremos a casa da sua avó.

O olhar dele repetia que ficaria tudo bem.

Ele conseguiu lidar com tudo isso desde a morte do seu pai, eu confiava, então concordei com o mesmo.

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