Confia em mim?

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Abri os olhos devagar e logo senti minha cabeça doendo.

A última coisa que me lembro é do Justin batendo em um cara, em seguida recebi uma coronhada na cabeça e apaguei.

Olhei em volta, e não havia nada, parecia um depósito ou coisa do tipo. Estava amarrada junto ao Justin, mas ele não parecia estar acordado.

— Justin? — O chamei.

Tive a tentativa frustada. Ele não respondeu, escutei apenas minha voz ecoando pela sala.

Tentei por diversas vezes me soltar até que um homem com uma arma em punho passou pela porta.

— Você quer se soltar? Eu vou te soltar, princesa. — Veio até mim e me desamarrou enquanto apontava a arma, me levantou e colocou meu cabelo atrás da orelha.
Ele desceu a mão alisando minha cintura e eu não pude conter minha cara de nojo enquanto me afastava.

— Não se atreva a tocar novamente em mim, seu ridículo! — Berrei.

Ele se aproximou novamente afundando a arma em minha barriga.

— Desculpe.. O que disse, querida? — Levou sua orelha até minha boca enquanto dava leves batidinhas com um dedo na mesma.

— Vamos lá, eu não ouvi. — Disse com uma voz sacana.

Justin então o agarrou pelas costas e bateu sua cabeça com força na parede, pegou sua arma e apontou para o mesmo.

— Eu repito pra você, ela disse para não toca-la. — E então disparou um tiro em sua cabeça. Eu estava.. Impressionada

— Como você.. ? — Minha voz saiu falha.

Ainda estava em choque, meu coração batia rapidamente só de pensar no que ele aquele homem faria.

Justin abriu a mão me mostrando um isqueiro.

— Eu diria que isso aqui não serve apenas para acender um cigarro. — Riu e eu o segui rindo junto, da minha parte, era mais um riso de alívio.

Mas o nosso riso foi interrompido por um barulho, parecia vir do fundo de um corredor. "Ouvimos um tiro" "Ele disse que não os mataria agora" "E se foram eles" "Cala a boca, imbecil" Diziam.

— Precisamos sair daqui.  — Lembrou e olhou em volta procurando uma saída.

Vimos então uma janela, mas estava bloqueada com uns pedaços de madeira.

— Toma, aponta pra porta e não pensa duas vezes se alguém entrar. — Me entregou a arma e fiz o que ele mandou.

Justin foi até a janela e começou a forçar, tirando as madeiras. Quando finalmente terminou, jogou seu corpo contra o vidro para quebra-lo. Então ouvimos alguns passos vindo em direção à sala.

— Vem, Allie! — Chamou com cuidado para não sair tão alto. Fui correndo até ele e o mesmo me ajudou a passar para o lado de fora da janela, em seguida ele veio.

— Tá vendo aquela banca ali? — Apontou para baixo. 

— Nós só precisamos..

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